Departamento de Bacteriologia | ||
A implantação da Bacteriologia no Instituto deu-se graças aos trabalhos executados por Oswaldo Cruz e Ismael Rocha, que se constituíram nos primeiros bacteriologistas do Instituto Soroterápico Federal, responsáveis pela produção da vacina e soro anti-pestoso. No período de 1901 a 1917, as investigações bacteriológicas publicadas por Manguinhos versavam sobre os vários aspectos da peste bubônica, além de outros temas, como, septicemias hemorrágicas, difteria, carbúnculo sintomático, infecções tíficas, paratífica A e pelo bacilo de Gaertner, Treponema pallidum, Spirochaeta gallinarum, Spirochaeta de gambá, tuberculose, granuloma venéreo, meningite cérebro-espinhal epidêmica e leptospirose.
A partir da década de 20, ressaltam-se as investigações iniciadas por Gomes de Faria e Genésio Pacheco, que demonstraram a etiologia bacilar da disenteria nas populações infantil e adulta, na cidade do Rio de Janeiro. Ainda neste terreno, Genésio Pacheco evidenciou, laboratorialmente, o envolvimento dos bacilos de Shiga e de outros similares nos quadros disentéricos tão freqüentes na população da cidade de Salvador (BA), bem como caracterizou o mecanismo de veiculação hídrica na epidemia da febre tifóide, ocorrida na capital baiana. Coube também a Genésio Pacheco o mérito de desenvolver um método rápido de diagnóstico laboratorial da disenteria bacilar, reconhecido internacionalmente e exeqüível até os dias atuais, inclusive para outras enterobactérias patogênicas. Entre 1940 a 1950, o setor dedicou-se aos estudos sobre as enterobactérias, particularmente Salmonella e toxinas dos colibacilos, peste murina e a implantação da linha de investigação sobre os anaeróbicos esporulados, voltando-se aos aspectos fisiopatológicos, como na imunoprofilaxia da gangrena gasosa. Ainda neste período até a década de 60, é importante referir os estudos pioneiros sobre a brucelose humana animal, realizados em colaboração com Milton Thiago de Mello e Niber da Paz Moreira da Silva, além das primeiras observações sobre a Listeria monocytogenes. Até 1970, Gobert de Araújo Costa foi o pesquisador responsável pela introdução de novas linhas de pesquisa concentradas na família Enterobacteriaceae e nos gêneros Bacillus e Clostridium. Os primeiros estudos sobre a resistência aos antimicrobianos em Salmonella e Shigella foram desenvolvidos nesta fase. Entre 1973 e 1991, ressalta-se o papel desempenhado por Ernesto Hofer, dando continuidade aos estudos sobre as enterobactérias e responsável pelo desenvolvimento de projetos de pesquisa sobre a família Vibrionaceae e, ainda, sobre Listeria e Campylobacter. O reconhecimento deste trabalho deu-se através do credenciamento do Centro de Referência para Vibrio e Febre Tifóide, tornando-se em 1994, o Centro de Referência Nacional de Cólera e outras Enteroinfecções. Destacam-se, ainda, a consolidação do Centro de Referência Nacional para Leptospirose a partir de 1988 e os estudos relacionados às bactérias entomopatogênicas do gênero Bacillus, que levou à obtenção de patente para a produção de bioinseticida contra Diptera, concedida em 1998. LABORATÓRIOS DESTE DEPARTAMENTO : ENTEROBACTÉRIAS Chefe do Departamento: Dra. Martha Maria Pereira Email:mpereira@ioc.fiocruz.br Tel: 0(xx)21 270-6565 Fax: 0(xx)21 280-0754 |
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