Acordo
fixa normas rígidas para OGMs
Países
da Ásia, África, Europa e boa parte da América
Latina concordaram em adotar normas rígidas para controlar
o comércio de transgênicos, que geraram críticas
dos grandes produtores, como EUA, Argentina e Canadá.
O acordo,
firmado por 90 países, prevê o fornecimento de informações
detalhadas sobre carregamentos de produtos transgênicos como
milho, algodão e soja, para que os importadores decidam se
aceitam ou não - isso vai muito além do que queriam
os exportadores.
O tratado
também prevê a criação de um arcabouço
legal para determinar responsabilidades em caso de problemas comerciais
envolvendo transgênicos.
Nem
EUA nem Austrália firmaram o acordo. A negociadora americana,
Deborah Male, que passou a semana enfrentando acusações
de ambientalistas e de representantes de países do Terceiro
Mundo, disse que o acordo representa a posição de
países importadores e é tendencioso.
'Muitas
decisões foram tomadas por países importadores que
não têm uma noção real das implicações
dessas decisões', afirmou.
As
negociações foram comandadas pelo representante da
Etiópia, Tewolde Egziabher, que considerou a possibilidade
de responsabilizar produtores por eventuais danos a maior vitória
do encontro, realizado em Kuala Lumpur, na Malásia.
'Isso
vai obrigar os exportadores a ter mais cautela com o que vendem',
disse. Os europeus, que se preparam para suspender a moratória
aos transgênicos, encararam o acordo como uma vitória
sobre os EUA. (AP - 28/2)
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