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IOC 104 anos

Mais de 150 pessoas participaram do coquetel oferecido pela diretoria do IOC, dia 25 de maio, na comemoração dos 104 anos do Instituto Oswaldo Cruz. Músicos da Orquestra Sinfônica da UFF alegraram a festa no Pavilhão Arthur Neiva.

O ambiente começou modesto, com serviço de água, refrigerantes e salgadinhos, animado com a música alegre que o Capobianco – assim chamava-se o grupo – trouxe de sua cultura lá do início do século XX.

Não faltaram Chiquinha Gonzaga, Noel Rosa, Pixinguinha, eles iam e vinham, como se fosse combinado. A conversa, sim, se despregava a cada convidado que chegava. Já não era mais olhos atentos ao belo bolo, vigiado e cobiçado, com a foto do castelo a ilustrá-lo.

A alegria com a comemoração brotou mesmo sem as delícias do vinho prometido, que só chegou mais tarde. A música, mais descontraída que a dança (que não houve), passeava, embora decibéis acima do agradável, entre clássicos e populares.

Eram colegas de trabalho se confraternizando. Falava-se de tudo, não só trocavam entre pares a satisfação de mais um ano dedicado ao estudo e à pesquisa que os une e distancia, tão valiosos para o Brasil e o mundo.

Com carinho e amor pelo Instituto, o Dr. Lobato Paraense, em seus 89 anos, lembrou ali, com satisfação: “Afinal, já é mais de um século. Eu que entrei aqui em 39... é mais que a metade disto”.

Ele foi um dos que não gostou do volume da música. A seu lado, a Dra. Lygia Corrêa achou que “tudo estava ótimo”, só que não estavam acostumados ao ‘barulho’. “Mas no final a gente até que gosta”, completou animada.

Pela diretoria, falou Dalila de Melo do quanto achou maravilhoso participar da organização do evento: “Eu vivo para o Instituto”, disse a secretária geral.

Fundado em 25 de maio de 1900, o atual IOC, inicialmente, chamou-se Instituto Soroterápico Federal, mas já popularmente era o Instituto de Manguinhos, do nome da fazenda onde se instalou. O que deveria ser apenas um local para pesquisa de vacinas e soros é hoje um centro de excelência de investigação científica para o mundo.

Logo após ser reconhecido pelo Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, onde sua exposição mereceu medalha de ouro, o presidente Affonso Penna sancionou decreto elevando o ISF a Instituto de Patologia Experimental. E, já em 12 de dezembro de 1907, passou a chamar-se Instituto Oswaldo Cruz, em homenagem a seu fundador, ainda em vida.

Graças a Oswaldo Cruz, o Instituto por ele criado não se limitou à proposta inicial e ampliou suas pesquisas a diversos outros campos da patologia.



 

 

IOC - CIÊNCIA PARA SAÚDE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA