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IOC debate sobre Coleções científicas


É cada vez maior a urgência da criação de novos Centros de Recursos Biológicos (CRB). Enfático, o professor Vanderlei Perez Canhos, diretor presidente do Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA), falou sobre as novas tecnologias de informação e comunicação em coleções científicas e biológicas, em recente palestra no IOC.
Os CRBs são centros especializados que adquirem, conservam e distribuem células “cultiváveis” e também partes replicáveis destes organismos. Segundo ele, o processo está avançando rapidamente e já se fala na perspectiva de um CRB global, que uniria vários países na busca de uma continuidade lógica a iniciativas anteriores.
A palestra visou acrescentar informações e soluções digitais ao projeto do IOC, de transformar suas coleções em ferramenta indispensável para a comunidade científica e tecnológica. Nesse sentido, o desafio do IOC é, como um CRB, trabalhar com suas coleções e disponibilizar também as informações que produz.
Mas, para isso, frisou Canhos ser importante alertar o governo para a realidade em que se encontram as Coleções brasileiras, a fim de despertar mais incentivos para as CRBs. “Das nossas, dez são credenciadas e as outras ainda se encontram sem a adequada valorização”, destacou Cláudia Chamas, do Núcleo de Estudos e Planejamentos Estratégicos do IOC.
A riqueza institucional do IOC, segundo ela, que é responsável pelo desenho de um novo modelo para as Coleções do Instituto, ainda é pouco explorada: “nossas coleções são vistas geralmente como ‘apêndices’ dos laboratórios, o que pode resultar ou influenciar a pouca articulação interna e externa, para um melhor aproveitamento delas”.
Dentre as alternativas que o IOC está articulando, foram destacadas ações recentes, como o seminário que apresentou perspectivas novas para as coleções da fundação e a viagem que visou absorver conhecimentos sobre a organização de coleções científicas no exterior.
Além dessas, foram destacadas ações de princípio do Projeto de Capacitação das Coleções Científicas do IOC, que visa gerar, dentre outros, o diagnóstico das Coleções do Instituto, a adequação da infra-estrutura aos padrões internacionais e a informatização das coleções.
A previsão para muitas dessas ações é pô-las em prática ainda este ano. Outras terão prazos mais longos, como o Plano Estratégico para as Coleções Científicas do IOC, previsto para o período 2005-2010. Cláudia informou, porém, que algumas delas poderão ser antecipadas.
Para 2005, ano em que o IOC comemora 105 anos, no entanto, já está programado o I Simpósio Internacional de Coleções Científicas do Instituto Oswaldo Cruz, um evento que “reunirá todos os envolvidos com as coleções científicas do Instituto”.

Centro de Referência facilita obtenção de dados

Fundado há oito anos, em São Paulo, o Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA) é uma ONG voltada para disseminar o conhecimento científico e tecnológico e promover a educação, com vistas à conservação e utilização sustentável dos recursos naturais e à formação da cidadania.
Atua em 12 interessantíssimos projetos na área biológica e visa colateralmente contribuir para a conservação e utilização racional da biodiversidade no Brasil. Dentre eles, o projeto Biota – uma revista eletrônica que fornece inúmeras informações sobre conservação e uso da biodiversidade.
Quando o site www.cria.org.br é acessado em busca de informação, o sistema todo se conecta com provedores e bancos de dados, ressalta o diretor presidente do CRIA, Vanderlei Perez Canhos.
Outro projeto do CRIA, o Sicol (www.sicol.cria.org.br) é um sistema de informações sobre coleções de interesse biotecnológico. Dentre seus objetivos está facilitar o acesso a dados sobre biotecnologia e disseminar informações sobre os Centros de Recursos Biológicos do Brasil, integrando as coleções de interesse do setor.



 

 

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