Pesquisadores do IOC aprovam propostas no programa Primeiros Projetos da Faperj

O edital Primeiros Projetos, da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), aprovou 211 das 372 propostas apresentadas. Seis dos oito projetos aprovados na Fiocruz são de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz. Dois deles foram contratados no último concurso público realizado pela Fiocruz e tomaram posse no início de novembro. O programa contempla novos talentos da ciência nacional como forma de renovar a competência científica no Estado do Rio de Janeiro.

Flavio Alves Lara, aprovado no último concurso público da Fiocruz como assistente de pesquisa para o Laboratório de Biologia Molecular Aplicada em Micobactérias do IOC, obteve financiamento para o projeto Produção de Mycobacterium leprae e estudo de sua interação com feixes nervosos humanos reconstituídos In vitro. Já Juliana de Meis, recentemente aprovada em concurso público para o Laboratório de Pesquisa sobre o Timo do Instituto, obteve financiamento para o projeto Migração e morte de linfócitos T em órgãos linfóides de animais infectados pelo Trypanosoma cruzi, que conta com a colaboração de pesquisadores da Fiocruz e do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). ”Os resultados obtidos no decorrer do projeto  originarão publicações científicas relevantes e a orientação de alunos de iniciação científica e de mestrado”, a pesquisadora afirma.

Também foram aprovados os projetos Ação de Leptina na Formação de Corpúsculos Lipídicos em Leucócitos: Biogênese e Composição Lipídica e Protéica, de Clarissa Menezes Maya Monteiro, recém-aprovada em concurso para trabalhar com farmacologia celular no IOC; Metabolismo de Prolina e Arginina em Trypanosoma cruzi e sua Relação com o Transportador de Arginina TcCAT1.1: busca de Novos Alvos para Quimioterapia da Doença de Chagas, de Cristina Henriques, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, atualmente auxiliando a diretoria na estruturação da Coordenação de Plataformas Tecnológicas; e Estudo da Comunicação por Junções Comunicantes do Tipo GAP no Timo: Caracterização Molecular e Funcional, de Oscar Kenji Nihei, também recém-concursado para o Laboratório de Comunicação Celular do Instituto.

Ampliação do Departamento de Micologia

O projeto Ampliação da Estrutura de Pesquisa do Departamento de Micologia do Instituto Oswaldo Cruz para Estudo da Virulência de Fungos Emergentes, submetido por Cintia de Moraes Borba e aprovado no edital, tem como projeto piloto o estudo Potencial patogênico de diferentes isolados de Paecilomyces lilacinus. O objetivo é ampliar a estrutura de pesquisa para o estudo da virulência de fungos emergentes estudando o potencial patogênico de diferentes isolados de Paecilomyces lilacinus em camundongos imunocompetentes e deprimidos infectados experimentalmente.

“P. lilacinus é considerado um importante patógeno oportunista humano, emergente, afetando crianças e adultos imunocompetentes e imunocomprometidos e em muitos casos com reincidência da infecção”, Cintia descreve. Através de um modelo murino de infecção experimental com camundongos imunocompetentes e imunodeprimidos, a pesquisadora explica, este projeto visa à ampliação dos conhecimentos sobre o fungo P. lilacinus, a fim de possibilitar avanços na prevenção, diagnóstico e tratamento de micoses causadas pelo fungo. “O projeto reforça as colaborações internas no Instituto. O grupo de pesquisa do Departamento de Micologia estuda diferentes aspectos da patogenicidade dos fungos Sporothrix schenckii e Paracoccidioides brasiliensis e a aprovação do projeto abre perspectiva para o estudo, em colaboração com a pesquisadora Fátima Conceição Silva, do Departamento de Imunologia, de fungos considerados emergentes, incluindo não somente o estudo da patogenicidade dos mesmos, mas a resposta imunológica do hospedeiro frente ao agente infectante", finaliza.

Gustavo Barreto e Renata Fontoura