Abertura do II Encontro do IOC debate experiências e perspectivas na integração de Ciência, Tecnologia e Inovação em saúde

O II Encontro do IOC foi iniciado neste domingo, em Angra dos Reis, em cerimônia com a presença de Moisés Goldbaum, secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde; Paulo Gadelha, vice-presidente de desenvolvimento institucional da Fiocruz; Reinaldo Guimarães, vice-presidente de pesquisa; e Ary Miranda, vice-presidente de serviços de referência e meio ambiente. Em debate, o convidado Moisés Goldbaum apresentou as realizações do Ministério da Saúde no campo da C&T&I com a proposta de abrir caminhos para uma parceria mais estreita do Instituto com o Ministério.

A abertura do II Encontro do IOC na noite de ontem, dia 12, deu início aos debates que vão definir uma nova estrutura para o Instituto e traçar o Plano Diretor de ações até 2009

“A presença do Moisés aqui é sintomática de um processo muito importante que vem acontecendo para que a pesquisa em C&T&I ocupe maior espaço no Ministério da Saúde”, apresentou o vice-presidente Reinaldo Guimarães, ressaltando que o IOC é o principal centro de pesquisa da Fiocruz. Ary Miranda observou que durante a última reunião do Conselho Deliberativo da Fiocruz, realizada nos dias 9 e 10 de março, o presidente da Fiocruz, Paulo Buss, destacou a importância do II Encontro do IOC e propôs que outras unidades tomassem o evento como exemplo. “Valorizo muito essa iniciativa de integração porque estou cada vez mais convencido de que, além de compromisso e competência, é preciso também afetividade”, o vice-presidente destacou.

O vice-presidente Paulo Gadelha comentou que o II Encontro do IOC acontece em um momento rico para a Fiocruz e para o Ministério da Saúde. “Este é um momento de esforço de revisão e de maturidade, em que existe um compromisso da Fiocruz em sua reorganização frente aos novos desafios. No campo das políticas públicas nacionais, vemos finalmente acontecer a convergência entre ciência e tecnologia e saúde, pela qual lutamos por tanto tempo”, observa. “O IOC e a Fiocruz são exemplos desta integração.”

Moisés Goldbaum debateu com platéia as estratégias para integração de Ciência e Tecnologia em saúde

Frisando a importância de estabelecer o diálogo e de aproximar o IOC das perspectivas do Ministério da Saúde, Moisés Goldbaum sintetizou a experiência do Ministério da Saúde na área de C&T em uma apresentação recheada de dados e estatísticas. “Para citar alguns marcos fundamentais na evolução da importância da área de C&T no âmbito do Ministério da Saúde, podemos mencionar a primeira Conferência Nacional de C&T em Saúde, em 1994; a própria criação da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos, em 2003; a elaboração de uma Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde e de uma Política Nacional de C&T&I em Saúde”, sintetizou.

O secretário destacou a mudança observada no perfil das estratégias de fomento empregadas pelo Ministério para C&T. “No primeiro momento, entre 2000 e 2002, os mecanismos de fomento tinham base principalmente em encomendas”, apresenta. “A partir de 2003, cresce o uso de editais como forma de indução junto à comunidade científica.” Segundo dados apresentados por Goldbaum, enquanto em 2003 55,3% as estratégias de fomento estavam baseadas em encomendas, em 2005 89% delas tinham base em editais.

Gutemberg Brito

Goldbaum também mencionou a importância do Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS) no quadro do fortalecimento da C&T&I em saúde. “Para 2006, as perspectivas incluem a participação de 25 unidades federativas no PPSUS, a realização de oficinas regionais para definir prioridades em saúde e o apoio a 650 pesquisas através do aporte de recursos incrementais no valor de R$ 40 milhões.” No encerramento de sua palestra, o secretário reforçou o convite para o estreitamento do diálogo com o Instituto. “O IOC não só é parte do Ministério da Saúde, como é uma parte extremamente relevante. Por isso reforço o convite para sermos parceiros na construção de uma política de C&T&I emb saúde que atenda as necessidades da população.”

Por Raquel Aguiar
13/03/06