Publicação do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz - Ano XIII - n0 26 - 30/08/2007

 

Por uma vida mais saudável
Na semana em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo, IOC lança campanha em parceria com o INCA

Para estimular uma vida mais saudável entre os profissionais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), a Comissão Interna de Gestão Ambiental (CIGAmb/IOC) lança a campanha IOC Sem Tabaco em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A campanha, que tem início na semana em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto), oferece acompanhamento médico especializado aos fumantes que estão decididos a largar o cigarro. As inscrições para participar já estão abertas: basta enviar uma email para a CIGAmb (ambiente@ioc.fiocruz.br).

Que o tabagismo é a maior causa de morte evitável, todo mundo sabe. Que no Brasil um terço da população adulta fuma (o impressionante número de 25 milhões de pessoas) também não é novidade. Informações sobre os riscos nocivos do tabaco temos de sobra –  difícil mesmo é conseguir parar. Para estimular aqueles que têm vontade de parar de fumar, mas falta um empurrãozinho, buscamos algumas histórias de sucesso dentro do IOC para servir como inspiração.

Gutemberg Brito
Campanha IOC sem tabaco
A campanha IOC sem tabaco estimula a vida mais saudável entre os profissionais do Instituto

Foram 30 anos fumando um maço de cigarros por dia. Depois destes mais de 200 mil cigarros, a pesquisadora Claude Pirmez decidiu parar de fumar. E conseguiu: já são cinco anos sem tabaco. “Ao final do tratamento para parar de fumar, pediram para que as pessoas do grupo escolhessem uma palavra que definisse a sensação de ter parado de fumar. Eu escolhi liberdade”, resume a vice-diretora de Desenvolvimento Institucional e Gestão do IOC.

Para o fotógrafo do IOC, Gutemberg Brito, o apoio dos filhos e dos colegas de trabalho foi decisivo para dar um ponto final aos 26 anos de vida com cigarro. “Antes de parar de vez, foram quatro tentativas e o máximo que fiquei sem cigarro foram alguns meses. Já estou há quase dois anos sem fumar e é importante para mim perceber que fui capaz de superar essa dificuldade”, diz, satisfeito. 

A melhora na qualidade de vida e a disposição para praticar exercícios físicos foram os maiores ganhos apontados pela tecnologista Luzia Caputo, do Laboratório de Patologia do IOC. Ela parou de fumar há 5 anos, depois de 22 como fumante. “Parar de fumar é como perder um ente querido. Você sente saudades, mas sabe que não pode mais ter a companhia do cigarro. Acho que a pessoa que quer parar tem que estar decida e não pode voltar atrás”, encoraja. 

Segundo Vera Colombo, da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA, um dos aspectos fundamentais para o sucesso da campanha é a postura conciliadora. “No Programa Nacional de Controle de Tabagismo, desenvolvemos um dinâmica de crenças que tem por objetivo uniformizar os conceitos relacionados ao fumo. O enfoque do trabalho é alinhado para o fumante como um doente crônico, buscando obter a compreensão e entendimento da doença tabagismo e não mais do estilo de vida de alguém”, ressalta.

“Já percebemos uma evolução no IOC e constatamos que as pessoas não fumam mais em salas fechadas. Porém, por se tratar de uma instituição de pesquisa biomédica, esta campanha é muito importante. Queremos melhorar a qualidade de vida de todos e para isso estamos oferecendo ao fumante a opção de parar. Uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde do Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nust/Fiocruz) e FioSaúde foi treinada pelo INCA e está pronta para atender quem deseja abandonar o cigarro”, afirma Ana Luzia Filgueiras, vice-coordenadora da CIGAmb/IOC. "Estamos confiantes na eficácia do programa", completa o médico luiLuiz Vianna, do FioSaúde.

Renata Fontoura

 

 

 

IOC - Ciência para a Saúde da População Brasileira