Anemia
e Malária no Brasil
Nos
últimos 40 anos foram publicados em revistas especializadas
não mais que cinco artigos relacionando anemia e malária
no Brasil. Dois são do Laboratório de Pesquisa em
Malária do Departamento de Imunologia do IOC.
Pelo menos mais dois artigos devem ser enviados para publicação
especi-alizada este ano, promete a pesquisadora Andréa Freitas.
Freitas é da equipe que atua no projeto Estudo do perfil
de citocinas e de auto-anticorpos envolvidos na anemia associada
à malária, tema de sua tese de doutoramento.
Índice de mortalidade. Apesar das poucas
publicações, a anemia é um dos principais responsáveis
pelas mortes de pacientes infectados por malária em todo
o mundo.
Estimativas da Organização Mundial de Saúde
apontam variar de 1,4 milhão a 5,7 milhões a ocorrência
anual de casos de anemia devido à malária. A mortalidade
anual estimada pela OMS é de 190 a 900 mil crianças.
Graças à implantação, em 2000, do Plano
de combate à malária (PIACM), pelo governo federal,
segundo Freitas, a doença está controlada no Brasil.
Características do estudo. Para o “Estudo
do perfil de citocinas...”, Freitas analisou 200 casos de
pacientes com malária do Hospital Municipal de Paragominas
e do Instituto Evandro Chagas, ambos no Pará.
A pesquisadora observou que o indutor da anemia, no caso brasileiro,
é o Plasmodium vivax, espécie menos agressiva
que a característica das regiões endêmicas da
África, onde a anemia é causada sobretudo pelo Plasmodium
falciparum.
Cai número de casos. Freitas observou também
que apenas 36% dos pacientes estudados estavam com anemia. Enquanto
apenas 1% deles apresentavam anemia grave, o que reflete os resultados
positivos do plano de combate à malária, concluiu.
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