Publicação do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz - Ano XIII - n0 8 - 24/04/2007

 

Hélio e Peggy Pereira (1921-1987)
Helio e Peggy

Helio e Marguerite (Peggy) Pereira tiveram importante papel no estudo da virologia no Instituto Oswaldo Cruz. Como virologista, Marguerite (Peggy) Pereira teve sua carreira sempre voltada para os problemas de saúde pública. Como pessoa era suave, generosa, singela e muito amiga. Inglesa, atuou em seu país de origem como diretora do de Referência em Saúde Pública em Colindale, Londres, onde foi responsável pela sessão referente ao vírus Influenza, vinculada à Organização Mundial de Saúde. Costumava passar as férias no Brasil, terra natal de seu marido e filhos, e contribuiu ativamente paras as pesquisas de viroses respiratórias do Departamento de Virologia do IOC.

Entre as suas principais contribuições para o avanço da virologia está o significante sucesso para controle da epidemia da AIDS disseminada pelas transfusões de sangue no Brasil. Os primeiros casos de AIDS no Brasil foram relatados em 1982, em São Paulo e no Rio de Janeiro, e até aquele momento não havia nenhum programa oficial para o controle desta emergente epidemia. Em 1985 alguns pesquisadores brasileiros começaram a desenvolver atividades clínicas, imunológicas e epidemiológicas sobre a AIDS e estudos virológicos foram iniciados logo depois que Peggy e Hélio Pereira trouxeram amostras de cultura de células infectadas pelo HIV cedidas pelo virologista Robert Gallo a eles para que iniciassem a pesquisa em AIDS no Brasil. Foi a partir daí que se estabeleceu o primeiro teste de triagem para uso rotineiro em banco de sangue pela técnica de imunofluorescência. 

Após a sua aposentadoria na Inglaterra, a Dra. Peggy permaneceu em atividade no IOC, desenvolvendo trabalhos pioneiros sobre HIV no Departamento de Imunologia até o ano de 1987, quando morreu em um acidente rodoviário.

 

 

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