Publicação do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz - Ano XIV - n0 04- 30/04/2007

 

Esclareça dúvidas sobre descarte de resíduos biológicos em laboratórios

Explosão, fogo, corrosão e toxicidade a organismos. Estes são alguns dos problemas que o mau gerenciamento de resíduos pode provocar ao ambiente e à saúde humana. Já implantada nos laboratórios do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), a gestão de resíduos garante proteção à área de trabalho e ao próprio ambiente. “O pesquisador que gera o resíduo se torna responsável por ele e precisa adotar os procedimentos de descarte que o material gerado requer. Cada tipo de resíduo necessita de um descarte específico. O lixo infectante, por exemplo, só deve ser descartado em lixeiras próprias, sinalizadas por sua cor branca e o símbolo correspondente”, afirma Hermann Schatzmayr, presidente da Comissão Interna de Biossegurança do IOC (CIBio/IOC).

Foto: Gutemberg Brito
A autoclavação é um dos processos utilizados para o tratamento preliminar do resíduo biológico

Para que o descarte de resíduos biológicos, resíduos químicos, materiais perfuro-cortantes e outros resíduos continue sendo realizado de maneira correta, a CIBio/IOC e a Comissão Interna de Gestão Ambiental (CIGAmb/IOC) reforçam o passo a passo do gerenciamento de resíduos em laboratórios. Anteriormente, o Informe IOC publicou matéria especial sobre o descarte de materiais perfuro-cortantes. Nesta edição, o foco será o descarte de resíduos biológicos e a próxima abordará os procedimentos que devem ser adotados no descarte de resíduos químicos.

Descarte de Resíduos Biológicos

Os resíduos biológicos são aqueles oriundos de serviços de saúde, como hospitais, laboratórios biomédicos e clínicas veterinárias. Classificados como Grupo A – que inclui carcaças, órgãos, tecidos, membros e membranas de animais de experimentação, suspeitos ou não de serem portadores de doenças, provenientes de biotérios, captura, instituições de pesquisa, controle de qualidade – , suas características de maior virulência, infectividade e concentração de patógenos, apresentam risco potencial saúde pública e ao meio ambiente.

O processo mais tradicional para o tratamento preliminar do resíduo biológico (desinfecção ou esterilização) é o calor, que comumente é realizado através de dois processos:

1.) Esterilização por calor seco – neste tratamento utiliza-se a estufa durante 2 a 4 horas sob uma temperatura  de 160 a 170º C. Mas por ser um processo lento e que necessita de temperaturas muito elevadas não é habitualmente utilizado no IOC.

2.) Esterilização a vapor (autoclavação) cuja a esterilização total é efetuada com 30 minutos na temperatura de 121º C, tornando o processo mais rápido.

O Almoxarifado Central disponibiliza sacos de lixos especiais, que podem ser utilizados na autoclavação, em diferentes tamanhos:

21562 – 60 X 90 cm – pacote com 200 unidades

21839 – 25 X 30 cm – pacote com 200 unidades

21838 – 20 X 30 cm – pacote com 200 unidades.

 

 


IOC - Ciência para a Saúde da População Brasileira