Os relatos que são apresentados nessa seção foram extraídos de narrativas de quatro pessoas que tiveram relação direta com Oswaldo Cruz.
Egydio Salles Guerra, médico, reconheceu o talento de Oswaldo Cruz de imediato, convidando-o a trabalhar, aos 22 anos, na Policlínica Geral do Rio de Janeiro, onde montou um laboratório de análises clínicas. Recusou a oferta do cargo de diretor geral de Saúde Pública, indicando o nome de Oswaldo Cruz para a tarefa, em 1903. Os relatos reproduzidos foram obtidos a partir do discurso do médico durante a colocação da pedra fundamental do Monumento Nacional à Memória de Oswaldo Cruz, reproduzido na revista Médico-Cirúrgica do Brasil, em 1929, além do texto publicado na revista O Hospital, referente a uma transmissão em rádio, em 1941, durante a “Semana Oswaldo Cruz”, que celebrou a data de nascimento do sanitarista.
Ezequiel Dias (1880-1922) foi selecionado pelo próprio Oswaldo Cruz para compor o primeiro grupo da equipe de Manguinhos, então como estudante-auxiliar, nos idos de 1899-1900. Vieram a se tornar concunhados: Ezequiel se casou com Maria Cândida, a Miúça, irmã de Miloca, esposa de Oswaldo Cruz. Foi usado o texto “Traços biográficos de Oswaldo Cruz”, publicado em 1922, na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz [clique aqui para acessar no acervo online da revista].
Carlos Chagas (1879-1934), “o mais amado dos discipulos”, como Ezequiel Dias definiu, sucedeu Oswaldo Cruz na diretoria de Manguinhos. Médico, acompanhou o quadro clínico do “mestre”, forma como chamava Oswaldo, e esteve junto a ele em sua morte. O texto publicado na revista Brazil-Medico de 17 de fevereiro de 1917, poucos dias após a morte de Oswaldo Cruz, foi a fonte dos relatos reproduzidos [clique aqui para acessar no acervo da Biblioteca de Obras Raras da Fiocruz].
Henrique de Beaurepaire Aragão (1879-1956) foi um dos primeiros pesquisadores a atuar em Manguinhos, já em 1903, mesmo ano em que Oswaldo Cruz assume também a função de diretor geral de Saúde Pública. Foi diretor do Instituto Oswaldo Cruz entre 1942 e 1949. O texto “Noticia histórica sôbre a fundação do Instituto Oswaldo Cruz”, publicado em 1950 nas Memórias do Instituto Oswaldo Cruz como parte das comemorações dos 50 anos do Instituto, foi a fonte dos relatos coletados [clique aqui para acessar no acervo online da revista].
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