Modelo
novo para um velho problema
O desafio do
serviço público é sair da burocracia rumo ao
serviço ao cidadão.
Esse é o propósito da gestão pública,
hoje, segundo a consultora do Programa de Excelência em Gestão
Pública, do Ministério do Planejamento, Maria de Fátima
Cavaleiro, em palestra visando à “Sensibilização
para o Progra-ma de Qualidade no Serviço Público”,
no IOC.
O que e o porque. A nova regra baseia a gestão
pública no antigo modelo de seucesso do setor privado: “Os
alicerces do Programa são os princípios constitucionais
(legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efi-cácia)
e os fundamentos, que são as características e valores
praticados por empresas de sucesso”, admitiu.
Como se viu durante o evento, o modelo de gestão focado em
resultados deve ser orientado para o cidadão. Nele, visão
de futuro e constância de propósitos são fatores
importantíssimos, pois visam planejar pensando em um rumo
para a organização como um todo.
A agilidade é postura pró-ativa. Já o foco
nos resultados direciona a atenção a um conjunto de
indicadores sobre clientes, parceiros, fornecedores, sociedade,
entre outros. A inovação é igualmente importante,
já que muitas vezes é preciso mudanças relevantes
em todos os setores.
Critérios de Excelência. José
Ary Blanco, também consultor, destacou os critérios
de excelência do Programa: liderança, estratégias
e planos, cidadãos e sociedade, informações
e conhecimento, pessoas, processos e resultados. “O primeiro
passo é formar uma equipe que os defina dentro da instituição”,
disse.
“A equipe faria uma auto-avaliação para ver
o que está faltando para a organização atender
a esses princípios”, ressaltou. Quando tudo estivesse
pronto, a avaliação seria enviada para consultores
do Programa em Brasília, para que analisassem e ajudassem
na solução dos possíveis problemas.
Novidades animadoras. Animado com as novidades
introduzidas pelo Programa, o público presente à palestra
se mostrou disposto a enfrentar o desafio.
Fátima sugeriu criar inicialmente se-is grupos e trabalho,
deixando os resultados para o final. Cada grupo escolheria um líder
para coordenar os trabalhos.
Dificuldades
para implantar o modelo
Para implantar
o Programa no IOC, segundo o coordenador de Administração
do Instituto, José Damasceno, dois problemas precisam ser
superados:
– O de falta de espaço físico, para formular
e disseminar as estratégias e fazer a auto-avaliação
do processo, e a falta de pessoal nos departamentos, para compor
o grupo de trabalho com profissionais de todas as áreas.
Damasceno enfatizou que não adianta trabalhar
com qualidade somente na Administração, como já
se faz desde abril, é preciso chegar aos laboratórios,
é preciso ter consciência em equipe. Ele pretende trazer
consultores do Núcleo de Qualidade de Furnas, para falar
sobre o assunto.
Para solucionar o problema, a Administração e a Diretoria
do IOC negociam com a Presidência. Até que o plano
de ação conjunto torne possível implantar a
metodologia e que ela proporcione meios mais ágeis para a
superação dos problemas na Unidade.
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