Nasa
deve renovar parceria com Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia
(Inpa)
Manaus(AM)
- O Brasil exerce papel de liderança no trabalho de proteção
ambiental e produz resultados significativos em pesquisas.
Tanto
que a Nasa já fala abertamente na possibilidade de renovar
o contrato de cooperação com o Brasil no campo de
pesquisas amazônicas.
A informação
é de Sean O'Keefe, administrador da agência espacial
americana, que chegou ao Brasil neste
domingo.
O'Keefe desembarcou em Manaus, após passar por Honduras e
Guatemala, visitando instituições de pesquisas ambientais,
entre elas o Experimento de Larga Escala na Biosfera-Atmosfera na
Amazônia (LBA).
Embarca
nesta segunda-feira para São José dos Campos, de onde
seguirá para a Argentina e, depois, El Salvador.
Mesmo
depois de apenas três horas em Manaus, O'Keefe diz ter gostado
muito do que viu. Assim que desembarcou, seguiu para o Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), onde conversou com
diretores e pesquisadores.
'Creio
que temos muito a aprender com os brasileiros. A Amazônia
é um campo fértil para pesquisas e nesse caminho é
que pretendemos estar.'
A visita
ao LBA será hoje, antes do embarque para São José
dos Campos. Esse instituto, mantido graças a parceria com
a agência americana, começou a ser implementado em
1996 e hoje conta com mais de 1.500 cientistas, divididos em 157
instituições espalhadas por 15 países.
A proposta
do LBA é promover um estudo multidisciplinar, integrando
física, química e biologia, para analisar vários
ecossistemas amazônicos.
Para
isso, no entanto, é necessário manter a parceria entre
a Nasa e o Inpa, que administra o LBA. Apesar dos rumores sobre
corte no orçamento, O'Keefe garante que não haverá
redução de verba dos projetos da Nasa voltados para
o estudo da Terra.
'Nos
preocupamos com todos os setores. Nossa missão é explorar
e proteger o planeta, explorar o universo em busca de novas formas
de vida e criar uma geração de pesquisadores para
dar continuidade ao trabalho. E isso será mantido.'
A parceria
com o Inpa expira em 2005, segundo o contrato inicial, mas deve
ser renovada.
'As
negociações nesse sentido estão muito bem encaminhadas
e adiantadas. E não pode ser de outra forma, uma vez que
precisamos usar nossa tecnologia em benefício do planeta.'
(Paulo Roberto Pereira - 1º/3)
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