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Fiocruz Pra Você: diversão e conhecimento unidos pela ciência
Através de jogos e brincadeiras, crianças e adultos aprendem sobre saúde e ciências
No último sábado, 16 de junho, o Dia Nacional de Vacinação contra a Poliomielite trouxe cerca de 21 mil pessoas ao Fiocruz Pra Você. Desde 1994 o evento promove, além da imunização de milhares de crianças, a divulgação da ciência. Apostando na interação entre informação e entretenimento, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) contou com a participação de 130 voluntários, que em 17 atividades mostraram ao público como a ciência pode ser divertida.
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Exclesa de Lourdes e o neto Demétrio Augusto, de 5 anos, conhecem a leishmaniose e seus vetores. "Nunca tinha ouvido falar nessa doença, agora sei como me prevenir", conta Lourdes (esq). À direita, o menino é apresentado ao Megalobulinos, espécie nativa de caramujo.
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As atividades do IOC receberam crianças interessadas em aprender, descobrindo como essa tarefa pode tornar-se mais fácil por meio de jogos e brincadeiras. Caroline, de 10 anos, e Aline, de 9, visitaram diversos estandes. “Eu vi os bichos que vivem na água, o pessoal da Aids e os mosquitos, com asinhas pequenas”, Caroline conta. Aline é enfática: “Gostei de três coisas: as moscas diferentes, as abelhinhas pequenas e o barbeiro aberto”. Caroline e Aline, acompanhadas da mãe Eliane, resumem: “Tudo aqui é muito interessante!”
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As irmãs Caroline e Aline conheceram os diferentes sons que os mosquitos emitem durante a cópula
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Camila e Taísa, de 6 e 7 anos, entusiasmaram-se com as atividades e suas explicações. ”Eu vi um bichinho e a moça me ensinou que ele pica e pode causar a doença de Chagas”, explica Taísa, que desde os 3 anos visita anualmente o Fiocruz Pra Você, incentivada pela mãe. Renan, que passeou por todos os estandes do IOC, sintetiza o espírito do evento: “Hoje eu conheci o caramujo brasileiro, que tem borda vermelha, e o africano, que não tem borda e pode transmitir doenças. Botei uma luva e pude pegar neles com as minhas próprias mãos! Assim é muito mais fácil aprender!”, comemora.
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Renan, de 11 anos, aprendeu a diferença entre espécies de caramujos nativos e africanos |
Na varanda do Castelo Mourisco, a exposição da Coleção Entomológica colocou à disposição do público o acervo de insetos que representa um verdadeiro cardápio da biodiversidade brasileira. O futuro biólogo André Carlos, de 7 anos, comparou as peças à sua coleção de cartas ilustradas. “Eu já conhecia a maioria desses insetos, mas alguns deles eu só tinha visto nas cartas que coleciono ou em desenhos animados, como o bicho-pau. Uma das minhas cartas tem essa libélula, só que com a cauda bem maior”, compara, referindo-se ao longo abdômen do animal. Além de impressionar visitantes e voluntários do evento com os conhecimentos sobre insetos, André Carlos deu aos coleguinhas uma verdadeira aula de prevenção à dengue a partir dos conhecimentos adquiridos na atividade do IOC sobre a doença.
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Na Coleção Entomológica, André Carlos, de 7 anos, reconheceu os insetos que coleciona em cartas de papel |
O estande Ciência viva das águas, resultado da parceria entre o Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do IOC e o projeto Agente das Águas, que monitora a qualidade da água de rios, lagos e cachoeiras e está presente na Bacia do Rio Paraná 3, em convênio com a Itaipu Binacional, e no município Engenheiro Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro, apresentou aos visitantes insetos aquáticos utilizados como bioindicadores da qualidade da água. Além de observar através de lupas insetos vivos e mortos, fixados em álcool a 70%, as crianças puderam aplicar os conhecimentos adquiridos por meio de desenhos e quebra-cabeças. “A visitação foi intensa, principalmente das crianças. As pessoas perguntavam e participavam das atividades propostas. Acho que foi uma boa socialização do conhecimento e das pesquisas que ocorrem no IOC. As pessoas tiveram uma boa visão sobre o que ocorre aqui”, comenta Luciana Leda, coordenadora do projeto Agente das Águas no município de Engenheiro Paulo de Frontin e voluntária do Fiocruz Pra Você.
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No stand Ciência viva das águas, Max Brandão, de 9 anos, observa organismos sensíveis que funcionam como bioindicadores da qualidade da água |
Uma iniciativa diferente teve espaço nesta edição do Fiocruz Pra Você: 24 estudantes do Ensino Médio estiveram presentes como voluntários da Sala de Jogos do IOC. Alunos das biólogas Roberta Viola e Ana Paula Barros, que cursam especialização no programa de pós-graduação em Ensino e Biociências e Saúde do IOC, os estudantes aplicaram com os visitantes jogos de promoção da saúde confeccionados por eles mesmos em sala de aula. As atividades incluíam temas como higiene e estrutura de DNA.
Para Arthur Souza da Costa, do Colégio Presidente Washginton Luis, em Saquarema (RJ), a experiência superou as expectativas. “Gostei muito de participar do Fiocruz Pra Você. Além de aplicar nossas atividades, tive a oportunidade de conhecer o Castelo Mourisco e o Museu da Vida”. Gustavo Ferreira, de 17 anos, aluno do Centro Educacional Santa Mônica, em Santa Cruz, ressaltou a empolgação da turma: “Todos estávamos muito animados para atuar como voluntários no Fiocruz Pra Você, que é um evento muito produtivo. Tivemos a oportunidade de propagar informações que aprendemos em sala de aula e, de quebra, aprender coisas novas”, disse.
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Alunos do ensino médio participaram como voluntários na sala de jogos do IOC |
Difícil dizer quem estava mais empolgado: os estudantes, que puderam observar a aplicação prática dos jogos que desenvolveram, ou os visitantes do estande. “Aprendi que é muito importante estar sempre limpinha”, disse Rafaela, de 9 anos, demonstrando os novos conhecimentos adquiridos nas atividades orientadas pelos estudantes. Sua mãe, a dona de casa Marlene Jorge de Lima, traz pelo menos seis crianças para visitar os estandes do IOC no Fiocruz Pra Você, todo ano. “Hoje já conheci um pouco sobre o mosquito da dengue e também sobre o ritmo do corpo. Eu aprendo junto com as crianças”, resumiu.
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Bel Levy, Gustavo BArreto e Renata Fontoura
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