O
Encontro do IOC e os desafios para o futuro
Um
dos mais importantes desafios do ano que passou foi, sem dúvida,
o I Encontro do IOC: "Momento Atual, Desafios para o Futuro",
realizado em Portogalo, Angra dos Reis. Ali comemoramos não
apenas os 103 anos do Instituto e dois da Diretoria, mas abriu-se
uma perspectiva alvissareira para o futuro da instituição:
- Um IOC democrático, transparente e determinado. Com seus
passos e estratégias para o futuro construídos com
a mesma qualidade profissional de que usufruem as sociedades brasileira
e a mundial com a excelência das pesquisas e produtos desenvolvidos
em nossos laboratórios - o que há de melhor do que
cada um de nós tem a oferecer.
O que se fez em Portogalo e na plenária do IOC, e ao longo
do ano, ao serem referendados os rumos apontados no relatório
final, não foi só consagrar uma metodologia de trabalho,
mas dar um passo institucional histórico, decisivo - o de
construir em conjunto e coletivamente esta gestão e, assim,
apontá-la para o futuro.
Esta é a mensagem que congrega, neste momento, o sentimento
de unidade, entusiasmo, alegria e preocupação desta
Diretoria. Sentimentos necessários a um fazer humano maior:
à certeza de que o esforço que dispendemos aqui é
uma parte do que escolhemos fazer na construção de
uma humanidade melhor para todos.
Sentimento de mãos limpas, consciência tranqüila,
dever cumprido, que motiva a Diretoria do IOC a partilhar, com todos,
os resultados alcançados por este qualificado conjunto de
trabalhadores, estudantes e pesquisadores ao longo do ano de 2003
e o já projetado para 2004.
Há ainda um fato que não se pode deixar de destacar,
por sua ocorrência inesperada e surpreendente, e que expõe
ao risco a vida de todos nós. É extremamente preocupante
a violência urbana que nos tem atingido e provocado a reação!
Os prédios em que trabalhamos, além das inúmeras
deficiências de manutenção, têm sido alvo
de tiros de fuzil que estilhaçam vidros dos laboratórios,
perfuram paredes e desnudam o ritmo da insegurança crescente
em que está mergulhado não só o Rio de Janeiro,
mas a sociedade brasileira.
Fazemos nossos o protesto registrado em moção à
Presidência e às autoridades federais e estaduais,
acatada pelo Congresso Interno.
Estamos nos empenhando junto à Presidência para que
reitere àquelas autoridades a necessidade de providências
urgentes, de modo a assegurar tranqüilidade à vida de
cada um de nós em nosso tão precioso ambiente de trabalho.
Não vamos calar, nem esperar por uma vítima fatal,
diante de uma insegurança que nos acompanhou por todo o ano
e vem se agravando assustadoramente.
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