Curso de biossegurança em laboratórios de pesquisa Biomédica do IOC inaugura segunda edição

O primeiro dos seis módulos do II Curso de Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa Biomédica do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) foi iniciado nesta segunda-feira, dia 12. O treinamento, oferecido pela Comissão Interna de Biossegurança (CIBio/IOC), reúne cerca de 100 participantes, entre chefes de laboratórios, pesquisadores, técnicos e estudantes, até amanhã, dia 16. Temas como conduta laboratorial, bioética, percepção de risco, legislação e notificação de acidentes estão sendo abordados pelo grupo de instrutores composto por profissionais do IOC e de outras unidades da Fiocruz, como a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e a Diretoria de Recursos Humanos (DIREH).

Gutemberg Brito
A segunda edição do curso reuniu cem participantes entre chefes de laboratório, tecnologistas e técnicos do IOC

O número de participantes aumentou cerca de 40% em relação à primeira edição, realizada em 2006, e voltada para os interlocutores de biossegurança. A procura foi grande: todas as vagas foram preenchidas no primeiro dia de inscrições. “O assunto biossegurança passou a estar presente em nosso cotidiano e não há como fugir dele. Para garantir a qualidade da pesquisa, é necessário que os técnicos e tecnologistas trabalhem de acordo com as normas de biossegurança. Por isso, esta iniciativa da CIBio/IOC é importante e oportuna”, afirma Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo, que participa pela primeira vez do treinamento.

Gutemberg Brito
Distribuído como bibliografia de apoio, o livro Na Bancada explora a vida e o trabalho em um laboratório

A experiência também é nova para o pesquisador Arlindo Serpa, do Laboratório de Referência Nacional em Simulídeos e Oncocercose. “No decorrer do curso enxergamos aspectos importantes das práticas em laboratório que não recebem a devida atenção no nosso dia-a-dia. Além disso, passamos a ser interlocutores, disseminando este conhecimento”, Arlindo ressalta. Para reforçar o aprendizado, todos os participantes receberam o livro Na Bancada, escrito pela pesquisadora americana Khaty Barker, que serve como bibliografia de apoio, já que explora assuntos relacionados à vida e ao trabalho dentro de um laboratório.

O risco físico, químico e biológico, a gestão da qualidade em laboratórios clínicos e de pesquisa e a experimentação animal serão abordados nos próximos módulos, que acontecem entre os meses de maio e novembro deste ano.

Renata Fontoura