1ª Reunião de Interlocutores de Biossegurança apresenta resultados e discute prioridades do IOC

Novo curso, novos equipamentos e projetos para 2008 são apresentados pela CIBio

A 1ª Reunião de Interlocutores de Biossegurança do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), realizada dia 19 de maio, reuniu 44 participantes, entre pesquisadores, representantes de laboratórios e profissionais responsáveis pela segurança das atividades de pesquisa para debater temas como a criação de um plano de contingenciamento para os prédios do Instituto, o programa de capacitação em biossegurança, o balanço das aquisições já realizadas e das necessidades de novas compras para o restante do ano de 2008 e para 2009.

Entre as decisões tomadas na reunião, destaca-se a necessidade de avaliação de riscos inerentes às atividades laboratoriais e a definição de condutas a serem adotadas em caso de acidentes, como a contaminação por amostra infectada ou o derramamento de produto químico altamente tóxico. O objetivo do Plano de Contigenciamento, que será desenvolvido pela Comissão Interna de Biossegurança do IOC (CIBio/IOC) em parceria com a Direção de Administração do Campus (Dirac), é avaliar a situação de todos os prédios do Instituto, a começar pelo Pavilhão Helio e Peggy Pereira. Foram debatidas as dificuldades para realização do curso Transporte de Material Biológico, que exige alto investimento, apresentada a ementa do curso Mapa de Risco e os resultados do curso Biossegurança em Laboratório de Pesquisa Biomédica, que em 2008 concluiu dois módulos.

A CIBio/IOC anunciou a compra de diversos equipamentos de biossegurança, incluindo os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como luvas para autoclave, luvas nítricas descartáveis e protetores faciais com visor de policarbonato incolor e a aprovação, pela diretoria do IOC, da troca dos filtros de todas as cabines de segurança biológica da marca Veco, em uma iniciativa que conta com a colaboração da Departamento de Manutenção de Equipamentos da Dirac.

Foi informado que a Comissão Interna de Gestão Ambiental do IOC (CIGAmb/IOC) assumiu as atividades relativas ao risco químico, incluindo o manuseio, o armazenamento e a organização do descarte dessas substâncias. Neste sentido, foi submetido à Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), um projeto que solicita a aquisição de capelas de exaustão química, armários de inflamáveis, chuveiros e lava-olhos.

Foi apresentada também iniciativa da CIBio/IOC que subsidiará o Grupo de Trabalho (GT) de Radioisótopos, vinculado à diretoria do IOC, a partir do levantamento das necessidades dos laboratórios do Instituto para o uso de produtos radioativos. O GT de Radioisótopos será responsável por compilar as normativas da Comissão Nacional de Energia Nuclear; definir os procedimentos necessários, orientando a compra, o manuseio e o descarte desses materiais; e pela aquisição dos equipamentos de proteção individuais e coletivos, além da capacitação de recursos humanos na área.

A CIBio/IOC requisitou aos pesquisadores o levantamento de dados, ainda para 2008, que viabilizem a compra de outros materiais, como novos jalecos e coletores de resíduos autoclaváveis. Ficou estabelecido que, para 2009, os interlocutores deverão fornecer listas com as prioridades de compra de seus laboratórios.