Publicação do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz - Ano XII - n0 42- 09/11/2006

 

Comissão do IOC apresenta experiências em gestão ambiental em congresso

As experiências de gestão ambiental do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) foram apresentadas no último dia 10 (sexta-feira), durante o 2º Congresso Acadêmico sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizado no Instituto de Geociências da Universidade Federal Fluminense (UFF), que tem como tema Gestão de Recursos Naturais para um Desenvolvimento Sustentável . A iniciativa foi dos pesquisadores da Comissão Interna de Gestão Ambiental do IOC, que buscam aliar ecoeficiência com pesquisa e desenvolvimento.

O artigo A Ecoeficiência em um Instituto de Pesquisa Biomédica , que foi apresentado pela integrante da Comissão de Gestão Ambiental Letícia Deloque, aborda a metodologia, as oportunidades e dificuldades percebidas nos primeiros passos da implantação da gestão ambiental no IOC. “Além da sensibilização dos funcionários do IOC por meio da adoção de um programa de reuso e reciclagem de papel, estamos implantando o gerenciamento correto dos produtos químicos utilizados pelos 69 laboratórios do Instituto, até mesmo como uma forma de reduzir custos”, Letícia destaca. “Como uma instituição pública, não estamos preocupados apenas com o lucro que esse gerenciamento pode gerar. A pesquisa e o desenvolvimento de metodologias mais limpas também é o foco do nosso trabalho”. Um dos conceitos centrais da atuação da comissão é a idéia de Ecoeficiência – ou seja: adotar ações para a redução de desperdícios e a correta utilização dos insumos e materiais, sem custos adicionais para o ambiente e para a própria organização.

O gerenciamento dos produtos químicos foi o tema do trabalho Análise de risco químico em laboratórios de pesquisa , também apresentado no Congresso. Alexandre Pereira de Souza, técnico que coordena a gestão de resíduos químicos na Comissão de Gestão Ambiental do IOC, é um dos autores do trabalho, juntamente com Martha Barata , Ana Luzia Lauria-Filgueiras e Letícia Deloque, todos da Comissão de Gestão Ambiental do IOC.

“Fizemos um levantamento de todas as substâncias que cada um dos 69 laboratórios utiliza e, a partir disso, uma separação de acordo com cada grupo químico aos quais esses reagentes pertencem”, Alexandre explicou. “Estamos procurando facilitar o processo, de forma que cada grupo químico corresponda a uma cor. Preto para ácido, prata para base, verde para orgânicos e assim por diante”, resumiu.

Ao receber os produtos no laboratório, os pesquisadores colocarão etiquetas em cada reagente sinalizando esses grupos. “Isso deve ajudar no armazenamento e na organização dos laboratórios, de modo a evitar reações químicas indesejadas. O descarte e o estoque poderão ser feitos de modo que não ocorram ações incompatíveis”, destacou.

Para isso, a Comissão Interna de Gestão Ambiental iniciou uma comunicação direta com os laboratórios, por meio de correio eletrônico, e estabeleceu fichas pré-formatadas de preenchimento. Ações como a compra de bombonas (recipientes) e o descarte de mais produtos por meio da neutralização – e não mais por meio de incineração, que prejudica o meio ambiente e é mais cara – serão racionalizadas. “Os participantes deste congresso poderão conhecer os métodos mais didáticos do descarte, utilizando as cores, que tornará desnecessário para o pesquisador conhecer em detalhes as classes químicas dos reagentes”, Alexandre concluiu.

Informações adicionais sobre o 2º Congresso Acadêmico sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento em http://www.ebape.fgv.br/radma/htm/cadma2006.htm

 


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