Ampliando a diretoria

O IOC tem uma maravilhosa tradição de trabalhar em sistemas colegiados de pares e de aprofundar seus temas de debate antes de tomar decisões. As Câmaras Técnicas (CTs) do Instituto existem há décadas e serviram de exemplo para a composição de estruturas similares na presidência da Fiocruz.

A missão de uma diretoria, para coordenar um instituto tão grande e diverso como o nosso, precisa de suporte técnico e científico. O papel das Câmaras Técnicas emerge então como o de grupos de consultores, que garantem ao IOC uma assessoria de qualidade, que pensa estrategicamente os problemas do Instituto e as propostas e políticas para sua solução de modo sustentável.

Tradicionalmente tínhamos duas Câmaras Técnicas: uma de Pesquisa e outra de Ensino. Aos poucos, fomos construindo outras - a CT de Serviços de Referência, a CT de Coleções, e depois a CT de Informação e Comunicação. Vamos agora estruturar mais uma, a CT de Ambiente e Saúde. Serão, portanto, seis CTs que, junto com nossas outras cinco Comissões Internas e com nossa Diretoria Executiva (porém sobre essas cabe outro editorial), compõem as estruturas de ampliação dos olhos, braços, pernas, cérebros e corações dos diretores.

A novidade iniciada em nossa primeira gestão foi o convite para que outros colegas não pertencentes à diretoria coordenassem as CTs, passando a diretora ou os vice-diretores a atuarem como membros participantes, de modo a ampliar o olhar externo sobre o Instituto, um olhar para a direção e não da direção. Também introduzimos em cada CT um estudante, que agrega seu olhar jovem e também aprende a construir as políticas institucionais. Em algumas, introduzimos membros de outras unidades da Fiocruz, com quem privilegiamos interagir em determinado tema ou contexto.

As CTs reúnem pesquisadores, tecnologistas, analistas e estudantes que se concentram em debater temas de interesse para todo o IOC e construir propostas de políticas institucionais. Com as propostas pré-discutidas, a diretoria pauta o Conselho Deliberativo para uma decisão já mais embasada. E assim vamos caminhando, identificando desafios, resolvendo questões, inventando soluções, inovando em gestão participativa. A dedicação dos colegas ao trabalho nas CTs, no mínimo uma vez por mês, mas sempre agregado de leituras e outros estudos, é impagável. Se tentássemos parametrizar essa colaboração de valor intangível, não saberíamos fazê-lo e nem teríamos recursos para pagá-la.

Estamos em processo de recomposição das CTs. Muitos já trabalham conosco há quatro, seis ou até oito anos, e merecidamente pleiteam substituição, após intensa dedicação. Outros serão chamados para renovações ou novas participações. É muito raro que a um convite da diretoria recebamos resposta negativa. Só podemos agradecer a todos os que já vêm participando conosco desse trabalho e aos demais que estão se dispondo a continuar ou a iniciar essa colaboração tão fundamental para o IOC. Nosso muito obrigado.

Tania, Mariza, Christian, Helene e Elizabeth