Publicação do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz - Ano XIII - n0 10 - 02/05/2007

 

Seminário Henrique Aragão sobre pesquisa em malária: confira a cobertura completa

O Seminário Henrique Aragão e a pesquisa sobre a malária: 100 anos da descoberta do ciclo exoeritrocítico da malária, realizado em parceria pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e Casa de Oswaldo Cruz (COC) nos dias 12 e 13 de abril reuniu cientistas e historiadores para discutir os principais marcos da pesquisa na área, as estratégias de controle no século 20 e as perspectivas para o século 21.

Gutemberg Brito
Mesa abertura
A mesa de abertura contou com a participação de Tania Araújo-Jorge, diretora do IOC; Paulo Gadelha, da VPDIGT/Fiocruz; Nara Azevedo, diretora da COC; e Magali Romero Sá, também da COC

No dia 12, o diretor do Ipepatro, Luiz Hildebrando Pereira da Silva, debateu características sociais e científicas da doença, particularmente em Rondônia; enquanto o tropicalista do IOC José Rodrigues Coura apresentou a biografia científica de Henrique Aragão. Jaime Benchimol, historiador da COC, traçou um panorama da evolução do conhecimento sobre doenças transmissíveis no contexto do século XIX e início do século XX. O pesquisador Gabriel Gachelin, da Université Paris VII, expôs a importância de iniciativas e ações realizadas na década de 20 para o combate da malária em países do oeste do mediterrâneo. Já Laurent Rênia, do Hôpital de Cochin, apresentou os passos que levaram ao conhecimento do ciclo exoeritrocítico do parasito e discutiu o avanço na área de novos fármacos para a doença.

Gutemberg Brito
Palestrantes
Luiz Hildebrando Pereira da Silva, do Ipepatro (à esquerda); José Rodrigues Coura, tropicalista do IOC; e Jaime Benchimol, da COC

Os debates no dia 13 contaram com a participação do pesquisador do IOC Wladimir Lobato Paraense, um dos primeiros cientistas a comprovar a existência do ciclo pré-eritrocitário do Plasmodium, parasita causador da malária. O francês Pierre Druilhe, do Institut Pasteur, comentou o papel e a função biológica do ciclo pré-eritrocítico na imunidade e causou polêmica ao discutir os rumos da ciência contemporânea. Para abordar as descobertas dos ciclos dos plasmódios humanos, Jean François Pays, da Faculdade de Medicina Necker Enfants Malades, apresentou sua palestra em formato de peça de teatro. Antoniana Ursine Krettli, pesquisadora do Centro de Pesquisas René Rachou (CPqRR), discutiu a malária aviária. Randall Packard, da Jonhs Hopkins University, palestrou sobre o ressurgimento da malária no mundo. Marcos Cueto, da Universidade Peruana Cayetano Heredia, analisou uma das mais importantes campanhas mundiais de saúde pública, realizada pela Fundação Rockfeller para erradicar a malária na década de 60 no México. O pesquisador Pedro Luiz Tauil, da Universidade de Brasília, destacou a concentração de mais de 99% dos casos brasileiros na região amazônica. Encerrando o evento, a Medalha Henrique Aragão foi concedida à pesquisadora Ruth Nussenzweig, da Universidade de Nova York.

Confira a seguir a cobertura das palestras nos dois dias do evento:

Seminário Henrique Aragão agrega história e epidemiologia da malária – 12.04

Os rumos da ciência, sob a perspectiva da malária – 13.04


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