Publicação do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz - Ano XIV - n0 08- 26/06/2007

 

Disponível nova edição das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz

Destaque desta edição da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, artigo publicado por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia descreve nova espécie de flebótomo, inseto vetor das leishmanioses. Os exemplares estudados foram coletados da caverna Refúgio do Maruaga, ao norte de Manaus, e cultivados em excremento de morcegos. Segundo o artigo, indivíduos adultos da nova espécie são morfologicamente semelhantes a espécies encontradas no Velho Mundo e compartilham características com o recém-descrito gênero neotropical Galati.

O vetor das leishmanioses é tema de outro trabalho, publicado pelo Centro Nacional de Diagnóstico e Investigação de Endemo-Epidemias da Argentina. Os pesquisadores investigaram como a urbanização e domesticação de flebótomos contribuem para o crescimento da leishmaniose cutânea no país. Armadilhas para insetos foram espalhadas em diferentes regiões da cidade de Oran, que registra maior prevalência para doença na Argentina. Foram capturados 7787 exemplares de flebótomos – 98.1% da espécie Lutzomyia neivai. Os resultados indicam que, apesar do crescimento de casos urbanos, o maior risco de contato entre vetores e seres humanos está em regiões peri-urbanas.

Artigo de revisão de pesquisadores dos laboratórios de Hantaviroses e Rickettsioses e de Doenças Parasitárias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e do Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz) reúne e avalia dados sobre soroepidemiologia e manifestações clínicas da bartonelose humana no Brasil. O trabalho atualiza informações sobre manifestações clínicas e estudos soroepidemiológicos relacionados às espécies B. bacilliformis, B. quintana, B. vinsonii berkhoffii, B. henselae, B. elizabethae, B. grahamii, B. washoensis, B. koehlerae, B. rocha-limaea e B. tamiae.

A atividade antimicrobiana do óleo de copaíba também integra a edição. Pesquisadores das universidades estaduais de Londrina e de Maringá e das universidades federais do Amazonas e do Rio de Janeiro avaliaram o desempenho de óleos extraídos de diferentes espécies da árvore contra diversas bactérias. Em geral, as substâncias não apresentaram efeitos sobre bactérias gram-negativas e efeito moderado sobre bactérias gram-positivas.

A íntegra da edição de maio da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz está disponível online. (http://memorias.ioc.fiocruz.br/103(3).htm)

 

 

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