Publicação do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz - Ano XIII - n0 35 - 29/11/2007

 

Presidente anuncia plano de investimento em ciência e tecnologia até 2010

O presidente Lula anuncia no último dia 20 de novembro investimentos de R$ 41 bilhões, até 2010, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a área de ciência e tecnologia. A intenção é dar ênfase em áreas prioritárias, como biocombustíveis, defesa nacional, remédios e pesquisa nuclear.

A intenção do governo é fazer com que os gastos do país com pesquisa subam de 1,02% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,5%, em 2010. Em paralelo, o governo deve ampliar em 68% o número de bolsas de mestrado e doutorado no Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), subindo a oferta de 95 mil para 160 mil bolsas, até 2010.

A ênfase do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional (2007-2010) está em melhorar programas que já existem. É o caso da subvenção econômica a empresas que investem em inovação. Outra medida que será intensificada é a utilização do chamado poder de compra do governo, isto é, a aquisição de bens e serviços de empresas que investiram em inovação.

Conforme anunciado no dia 23 de novembro, os 30 mil bolsistas da Capes terão reajuste de 20% no valor das bolsas, a partir de março de 2008. As bolsas de mestrado no país passam de R$ 940,00 para R$ 1.130,00, e as de doutorado, de R$ 1.394,00 para R$ 1.620,00. O reajuste vai representar um investimento de cerca de R$ 180 milhões a mais em 2008, somente no orçamento de bolsas da Capes. Com isto, a agência irá aplicar no próximo ano aproximadamente R$ 885 milhões no financiamento de bolsas no país e no exterior, bem como no custeio da pós-graduação.

A formação de mestres e doutores tem por objetivo suprir o déficit de engenheiros, químicos, físicos e biólogos no país. Em 2006, foram formados cerca de 10 mil doutores no Brasil. A meta é chegar a 16 mil em 2010. Ao estimular os empresários a investir no setor, o governo espera que o número de doutores contratados por empresas aumente dos atuais 26,3% para 33,5%.

 

 

 

 

 

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