Serviços de Referência

Ao longo de décadas, devido à excelência de seus Serviços de Referência, o IOC é um apoio imprescindível à vigilância epidemiológica e aos órgãos nacionais e internacionais responsáveis pela qualidade da Saúde Pública.
Um Serviço de Referência é a capacidade da resposta imediata não só a demandas de epidemias e endemias, num determinado momento e local. Mas, o conceito se aplica, igualmente, para situações prováveis e/ou emergenciais existentes, sejam novas ou inesperadas, com claro impacto no controle da doença.
Respondem por essa eficiência, no IOC, 20 laboratórios de Referência Nacional credenciados externamente, que, junto com os cinco Centros Colaboradores internacionais, realizam ensaios e diagnósticos laboratoriais e desenvolvem recursos humanos e tecnologias. Prestam ainda assessoria técnica e consultoria aos mais diversos problemas relacionados às principais doenças importantes em Saúde Pública.
Cabe enfatizar que esse nível técnico altamente especializado deve ser visto para além disso: é ele quem atende às necessidades dessa demanda em alto nível de qualificação, mesmo atuando num ambiente laboratorial minimamente equipado e sabidamente desprovido de uma adequação estrutural.
De acordo com os dados mais recentes (2002), batemos um novo recorde: foram realizados 57.156 exames em nossos laboratórios de referência.
A potência de nossos laboratórios de Referência voltou a se destacar, em 2003: os 13 grandes projetos da Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Epidemiológica (Funasa-MS), regulamentados pela Portaria 162/2003, já em andamento, seguem ativos este ano.
Trabalham nas demandas do carbúncu-lo, doença de Chagas, enteroinfecções bac-terianas, gripe, hepatites virais, leptospirose, poliomielite e outras enteroviroses, ricket-tsioses, viroses exantemáticas, dengue, febre amarela, hantaviroses e rotaviroses e, onde se inclui a resposta imediata (em permanente estado de vigilância), para a gripe asiática.
No segundo semestre de 2003, a capacidade de excelente atendimento do IOC aumentou, e muito, com a entrada em funcionamento do Laboratório para Hantaviro-ses e Rickettsioses do Instituto, com status de referência nacional e regional.
O desafio é constante. Novos laboratórios, ainda não credenciados como capazes de realizar Atividades de Referência, já se movimentam, dispostos a pleitear a categoria. Já estão capacitados para atender às demandas da vigilância epidemiológica de doenças da esfera e interesse da Saúde Pública. Nosso potencial cresce.
Como se vê, diversos desafios de nossos Serviços de Referência foram enfrentados com sucesso durante o ano de 2003.
No período, as coleções científicas do IOC receberam 25.531 consultas. É nossa perspectiva aumentar esse índice. Investimos nisso também.
Desde as resoluções do Encontro de Portogalo, a Diretoria iniciou o processo de capacitação das coleções científicas do Instituto. Foram detectados problemas graves relacionados às condições de guarda das cepas. A infra-estrutura atual não permite oferecer serviços de guarda, identificação e caracterização em nível nacional e internacional.
A partir do convênio estabelecido entre a Fiocruz e a Finep, para compra de equipamentos e visitas a instituições que detêm o status de International Depositary Authority (IDA), profissionais do IOC visitaram as instalações de algumas das mais importantes coleções: Central Bureau voor Schimmel-cultures (Utrecht), Deutsche Sammlung von Mikroorganismen und Zellkulturen (DSMZ) e Belgian Co-ordinated Collections of Micro -organisms (Ghent).
No momento, está em elaboração documento base com as lições da experiência internacional, as condições atuais das coleções do IOC e uma proposta de política e planejamento estratégico. Nossa perspectiva é a capacitação para que as coleções do IOC ofereçam serviços em nível nacional e internacional e possam adquirir status de IDA. O documento será amplamente discutido com a comunidade do IOC.