Publicação do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz - Ano XIII - n0 30 - 27/09/2007

 

I Workshop de Helmintoses dá continuidade à estruturação das
Áreas Temáticas de Pesquisa do IOC

O processo de estruturação das Áreas Temáticas de Pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), idealizado no II Encontro do Instituto, no ano passado, deu um passo à frente nesta terça-feira, 25 de setembro, com a realização do I Workshop da Área de Helmintoses: prioridades, dificuldades e necessidades. Para atender ao propósito da reunião – integrar as diversas iniciativas relacionadas ao tema desenvolvidas no IOC, promovendo parcerias e colaborações – pesquisadores de oito laboratórios do Instituto apresentaram seus principais projetos e discutiram formas de interação e financiamento. A diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, comemora o cumprimento de mais uma etapa: “Temos aqui a mesma percepção obtida nos outros encontros para formação das Áreas Temáticas de Pesquisa do Instituto, de que finalmente nos sentamos para debater ciência e não questões administrativas”.

 
Reunidos para estruturar a Área de Helmintoses do IOC, pesquisadores do Instituto apresentaram seus projetos a fim de integrar iniciativas

Estiveram presentes representantes dos laboratórios de Bioquímica e Proteína de Peptídeos, de Patologia, de Malacologia, de Biologia e Parasitologia de Mamíferos, de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental, de Helmintos Parasitos de Vertebrados, de Simulídeos e Oncocercose e de Eco-epidemiologia e Controle da Esquistossomose e Geohelmintoses, que através das apresentações puderam identificar aspectos complementares das linhas de pesquisa, propiciando o entrosamento de projetos. Entre as iniciativas comuns, está o desenvolvimento de um método terapêutico alternativo ao já existente para a esquistossomose, uma vez que o método tradicionalmente utilizado apresenta falhas e não surte efeito sobre formas imaturas do parasito.

 
Durante o debate científico, os pesquisadores identificaram a necessidade de incluir temas como oncocercose e esquistossomose em editais de financiamento do Ministério da Saúde

Outra necessidade emergente é a inclusão em editais de financiamento de doenças pouco comuns como a oncocercose, que atinge quase exclusivamente a população indígena Yanomami e está restrita à região Norte do país, e de reconhecidos problemas de saúde pública ainda negligenciados, como a endemia de esquistossomose em Pernambuco. Integrar os recursos humanos que desenvolvem pesquisas sobre helmintoses é o primeiro passo para consolidar uma iniciativa institucional de esforço mútuo para o controle destas doenças. Para vencer estes desafios, a sugestão dos pesquisadores é estabelecer o tema como uma das prioridades de pesquisa do Ministério da Saúde. Após o debate sobre os projetos de pesquisa e do estabelecimento das necessidades e prioridades da Área de Helmintoses do IOC, os pesquisadores elaboraram um documento síntese a ser enviado à diretoria do Instituto.

 

Bel Levy

 

 

IOC - Ciência para a Saúde da População Brasileira