Qualidade na gestão e na prática científica

Qualidade organizacional e administrativa e qualidade laboratorial representam, atualmente, as condições de base que definem a excelência em uma instituição de pesquisa.

Em sua origem, a qualidade na gestão está ligada ao atendimento a requisitos especificados em normas e regulamentos técnicos. O conceito evoluiu para a visão de satisfação do cliente ou usuário e, posteriormente, para a noção de qualidade total, que representa a busca da satisfação de todas as esferas envolvidas na instituição – clientes, usuários, funcionários, gestores. Ampliada, hoje abrange aspectos como biossegurança e meio-ambiente.

A qualidade laboratorial, por sua vez, é a combinação da qualidade em cada etapa da rotina de pesquisa. Na prática, estamos falando, por exemplo,  da manutenção e calibração de cada pipeta, da certificação de cada termostato, da garantia de cada reagente químico – todos os detalhes que certificam a validade dos resultados obtidos e conferem credibilidade à produção científica.

Enquanto a qualidade administrativa e organizacional está concentrada nas mãos dos gestores, a responsabilidade pela qualidade laboratorial é compartilhada entre todos aqueles que, diariamente, debruçam-se sobre o trabalho de bancada. Um universo que, no IOC, ultrapassa o montante de mil pessoas atuando diretamente em pesquisa. Por seu caráter pulverizado, a qualidade laboratorial depende da colaboração de todos os pesquisadores, técnicos, tecnologistas e estudantes que compõem o corpo científico do Instituto . Para dar subsídios a esta colaboração, serão oferecidos cursos especializados no tema a partir de junho.

No IOC, o compromisso com a qualidade já nasce integrando as vertentes administrativa e laboratorial e, o que é fundamental, em interface direta com as ações em biossegurança e ambiente . Certamente as estratégias para alcançar a meta de qualidade são distintas, mas o resultado é idêntico: a garantia de credibilidade e de excelência.

Claude Pirmez