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Associação Rio Chagas retoma atividades

Com apoio do IOC, grupo focado no acolhimento, busca por direitos e combate ao preconceito em torno da doença de Chagas, realiza encontro presencial após período remoto
Por Max Gomes10/08/2022 - Atualizado em 17/08/2022
Encontro marcou o retorno de atividades presenciais da Associação. Foto: Reprodução

Após mais de dois anos com atividades em formato remoto devido à pandemia da Covid-19, a Associação Rio Chagas retornou com ações presenciais. O grupo é liderado por portadores da doença de Chagas e conta com apoio do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em seu Conselho Científico – que tem por objetivo aproximar pacientes e especialistas dedicados ao estudo da doença. 

O reencontro foi realizado no dia 2 de agosto no campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ), e esteve marcado pelo afeto, determinação na busca pelos direitos dos pacientes e combate aos estigmas que cercam o agravo.

“Foi muito gratificante retomar as atividades presenciais e reencontrar as pessoas, agora com um contato mais próximo. Apesar de todos os esforços para manter a proximidade através das atividades online, o distanciamento social foi bastante difícil pela falta da troca física. Estar presente fisicamente reanima mais. E o afeto é muito importante para quem está passando pelo tratamento da doença de Chagas”, afirmou Josefa Oliveira, presidente da Rio Chagas.

Participaram do encontro membros e apoiadores da Associação, do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC, do Laboratório de Pesquisa em Epidemiologia e Determinação Social da Saúde do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), da Associação dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz (ASFOC) e profissionais da organização internacional não-governamental Médicos Sem Fronteiras.

Na ocasião, foi realizada uma pequena confraternização, na qual os Laboratórios do IOC e do INI doaram álcool em gel e máscaras descartáveis para os membros da Associação. Também foram distribuídas máscaras personalizadas com a logomarca da Rio Chagas, confeccionadas manualmente por uma das integrantes, Cleonice Braga.

A Associação

Fundada em 2016, em uma assembleia no campus da Fiocruz em Manguinhos, a Associação Rio Chagas tem como base o enfrentamento da negligência em torno da doença de Chagas. Além da busca por direitos para os pacientes que vivem com o agravo, o combate ao preconceito é um dos principais pilares da entidade.

O grupo é composto por portadores da doença de Chagas, familiares e pessoas afetadas indiretamente e por um Conselho Científico (formado por pesquisadores e estudantes do IOC e do INI).

“A informação leva as pessoas a entenderem a importância de se cuidarem e combaterem a doença de Chagas. Pouco se fala sobre ela. E a Associação tem essa missão, de aproximar as pessoas afetadas, para nos apoiarmos, compartilhando nossas experiências e estando em contato próximo com os cientistas para aprendermos mais sobre essa doença que nos atinge”, declarou Josefa.

Entre 8 de 12 de agosto, membros da Associação Rio Chagas participam, no Pavilhão Leônidas Deane, no campus da Fiocruz em Manguinhos (Av. Brasil, 4365 – RJ), da exposição “Expresso Chagas 21” – atividade integrada às celebrações pelos 150 anos de nascimento de Oswaldo Cruz

Sobre a doença

Descrita pela primeira vez em 1909 pelo cientista Carlos Chagas, a doença de Chagas é provocada pelo parasito Trypanosoma cruzi, cuja transmissão ocorre tradicionalmente por meio da picada de insetos triatomíneos – conhecidos popularmente como “barbeiros”.

No Brasil, outro meio significativo de contrair a infecção ocorre pela via oral, quando os insetos infectados são triturados junto com alimentos (por exemplo, na preparação do suco de açaí ou do caldo de cana).

Se diagnosticada na fase inicial, a doença de Chagas pode ser curada. A terapia é feita com um medicamento específico que ataca os parasitos, fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Nos casos crônicos, que já não há mais a possibilidade de cura, o tratamento é recomendado para prevenir o desenvolvimento de complicações. Para os pacientes que já desenvolveram problemas cardíacos ou digestivos em decorrência da infecção, a abordagem deve ser avaliada considerando as necessidades individuais.

Com apoio do IOC, grupo focado no acolhimento, busca por direitos e combate ao preconceito em torno da doença de Chagas, realiza encontro presencial após período remoto
Por: 
max.gomes
Encontro marcou o retorno de atividades presenciais da Associação. Foto: Reprodução

Após mais de dois anos com atividades em formato remoto devido à pandemia da Covid-19, a Associação Rio Chagas retornou com ações presenciais. O grupo é liderado por portadores da doença de Chagas e conta com apoio do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em seu Conselho Científico – que tem por objetivo aproximar pacientes e especialistas dedicados ao estudo da doença. 

O reencontro foi realizado no dia 2 de agosto no campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ), e esteve marcado pelo afeto, determinação na busca pelos direitos dos pacientes e combate aos estigmas que cercam o agravo.

“Foi muito gratificante retomar as atividades presenciais e reencontrar as pessoas, agora com um contato mais próximo. Apesar de todos os esforços para manter a proximidade através das atividades online, o distanciamento social foi bastante difícil pela falta da troca física. Estar presente fisicamente reanima mais. E o afeto é muito importante para quem está passando pelo tratamento da doença de Chagas”, afirmou Josefa Oliveira, presidente da Rio Chagas.

Participaram do encontro membros e apoiadores da Associação, do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos do IOC, do Laboratório de Pesquisa em Epidemiologia e Determinação Social da Saúde do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), da Associação dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz (ASFOC) e profissionais da organização internacional não-governamental Médicos Sem Fronteiras.

Na ocasião, foi realizada uma pequena confraternização, na qual os Laboratórios do IOC e do INI doaram álcool em gel e máscaras descartáveis para os membros da Associação. Também foram distribuídas máscaras personalizadas com a logomarca da Rio Chagas, confeccionadas manualmente por uma das integrantes, Cleonice Braga.

A Associação

Fundada em 2016, em uma assembleia no campus da Fiocruz em Manguinhos, a Associação Rio Chagas tem como base o enfrentamento da negligência em torno da doença de Chagas. Além da busca por direitos para os pacientes que vivem com o agravo, o combate ao preconceito é um dos principais pilares da entidade.

O grupo é composto por portadores da doença de Chagas, familiares e pessoas afetadas indiretamente e por um Conselho Científico (formado por pesquisadores e estudantes do IOC e do INI).

“A informação leva as pessoas a entenderem a importância de se cuidarem e combaterem a doença de Chagas. Pouco se fala sobre ela. E a Associação tem essa missão, de aproximar as pessoas afetadas, para nos apoiarmos, compartilhando nossas experiências e estando em contato próximo com os cientistas para aprendermos mais sobre essa doença que nos atinge”, declarou Josefa.

Entre 8 de 12 de agosto, membros da Associação Rio Chagas participam, no Pavilhão Leônidas Deane, no campus da Fiocruz em Manguinhos (Av. Brasil, 4365 – RJ), da exposição “Expresso Chagas 21” – atividade integrada às celebrações pelos 150 anos de nascimento de Oswaldo Cruz

Sobre a doença

Descrita pela primeira vez em 1909 pelo cientista Carlos Chagas, a doença de Chagas é provocada pelo parasito Trypanosoma cruzi, cuja transmissão ocorre tradicionalmente por meio da picada de insetos triatomíneos – conhecidos popularmente como “barbeiros”.

No Brasil, outro meio significativo de contrair a infecção ocorre pela via oral, quando os insetos infectados são triturados junto com alimentos (por exemplo, na preparação do suco de açaí ou do caldo de cana).

Se diagnosticada na fase inicial, a doença de Chagas pode ser curada. A terapia é feita com um medicamento específico que ataca os parasitos, fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Nos casos crônicos, que já não há mais a possibilidade de cura, o tratamento é recomendado para prevenir o desenvolvimento de complicações. Para os pacientes que já desenvolveram problemas cardíacos ou digestivos em decorrência da infecção, a abordagem deve ser avaliada considerando as necessidades individuais.

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)