Publicação do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz - Ano XII - n0 32 - 31/08/2006


Imaginação e criatividade despertam interesse pelo conhecimento científico

A divulgação e a popularização da ciência, objetivos constantes do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), aterrissaram na Sala de Jogos, onde os voluntários fizeram a festa da criançada durante o Fiocruz Pra Você. Ao longo do dia, os pequenos visitantes participaram de jogos de tabuleiro em tamanho real, disputaram dinâmicas de perguntas e respostas, testaram a memória em jogos de cartas, brincaram com cruzadinhas, palavras-cruzadas, labirinto e quebra-cabeças gigantes, aprenderam a reciclar em uma oficina de sucata e, é claro, pintaram o sete com muita bagunça, tinta e lápis de cor.

Gutemberg Brito
Atividades lúdicas mostraram aos
vistantes como a ciência pode ser divertida

Para alertar as crianças sobre a epidemia da Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, jogos como Zig Zaids e Jogo da Onda esclareceram dúvidas epidemiológicas e tabus sociais para difundir conhecimentos sobre prevenção e combate ao preconceito. Para motivar o interesse sobre parasitoses, jogos de tabuleiro gigantes, onde a meninada fez as vezes de peças e peões, animaram dinâmicas de perguntas e respostas sobre infestação por piolho e sarna. Seguindo a mesma lógica, através de uma corrida de amarelinhas em que o jogador avança uma casa a cada resposta correta, o jogo Tic tac do corpo ensinou o que é ritmo biológico às crianças, que se descobriram matutinas, vespertinas, noturnas ou indiferentes.

Gutemberg Brito
Sérgio Marinho participou do jogo Tic tac do corpo e aprovou o resultado do teste sobre ritmo biológico: "É verdade, gosto mais da noite", confirma.

Outra atividade que surpreendeu os visitantes da Sala de Jogos foi a brincadeira DNA na Cozinha. Com morangos, água com açúcar, sal, detergente e álcool como ingredientes, as crianças aprenderam o que é DNA e a extraí-lo de morangos. “A brincadeira foi um sucesso e alguns participantes pediram para levar o DNA do morango para mostrar em casa e na escola”, comenta Viviane Maniero, coordenadora no evento da atividade elaborada pelo pesquisador Milton Ozório Moraes, do Laboratório de Hanseníase do IOC. “Trabalhar o conhecimento científico de forma lúdica é muito importante para torná-lo acessível à população e esse é o objetivo de nosso trabalho”, conclui.

Gutemberg Brito
Atentas, crianças observam extração de DNA do morango

A opinião é compartilhada pelo pesquisador Arlindo Serpa, que coordenou as atividades do Laboratório de Simulídeos e Oncocercose do IOC. “Destacar um espaço exclusivo para jogos e brincadeiras é fundamental para o sucesso de uma feira de ciências que recebe público infantil, pois a imaginação da criançada vai longe e esse ambiente dá a elas a oportunidade de aplicar com diversão o conhecimento adquirido”, Serpa considera. “Para nós também foi bastante interessante, pois pudemos avaliar as dinâmicas realizadas: a pintura de borrachudos e o quebra-cabeça gigante foram as grandes sensações”, avalia .

Gutemberg Brito

Borrachudo gigante toma forma no quebra-cabeças montado em conjunto na Sala de Jogos

“A grande novidade foi o aspecto de pesquisa acadêmica presente na maioria das atividades. Muitas das estratégias educativas aplicadas na Sala de Jogos são trabalhos de mestrado ou doutorado em desenvolvimento no IOC, em especial no Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde, que viveu no Fiocruz Pra Você um momento de ensino em ambiente absolutamente 'não formal', uma das áreas de concentração do Programa”, avalia a diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge.

Além das brincadeiras sobre a saúde humana, os visitantes-mirins tomaram conhecimento da importância de valorizar a saúde do meio ambiente. Na oficina de reciclagem, realizada à convite da Comissão Interna de Gestão Ambiental do IOC pelo projeto Reutilizarte, as crianças receberam dicas de como reaproveitar embalagens e produtos que seriam descartados no lixo para a confecção de brinquedos e jogos educativos.

Por Bel Levy e Renata Fontoura

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