IOC avança na construção
das Áreas de Pesquisa
A mais recente inovação do IOC em termos de gestão cientifica é a dinâmica de funcionamento das Áreas de Pesquisa. Na última reunião do Conselho Deliberativo fizemos um balanço do processo, iniciado no II Encontro do IOC, em 2006, com o desenho teórico da matriz de temas e Áreas de Pesquisa do IOC. Desde 2007 esse processo vem avançando e hoje já temos oito Áreas plenamente operantes. Neste período, 13 workshops específicos de Áreas de Pesquisa já foram realizados, com intenso debate entre os laboratórios participantes, confirmando o acerto da opção sobre como incrementar as parcerias internas, a quantidade e a qualidade da interação científica no IOC.
Em 2003, o relatório do I Encontro do IOC apontava que o Instituto precisava “definir e promover seus próprios programas prioritários (...), estabelecer consórcios de laboratórios ou outros meios de integração matricial ou horizontal para buscar parcerias e concorrer a editais (...), promover interação entre os grupos de pesquisa do IOC através de Redes e (...) participar mais da formulação das políticas de pesquisa da Fiocruz e do país”.
O III Encontro do IOC, em novembro de 2006, desenhou as 15 Áreas de Pesquisa. Até o final de 2008, as metas são as eleições das coordenações das Áreas de Leishmanioses, Viroses e Bioprodutos e a rediscussão das outras quatro Áreas de Pesquisa que ainda não encontraram seus respectivos consensos ou caminhos de construção. A experiência relatada pelas primeiras Áreas de Pesquisa funcionando mostra que esses desafios estão sendo enfrentados.
A Área de Dengue obteve sucesso em aplicar um projeto comum e avança em experiências de parcerias público-privadas. A Área de Helmintoses preparou um projeto de interesse para o Ministério da Saúde e busca junto à ele seu fomento. As Áreas de DST/Aids e de Vigilância seguem o mesmo caminho. As áreas de Taxonomia e Biodiversidade e de Helmintoses estão propondo um novo programa de Pós-Graduação. Inventários e catálogos de projetos e produtos, bancos de materiais e dimensionamento de sorotecas vêm sendo organizados pelas áreas de Educação e Sociedade, de Doença de Chagas e de Doenças Crônicas, Degenerativas e Genéticas.
Claramente, notam-se novas parcerias estabelecidas e a intensificação das já existentes. Bom para o IOC, bom para todos.
Uma Assessoria Estratégica para Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (AEPDI), coordenada por Mariza Conde, foi instalada e vem dando suporte às coordenações das Áreas de Pesquisa, tanto em termos de apoio a aplicações conjuntas, análise de editais e formatação de contratos, como em termos de suporte a reuniões e oficinas de trabalho. Além das coordenações, os pesquisadores têm recorrido individualmente à AEPDI, para um apoio que antes não existia, e a diretoria vem contando com uma capacidade analítica da produção do IOC que antes também não existia.
O Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do IOC, recém-criado sob a coordenação de Álvaro Funcia, vem trabalhando de modo articulado com a AEPDI para dar suporte aos pesquisadores, em termos de ações para proteção da propriedade intelectual (direitos autorais e patentes), num trabalho que pretende em breve trazer uma proposta de escritório de negócios para o IOC.
Tania Araújo-Jorge e Monica Oliveira
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