Publicação do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz - Ano XIV - n0 14- 09/10/2007

 

Candidato à presidência da Fiocruz participa de entrevista coletiva no Canal Saúde
 
Paulo Gadelha respondeu a perguntas de jornalistas da Fundação
O candidato à presidência da Fiocruz e atual Vice-presidente de Desenvolvimento Institucional e Gestão do Trabalho da Fundação, Paulo Gadelha, participou nesta quarta-feira, dia 08, de entrevista coletiva realizada pelo Canal Saúde e pela Coordenadoria de Comunicação Social da Fiocruz (CCS) com jornalistas de diversas unidades da Fiocruz. Participaram profissionais de comunicação do Rio de Janeiro, presentes no estúdio, e das unidades regionais, que encaminharam perguntas por email, além de Rômulo Maciel, assessor especial do Ministro da Saúde José Gomes Temporão, e do presidente da Fiocruz, Paulo Buss, que participaram por telefone.
 
O debate contemplou a expansão nacional e internacional da Fiocruz, o modelo jurídico da Fundação, composição orçamentária, programas de financiamento à pesquisa, Fiosaúde, controle social, planos para o aperfeiçoamento de infra-estrutura e gestão do trabalho, projetos sociais, ensino e comunicação.
 
Em resposta à pergunta levada pelo Serviço de Jornalismo do Instituto Oswaldo Cruz (SEJOR/IOC), referente às perspectivas para a pesquisa, Gadelha ressaltou a importância de estimular a pesquisa básica como processo de criatividade e inovação e ressaltou o caráter estratégico da atividade para a Fiocruz, comprometida com a resolução de problemas nacionais de saúde pública. “O Programa de Desenvolvimento Tecnológico em Insumos para Saúde (PDTIS), por exemplo, é um canal para indução de novos campos de pesquisa e já colaborou para uma mudança de cultura na Fiocruz, mostrando que é preciso investir na maturação de processos de longa duração, com paciência, clareza e firmeza. É importante ter tranqüilidade e transparência para selecionar os projetos de pesquisa adequados a este programa e reconhecer as iniciativas que não devem mais integrá-lo”, o candidato considerou.
 
A expansão nacional e internacional da Fiocruz foi alvo de intenso debate. O atual presidente da Fundação, Paulo Buss, em Berlim, participou do encontro por telefone e destacou o interesse de instituições estrangeiras de ensino e pesquisa nos rumos da Fiocruz. “A cooperação internacional é uma atividade essencial da Fiocruz e podemos comemorar o salto de qualidade registrado recentemente com a ocupação mais eficaz no continente africano através de um escritório permanente. Agora, precisamos incrementar a cooperação com a América do Sul, que também é uma prioridade”, Gadelha avaliou, reconhecendo a importância da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) neste processo.
 
O polêmico tema da composição orçamentária incluiu a discussão sobre a expansão nacional da Fiocruz que, de acordo com o candidato, será balizada pelo programa Mais Saúde do Ministério da Saúde. “A adesão da cúpula governamental é imprescindível para este processo e o Mais Saúde define claramente o repasse de recursos do Ministério da Saúde como garantia para a sustentabilidade da iniciativa”, Gadelha afirmou.
 
Para a área de inovação, o candidato considerou estratégica a expansão de financiamentos através de agências como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Gadelha garantiu ainda a abertura de editais específicos para as ciência sociais e humanas e o repasse de 1% do orçamento total da Fiocruz para o desenvolvimento de projetos sociais, também selecionados mediante editais. “O sucesso de projetos de grande porte depende da interação e integração de todas as unidades e iniciativas da Fundação”, considerou.
 
Sobre modelos de gestão, o candidato sinalizou que não há intenção de mudanças radicais, mas identificou a necessidade de flexibilização no sentido de um orçamento global e ressaltou a importância de iniciativas como a flexibilização da contratação da lei 8.666, num marco jurídico lançado pela Fundação.
 
O candidato também justificou o slogan de sua campanha – História, compromisso e inovação. “Essa tríade reflete a riqueza da Fiocruz: o legado histórico de extrema importância para o país; o compromisso em responder as demandas da saúde pública brasileira e contribuir para uma forma de desenvolvimento socialmente orientada; e a eterna inquietude em pensar os caminhos futuros, o que impulsiona a inovação”, Gadelha resumiu.
 
A entrevista foi transmitida ao vivo pelo programa Bate Papo do Canal Saúde e será disponibilizada no site da Rede Fiocruz.

 

 

 

 

IOC - Ciência para a Saúde da População Brasileira