Tecnologia de ponta como citoquímica e imunocotoquímica são atividades do DBUC

O Departamento de Ultra-Estrutura e Biologia Celular (DUBC) foi criado em 1977, através de cooperação técnico-científica com o governo alemão, que equipou totalmente o então Centro de Microscopia Eletrônica do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), num investimento da ordem de 630 mil dólares. Suas primeiras linhas de investigação enfocavam a ultra-estrutura de Trypanosoma cruzi e outros protozoários.

Em 1985, o Centro se tornou Departamento, assumindo seu papel principal como produtor de conhecimento nessa área, e associando sistematicamente a prestação de serviços de análise de amostras em microscopia eletrônica à formação de recursos humanos para esse trabalho. Todos os 14 pesquisadores do quadro fixo do DUBC são doutores. Dez linhas de investigação regulares e independentes são executadas por cerca de 60 pessoas, entre servidores estáveis ou temporários e estudantes dos seus três laboratórios.

Corte congelado de coração de camundongo experimentalmente infectado com T. cruzi onde se vê em azul os núcleos das células hospedeiras e em verde a presença do parasita

A produtividade científica do DUBC, entre 1980 a 1999, contabiliza mais de 200 artigos publicados e 50 projetos aprovados, com uma produção regular de mais de 10 artigos por ano. Mestres e doutores formados no Departamento já foram recrutados por concurso para várias universidades federais e centros de pesquisa.

Os equipamentos do DUBC constituem hoje um patrimônio de mais de 2,5 milhões de dólares, operam na fronteira tecnológica de sua área, e têm funcionamento multi-usuário (são usados também por cientistas de outros laboratórios do IOC e de outras instituições científicas no Rio de Janeiro e de outros estados) . São eles: Dois microscópios eletrônicos de transmissão (Zeiss EM10C e analítico Zeiss CEM902 e equipamentos acessórios), um microscópio eletrônico de varredura (Zeiss DSM 940 com metalizador e sistemas especiais de desidratação), dois microscópios ópticos (Zeiss: AXIOPLAN/ campo claro, fluorescência, contrastes de fase e interferencial, e AXIOVERT/invertido, com sistema completo de video-microscopia e processamento de imagem), e um citômetro de fluxo Becton Dickinson FACScalibur para 4 cores.

Microscopia eletrônica de varredura da interação do T. cruzi com células musculares cardíacas. Participação de elementos do citoesqueleto da célula cardíaca durante a invasão do parasita. Aumento de 1600x

Atualmente, o Departamento conta com três laboratórios credenciados, que funcionam de modo independente porém intimamente integrados: Ultra-Estrutura Celular (LUC), Biologia Celular (LBC) e Biologia Celular de Microorganismos (LBCM). Suas linhas de pesquisa tratam de aspectos da biologia da interação parasita-hospedeiro em doenças tropicais como doença de Chagas, leishmaniose, toxoplasmose e malária; de estudos de quimio e imunoterapias para a doença de Chagas; de aspectos da biologia celular de tripanosomatídeos, fungos e bactérias, especialmente bactérias envolvidas em biocorrosão; e da criação de produtos e metodologias para educação e divulgação em biologia celular e parasitária.

O DUBC é um departamento onde o binômio pesquisa/ensino se desenvolve em sua plenitude, com ampla participação na orientação de mestres e doutores e na oferta de disciplinas para o ensino no IOC, além dos cursos de especialização técnica em Microscopia Eletrônica e em Cultura de Células, e da atividade em cursos de pós-graduação "lato sensu". Por meio destes cursos e de estágios regularmente oferecidos, o DUBC oferece treinamento em tecnologias específicas de sua área de atuação.

LABORATÓRIOS DESTE DEPARTAMENTO :