Departamento de Helmintologia | |||||||
As pesquisas helmintológicas em Manguinhos iniciaram-se com os trabalhos de José Gomes de Faria que, em 1910, publicou com Lauro Travassos uma monografia sobre ancilostomídeos parasitos do homem. Gomes de Faria então lançou as bases para os estudos helmintológicos no Instituto Oswaldo Cruz junto a seu discípulo Lauro Pereira Travassos fundando o respectivo laboratório, que tornar-se-ia a futura Secção de Helmintologia. Travassos foi um especialista indiscutível, que durante quase meio século, produziu uma obra monumental de sistemática helmintológica. De sua criação até meados da década de 20, o atual setor foi designado, primeiramente, em 1926, de Secção de Helmintologia, em 1970 passou a fazer parte da Divisão de Zoologia Médica e só mais tarde foi designado Departamento de Helmintologia, hoje constituído por três laboratórios e pela Coleção Helmintológica do Instituto Oswaldo Cruz.
Os laboratórios de Helmintos Parasitos de Vertebrados e o de Helmintos Parasitos de Peixe dão continuidade à Escola Helmintológica do IOC com vocação e especialização na taxionomia e sistemática de helmintos. O terceiro, Laboratório de Esquistossomose Experimental, tem como linha de pesquisa básica o estudo de antígenos protetores. As diferenças vocacionais entre os três laboratórios, que contam com mais de 10 pesquisadores do quadro permanente e visitantes e cerca de 10 alunos de mestrado e doutorado, dão ao Departamento um caráter multidisciplinar, harmonioso e extremamente produtivo. A Coleção Helmintológica, uma das maiores em todo o mundo, contém cerca de 33 mil fichas, com amostras de preparações definitivas e em líquidos conservadores. Através dela, o Departamento mantém intercâmbio com diversas instituições nacionais e internacionais.
Entre as principais linhas de pesquisa do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados destacam-se a correlação entre as helmintíases evidenciadas em vertebrados, com ênfase sobre os aspectos relacionados a zoonoses e reservatórios de helmintos potencialmente patogênicos: parâmetros biológicos, morfológicos, taxionômicos, sistemáticos e ecológicos; interação hospedeiro/parasito/meio ambiente. Esses projetos são conduzidos cada vez mais com a ajuda de métodos modernos como microscopia eletrônica de varredura e biologia molecular.
O Laboratório de Helmintos Parasitos de Peixes se dedica aos estudos morfológicos, ultra-estruturais e de taxionomia de helmintos que parasitam peixes de interesse econômico do litoral do Rio de Janeiro, de reservatórios de Usinas Hidrelétricas e de açudes. Desde a transferência do Instituto Nacional de Endemias Rurais (Ineru) para o campus de Manguinhos em 1975, o Laboratório de Esquistossomose Experimental desenvolve pesquisas experimentais e de campo sobre a esquistossomose mansônica focalizando o imunodiagnóstico e a vacinação. Após várias conquistas científicas, os pesquisadores do Laboratório focalizam, atualmente, seus estudos no desenvolvimento de vacinas contra a esquistossomose e a fasciolose - helmintos de grande importância na medicina humana e veterinária respectivamente, a partir do antígeno Sm 14. LABORATÓRIOS DESTE DEPARTAMENTO : ESQUISTOSSOMOSE
EXPERIMENTAL Chefe do Departamento: Delir Gomes Email: dcgomes@ioc.fiocruz.br Tel: 0(xx)21 260-4866 Fax: 0(xx)21 260-4866 |
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