Por uma vida mais saudável
Na semana em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo, IOC lança campanha em parceria com o INCA
Para estimular uma vida mais saudável entre os profissionais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), a Comissão Interna de Gestão Ambiental (CIGAmb/IOC) lança a campanha IOC Sem Tabaco em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A campanha, que tem início na semana em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto), oferece acompanhamento médico especializado aos fumantes que estão decididos a largar o cigarro. As inscrições para participar já estão abertas: basta enviar uma email para a CIGAmb (ambiente@ioc.fiocruz.br).
Que o tabagismo é a maior causa de morte evitável, todo mundo sabe. Que no Brasil um terço da população adulta fuma (o impressionante número de 25 milhões de pessoas) também não é novidade. Informações sobre os riscos nocivos do tabaco temos de sobra – difícil mesmo é conseguir parar. Para estimular aqueles que têm vontade de parar de fumar, mas falta um empurrãozinho, buscamos algumas histórias de sucesso dentro do IOC para servir como inspiração.
Gutemberg Brito |
|
A campanha IOC sem tabaco estimula a vida mais saudável entre os profissionais do Instituto |
Foram 30 anos fumando um maço de cigarros por dia. Depois destes mais de 200 mil cigarros, a pesquisadora Claude Pirmez decidiu parar de fumar. E conseguiu: já são cinco anos sem tabaco. “Ao final do tratamento para parar de fumar, pediram para que as pessoas do grupo escolhessem uma palavra que definisse a sensação de ter parado de fumar. Eu escolhi liberdade”, resume a vice-diretora de Desenvolvimento Institucional e Gestão do IOC.
Para o fotógrafo do IOC, Gutemberg Brito, o apoio dos filhos e dos colegas de trabalho foi decisivo para dar um ponto final aos 26 anos de vida com cigarro. “Antes de parar de vez, foram quatro tentativas e o máximo que fiquei sem cigarro foram alguns meses. Já estou há quase dois anos sem fumar e é importante para mim perceber que fui capaz de superar essa dificuldade”, diz, satisfeito.
A melhora na qualidade de vida e a disposição para praticar exercícios físicos foram os maiores ganhos apontados pela tecnologista Luzia Caputo, do Laboratório de Patologia do IOC. Ela parou de fumar há 5 anos, depois de 22 como fumante. “Parar de fumar é como perder um ente querido. Você sente saudades, mas sabe que não pode mais ter a companhia do cigarro. Acho que a pessoa que quer parar tem que estar decida e não pode voltar atrás”, encoraja.
Segundo Vera Colombo, da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA, um dos aspectos fundamentais para o sucesso da campanha é a postura conciliadora. “No Programa Nacional de Controle de Tabagismo, desenvolvemos um dinâmica de crenças que tem por objetivo uniformizar os conceitos relacionados ao fumo. O enfoque do trabalho é alinhado para o fumante como um doente crônico, buscando obter a compreensão e entendimento da doença tabagismo e não mais do estilo de vida de alguém”, ressalta.
“Já percebemos uma evolução no IOC e constatamos que as pessoas não fumam mais em salas fechadas. Porém, por se tratar de uma instituição de pesquisa biomédica, esta campanha é muito importante. Queremos melhorar a qualidade de vida de todos e para isso estamos oferecendo ao fumante a opção de parar. Uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde do Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nust/Fiocruz) e FioSaúde foi treinada pelo INCA e está pronta para atender quem deseja abandonar o cigarro”, afirma Ana Luzia Filgueiras, vice-coordenadora da CIGAmb/IOC. "Estamos confiantes na eficácia do programa", completa o médico luiLuiz Vianna, do FioSaúde.
Renata Fontoura
|