Documentário sobre Aedes aegypti recebe
menção honrosa em festival de cinema científico em Praga

Filme produzido pelo IOC também é selecionado para festival na Grécia em abril

O documentário O mundo macro e micro do mosquito Aedes aegypti – para combatê-lo é preciso conhecê-lo, produzido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), continua rendendo frutos. O filme, dirigido por Genilton Vieira, coordenador do setor de Produção e Tratamento de Imagens do IOC, ganhou mais um prêmio internacional, desta vez em Praga, na República Tcheca, no último dia 8. A Mention Mif-Sciences.net Special Techfilm 2007 foi concedida durante o 44º Festival Internacional TECHFILM, realizado de 5 a 9 de março.

Gutemberg Brito
Genilton exibe a menção honrosa recebida em Praga. Em abril o filme será exibido em festival na Grécia .

Ainda em Praga, Genilton recebeu outra boa notícia: o filme fora selecionado para o Festival Internacional de Filmes Científicos de Atenas, que será realizado na Grécia de 17 a 22 de abril. Dos 40 filmes destacados para os seis dias de festival, a produção do IOC é a única latino-americana e será exibida no primeiro dia do evento. O reconhecimento ao filme começou em junho de 2006, com o segundo lugar no Festival Mfi-Science, realizado em Cuba, tendo concorrido com produções audiovisuais de diversos países.

Em Praga, o documentário foi exibido no segundo dia de Festival. “Não esperava este resultado, porque o nível do festival foi muito elevado”, Genilton revela. Ele lembrou que, além do alto nível, a concorrência era grande. “Foram mais de 350 filmes inscritos, 120 selecionados para a final e apenas 12 contemplados”. O que explica o sucesso? “Encanta os europeus a linguagem inovadora do nosso filme. Conseguimos reunir um componente da microscopia óptica com a computação gráfica de alta qualidade”, argumenta.

Além do TECHFILM, foi realizada paralelamente a 2º Conferência Internacional EMTECH. Outras informações sobre o festival podem ser verificadas clicando aqui. Além deste evento, o IOC foi representado por Genilton em exibição do mesmo filme no Museu Nacional de Ciências Naturais espanhol. O encontro seguido de debate ocorreu no dia 1º de março e é promovido mensalmente pela Associação Espanhola de Cinema Científico (ASECIC).

Exibições garantem novas parcerias

“A premiação nos festivais é um aprendizado. Quando você entra no circuito do vídeo científico, começa a se inserir cada vez mais em outros festivais, apesar das dificuldades. Mesmo lá [na Europa], os produtores não conseguem viver apenas disso”, Genilton acrescenta. “A vantagem deles é que há cinco ou seis festivais de vídeo científico por ano, em cada país.”

Depois de participar de três exibições internacionais do documentário sobre o Aedes em 2006, Genilton foi convidado a se tornar membro da Sociedade Mundial de Filmes Científicos, que tem como foco a área de medicina e saúde, e do Conselho Científico de VIDEOMED 2007, que será realizado de 4 a 8 de junho no Centro Nacional de Pesquisas Científicas de Cuba.

Gustavo Barreto
15/03/07