Publicação do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz - 23/03/2006

Cooperação: palavra-chave

O século XX viu nascer a ciência dos grupos de pesquisa e das equipes nucleadas por grandes cientistas, sempre atuando como um time coeso. Assim também é a ciência no IOC. Anualmente, 20% dos artigos publicados são fruto de cooperações entre laboratórios e departamentos do próprio Instituto. Ainda não temos a conta fechada de quantos são os frutos de parcerias extra-muros, na Fiocruz e com Universidades e Centros de Pesquisa nacionais e internacionais, mas sabemos que são muitos, possivelmente a maioria.

Nesse sentido, cabe destacar dois novos programas de cooperação, nos quais o IOC tem participado intensamente: 1- o Programa Integrado de Doença de Chagas da Fiocruz; e 2- o Programa de Câncer INCA-Fiocruz. O primeiro, coordenado por Joseli Lannes e Rodrigo Correa-de-Oliveira, é fruto do longo acúmulo nesse campo de investigação tanto no IOC como nas demais Unidades da Fiocruz. Sua institucionalização foi formalizada em reunião da Vice-presidência de Pesquisa com os diretores de todas as Unidades da Fiocruz. O segundo, coordenado por Wim Degrave e Maria Inês Elsas, pretende associar equipes de pesquisa da Fiocruz e do INCA, instituições co-irmãs do próprio Ministério da Saúde, que agora conversam ainda mais.

As ações de cooperação foram destacadas no Plano Plurianual do Ministério da Saúde, instrumento de planejamento dos investimentos governamentais, ganhando o “status” de atividades-fim. Identificar as parcerias estabelecidas pelos laboratórios do IOC e otimizá-las é uma das metas da Coordenação de Cooperação Institucional, que está em fase de gestação. Acreditamos que, coordenando as iniciativas individuais e induzindo novas parcerias, poderemos fortalecer ainda mais a nossa capacidade de inovar na ciência.

Tania Araújo-Jorge