O compromisso do IOC na cooperação Brasil-África

A cooperação com países africanos para o aprimoramento de estruturas de saúde pública já é um compromisso consolidado da Fiocruz, sobretudo na relação com países de língua portuguesa, como Angola e Moçambique. A colaboração na transferência de tecnologia para a instalação da produção de imunobiológicos e a constituição de escolas de saúde pública são exemplos fundamentais desta iniciativa, que ajuda a reestruturar o fragilizado sistema de saúde de países devastados por numerosas guerras e disputas internas.

Cada vez mais, o IOC assume esta tradição solidária da Fundação com base na participação anterior de diversos pesquisadores do IOC em iniciativas de cooperação com a África. A principal contribuição do Instituto será consolidada na formação de recursos humanos para o desenvolvimento de laboratórios de referência e/ou de vigilância em saúde – um setor em que os parceiros africanos são muito carentes e no qual o IOC tem larga e reconhecida experiência.

A proposta para a criação de um mestrado profissional em saúde pública e em ciências da saúde que atenda as demandas dos países africanos está sendo gestada pela Vice-Presidência de Ensino, Informação e Comunicação, ENSP, Escola Politécnica e IOC. Apresentada preliminarmente pela Presidência da Fiocruz em encontros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Associação Internacional de Institutos de Saúde Pública, a proposta teve ampla aceitação e gerou uma importante expectativa.

O primeiro representante permanente do Brasil na CPLP, Lauro Moreira, atual diretor da Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério de Relações Exteriores, virá à Fiocruz no próximo dia 7 de julho para conhecer as propostas da Fundação. Esperamos que, assim, ganhemos mais um interlocutor nesta estratégia de ajuda. A Coordenação de Cooperação do IOC destaca o empenho de Wilson Savino, Márcio Bóia, Maria de Fátima Cruz e Mariza Conde no desenho desta participação.

 

Tania Araújo-Jorge e Claude Pirmez