Rio
debate Meio Ambiente e Qualidade de Vida
Dois
eventos internacionais e um nacional conjugados – a Bioed
2004, o II World Environmental Education Congress (2weec)
e o XIII Encontro Nacional de Biologia – reuniram,
no Rio de Janeiro, representantes do Programa Ambiental das Nações
Unidas, das Academias Brasileira de Ciências e também
a de Ciências dos EUA, da SBPC, da Rede Interamericana de
Academias de Ciências, da UNESCO, da Universidade de Genebra,
da União Internacional de Nutrição, dos Ministérios
do Meio Ambiente, da Ciência e Tecnologia, da Saúde
e de Educação, do IBAMA, do Conselho Regional de Biologia
(RJ/ES), da Associação Nacional de Pesquisa em Educação
e, nada menos do que, 1500 participantes de 22 países e representantes
de 20 estados brasileiros, todos formadores de opinião, direta
ou indiretamente interessados em trocar opiniões sobre Meio
Ambiente e Qualidade de Vida.
Voltados
para atender e atualizar especialistas e formadores das áreas
de Ciências, Biologia e Educação Ambiental,
o BioEd 2004 e o 2 weec integraram iniciativas do IOC/Fiocruz, em
parceria com a Academia Brasileira de Ciências, o Conselho
Regional de Biologia (RJ/ES) e o IBAMA/MMA.
A programação acadêmica de ambos englobou 15
mesas-redondas, 150 oficinas no espaço "Educação
em Ação", 464 pesquisas. Foram apresentados 349
pôsteres, além das diversas atividades culturais e
paralelas, envolvendo também a população, em
cinco lugares da cidade do Rio de Janeiro, com o aval da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e a participação de ONGs.
Programação internacional. A Conferência
Internacional de Educação Biológica, Desenvolvimento
Sustentável, Ética e Cidadania (BioEd 2004),
além de explorar as conexões entre as ciências
biológicas, sustentabilidade, ambiente e a sociedade, incluiu
o compromisso de elaborar um relatório com recomendações
para a melhoria da Educação Biológica, em todo
o mundo.
Já o II Congresso Mundial de Educação Ambiental
(2 weec) enfocou os desafios da Educação Ambiental
no mundo contemporâneo, voltado para a estratégia de
um futuro possível. Os trabalhos dos dois eventos foram coordenados
pelas pesquisadoras Danielle Grynszpan, do IOC/Fiocruz, em parceria
com Julieta Calazans, da UERJ, e Hedy Vasconcellos, da PUC/RJ, além
de Paulo de Góes, ABC, e Fátima Cristina Inácio
de Araújo, Presidente do CRBio-2.
Nos dois casos, foram debatidos diversos temas como a relação
Ciência-Religião - onde tomou parte, entre outros,
Jay Labov, da Academia Americana de Ciências e co-autor, junto
com Bruce Alberts, do importante artigo sobre 'Ciência e Criacionismo'
- até questões marcadas pelo binômio Pobreza
Sustentada-Desenvolvimento Sustentável.
Uma
Conferência com Arte
Participantes
do projeto ABC na Educação Científica –
Mão na Massa, uma experiência de intercâmbio
do Departamento de Biologia do IOC com a França, acompanharam
quase todo o tempo diversas apresentações dos grupos
de trabalho. Eles ajudam os atores no trabalho da interação
educando-educadores.
Desafios pedagógicos. Os desafios só
são desvendados ao final de cada atividade. Os grupos explicam
as abordagens feitas durante as apresentações e ouvem
as idéias da platéia, como soluções
produtivas para
serem utilizadas em sala de aula. Os temas, em geral, estão
ligados a histórias ou soluções de casos, acontecimentos
e descobertas científicas. Para quem não tinha visto
tudo, Camilo de Souza, integrante da Coordenação do
evento, explicava que uma das principais propostas do projeto é
lançar desafios pedagógicos. A novidade incentivar
a investigação, usando experimentos e outros tipos
de exploração para transmitir a metodologia também
para os educadores.
Na oficina Em cadeia ou na cadeia?, por exemplo, o objetivo
era trabalhar os conceitos de cadeia alimentar e de interdependência
entre os ecossistemas. Foram utilizados, de forma igualmente criativa,
os materiais disponíveis no ambiente, como pedras, garrafas,
peixes, plantas entre outros. A apresentação foi um
sucesso.
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