Novas
drogas contra o mal de Alzheimer
A cada
ano que passa, uma em cada 10 pessoas maiores de 80 anos será
portadora da doença de Alzheimer, de acordo com a pesquisa
da Federação Espanhola de Associações
de Familiares de Enfermos de Alzheimer (AFAF), de 1999.
Para debater a questão e trazer um pouco de esperança
para os nossos idosos, o Centro de Estudos convidou no início
deste mês o Dr. Sérgio T. Ferreira, professor e chefe
do Dpto. de Bioquímica Médica da UFRJ.
As pesquisas. Ferreira caracterizou e desenvolveu,
junto com o seu grupo de pesquisa, drogas que podem inibir ou desagregar
o peptídeo beta-amilóide, muito provavelmente, um
dos principais fatores de desenvolvimento do mal de Alzheimer.
O pesquisador enfatizou que, atualmente, nenhuma das drogas cura
ou impede totalmente a progressão da doença, visto
que a eficiência dos inibidores fica limitada a um período
máximo de seis meses.
Além de não serem eficazes, os medicamentos disponíveis
ainda têm um custo muito elevado – “Nos Estados
Unidos, onde o risco potencial de se desenvolver a doença
já chega a 50%, aos 85 anos, o custo com o tratamento fica
em torno de 100 bilhões de dólares por ano”,
relatou Ferreira.
Medicamentos. Já foram identificados sete
compostos que apresentaram resultados positivos na proteção
de neurônios em cultura contra a neurotoxidade do beta-amilóide.
Entre as drogas estudadas está o DNP que previne a agregação
das proteínas, despolimerizando as fibrilas amilóides.
Ferreira disse ainda que a recepção da via gabaérgica
pode amenizar a patogênese, e que foi verificado um efeito
neuroprotetor na administração da taurina
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