Genésio Pacheco, médico veterinário, formou inúmeros bacteriologistas no IOC. Dedicou-se ao estudo de enterobactérias e foi especialista em Listeria e listeriose, tendo criado no Instituto o laboratório especializado no diagnóstico desta doença. O pesquisador é autor do livro Brucelose, em parceria com o professor Milton Thiago de Mello, este ainda vivo e residente em Brasília.

Nasceu em Pureza, município de São Fidélis (RJ), no dia 5 de maio de 1890. Doutorou-se em medicina, em 1917, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, com a tese Músculo estriado na primeira infância. Antes de ingressar, em 1920, no Instituto de Manguinhos, de onde jamais se desligou, exerceu a clínica pediátrica na Santa Casa de Misericórdia e na Policlínica de Crianças. No IOC realizou estudos bacteriológicos das diarréias infantis.

Em 1924, foi escalado para estudar em Salvador a natureza de uma epidemia de febre tifóide de origem bastante controvertida, que, graças ao seu esforço, logo se esclareceu. Em Salvador e posteriormente no Rio de Janeiro, Genésio Pacheco estudou a natureza de epidemias de disenterias. Em 1928, foi convidado para organizar a Secção de Bacteriologia do Instituto Biológico de São Paulo. Realizou ainda estudos de bacteriologia médica no Departamento de Microbiologia da Faculdade de Medicina de São Paulo, até 1933.

Ao aposentar-se, por limite de idade, era chefe da Divisão de Microbiologia do IOC e da Divisão de Pesquisas do Instituto de Puericultura da Universidade do Brasil (IPPMG/UFRJ), instituições às quais continuou a dedicar-se apesar do mal crônico que o afligia. Genésio Pacheco foi sócio-fundador das sociedades Brasileira de Biologia, Americana de Bacteriologistas, Brasileira de Microbiologia e Brasileira para o Progresso da Ciência. Membro da Organização Mundial da Saúde e de várias comissões nacionais e internacionais, Genésio Pacheco faleceu em 1973, aos 83 anos.