O controle biológico da lagarta-do-cartucho Cientistas
buscam o controle biológico de pragas para o combate da lagarta-do-cartucho,
uma das mais destrutivas das lavouras de milho e arroz. Coordenados pelo
engenheiro agrônomo Ivan Cruz, pesquisadores da Embrapa Milho e
Sorgo buscaram os inimigos naturais da S. frugiperda (nome científico
da lagarta-do-cartucho) e encontraram a Trichogramma, uma vespa minúscula,
conhecida como "vespinha", que é parasita do ovo da lagarta.
"Criamos também um predador de ovos e lagartas da praga, a
"tesourinha", que atua nas outras fases da vida da lagarta",
afirma Cruz.
Com apoio
da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig),
os pesquisadores iniciaram o projeto em 1994, buscando os inimigos naturais
da lagarta-do cartucho, cujo primeiro surto de que se tem notícia,
aconteceu em 1899 nos Estados Unidos. No Brasil, a primeira ocorrência
deu-se em 1964. A vespinha, como vem sendo chamada de forma mais simples,
é um parasita e, portanto, depende do hospedeiro para sobreviver.
Para isso, coloca os seus ovos nos da lagarta.
As vespas, por sua
vez, depositam seus ovos dentro dos ovos das traças-de-farinhas,
e em poucas horas suas larvas nascem e comem os futuros filhotes das traças.
Esse momento é identificado pelos pesquisadores porque imediatamente
após, os ovos das traças que eram de cor clara assumem uma
coloração escura, o que significa que o parasitismo foi
realizado com sucesso. As vespinhas são
enviadas pelos pesquisadores da Embrapa aos agricultores na fase imatura,
isto é, ainda dentro dos ovos da traças-de-farinhas, podendo
assim, serem transportadas com maior facilidade. As vespas demoram em
média dez dias para sair do ovo. Assim, o agricultor pode levar
as cartelas aos locais da lavoura algumas horas antes da eclosão
dos ovos, tomando o cuidado de recortar a cartela e colocar nos cartuchos
da plantas.
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