Implantando
a segurança do futuro
Importantíssimo
passo foi dado também no modo democrático de construirmos
o conceito de Biossegurança do IOC.
A partir do Encontro realizado no Portogalo, em Angra dos Reis,
questões fundamentais foram discutidas pelos grupos de trabalho.
Desde os novos padrões de comportamento perante o meio ambiente,
à saúde e à vida dos servidores do Instituto.
As sugestões apresentadas foram assumidas como compromisso.
Vêm obtendo inteiro apoio e pleno reconhecimento da Diretoria.
Salta aos olhos a criteriosa metodologia adotada e a conduta séria
e transparente com que a Comissão Interna de Biossegurança
da Fiocruz e a CIBio/IOC vêm conduzindo seus trabalhos.
Visitaram os laboratórios que atuam com Organismos Geneticamente
Modificados (OGM) e Animais Geneticamente Modificados (AnGM) e os
que prestam serviços de referência. Daí resultou
uma série de orientações objetivando a melhoria
das condições de biossegurança e da qualidade
laboratorial do IOC. Algumas já foram atendidas, enquanto
outras estão sendo implementadas.
Dentre elas, se destacam as obras de infraestrutura predial, feitas
com o apoio da Vice-Presidência de Serviços de Referência
e Ambiente. Não só as do Laboratório de Vírus
Respiratórios e Sarampo, mas no de Enterovírus e no
de Hepatites Virais, do Departamento de Virologia.
No âmbito do Centro de Experimentação Animal,
onde foram utilizados em torno de 50 mil animais, em 2003, a modernização
seguiu à risca as normas de Bios-segurança e de Qualidade
e atendeu, inclusive, as exigências da Comissão de
Ética no uso de Animais, instituída pela Portaria
099/99-PR.
Resultou também em melhorias na in-fraestrutura predial e
na aquisição de estan-tes ventiladas com luminosidade
(fotope-ríodo), temperatura e umidade controladas, para animais
de laboratório, e dez autocla-ves de barreira, de 366 litros
cada, para descarte do material biológico.
Com recursos da Finep, foram feitas melhorias que envolveram também
os bio-térios dos pavilhões Carlos Chagas, Ozório
de Almeida, Cardoso Fontes, Arthur Neiva e Lauro Travassos.
Foi marcante, para o IOC, a aprovação pela CTNBio/Brasília
dos relatórios referentes ao período 2000/2002. Assim
como o sucesso obtido com a boa receptividade à orientação
de os laboratórios atenderem às condições
de biossegurança, e ainda a criação do portal
de biossegurança, no endereço http://biosseguranca.ioc.fiocruz.br.
Nele podem ser encontradas diversas informações referentes
à manipulação de OGM, de AnGM, sobre os requisitos
necessários ao requerimento do Certificado de Qualidade em
Biossegurança (CQB) e sobre o Grupo de Interlocutores, entre
outros.
Assim que 2003 fechou com chave de ouro, realizando o I Encontro
das Comissões Internas de Biossegurança da Fiocruz
organizado pela CIBio/IOC. Mais de 500 profissionais debateram qualidade,
vacinas recombinantes, clonagem, trabalho com animais silvestres,
prions, legislação e participaram dos seminários
programados.
Este ano ainda, todos os profissionais do IOC terão os Equipamentos
de Proteção Individual (jalecos descartáveis).
Como se vê, mudanças em biossegurança implicam
também renovação de atitudes e de comportamentos.
Em setembro, se reunirão as Comissões Técnicas
de Biossegurança. O evento consagra a Semana de Biossegurança.
Em seguida, instala-se o II Encontro Nacional das Comissões
Internas de Biossegurança da Fiocruz, que deverá contar
com o apoio da CTNBio e do CNPq.
Não há como negar que esse somatório de ações
e realizações, que será expandido esse ano
(2004), resulta do nível das condições e da
capacidade de realização do IOC. Mais: somam-se, de
conjunto, ao todo da Unidade e, se não necessariamente nos
remetem a um novo patamar tecnológico, não há
dúvida que nos aproximam mais dele.
Em verdade, o perigo de novas pan-demias, como se tem visto, é
crescente. O IOC está alerta para isso.
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