No segundo dia do evento Zika, cientistas debateram como estudos têm sido acelerados por parcerias que reúnem instituições de pesquisa e de financiamento de diversos países
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Pesquisadores das mais variadas origens se dedicam a desvendar os mecanismos de invasão do vírus Zika no organismo humano e o impacto da infecção no sistema nervoso, incluindo a associação a casos de microcefalia em bebês e de síndrome de Guillain-Barré. Os estudos sobre o tema têm ganhado impulso a partir da estruturação de redes de trabalho, potencializando recursos. A formação de redes de cooperação, em um esforço que reúne diversas instituições, torna mais rápida, mais eficaz e mais barata a produção do conhecimento científico que será transformado em respostas para a sociedade, destaca Wilson Savino, diretor do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e organizador do evento Zika, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Academia Nacional de Medicina (ANM) e Academia Brasileira de Ciências (ABC). O tema da cooperação científica ganhou destaque nas discussões do segundo dia do evento, que acontece até quinta-feira, 10/11, na sede da ANM, no Rio de Janeiro. A atividade inclui os simpósios The Zika menace in Americas: challenges and perspectives e One year after the announcement of the national public health emergency in Brazil: lessons, achievements and challenges. Os interessados em participar do evento Zika podem se inscrever gratuitamente no local (Av. General Justo, 365 Centro Rio de Janeiro RJ).
Gutemberg Brito
Parcerias entre instituições brasileiras e estrangeiras podem acelerar o desenvolvimento de estratégias e ferramentas para o enfrentamento do vírus Zika
Nos últimos meses, instituições de ensino e pesquisa brasileiras e estrangeiras se mobilizaram em prol da criação de redes de trabalho. O diretor científico da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Jerson Lima Silva, destaca o programa elaborado pela instituição, que apoia seis redes de pesquisa voltadas para estudos sobre Zika, dengue e chikungunya. O programa prioriza a busca por respostas emergenciais sobre as doenças, incluindo o estudo de novos métodos de diagnóstico sorológico para o vírus Zika, ações eficientes de controle do vetor o mosquito Aedes aegypti e a criação de métodos terapêuticos, como uma potencial vacina. A comunidade científica tem feito um trabalho impressionante de qualidade e em grande quantidade, como mostra o grande número de publicações referentes a descobertas recentes sobre o vírus Zika. A parceria em pesquisa é fundamental para tratar e prevenir essas doenças, ressalta Jerson. O programa mobiliza mais de 300 pesquisadores de centros de ciência e tecnologia fluminenses e deve disponibilizar, nos próximos dois anos, recursos da ordem de R$ 12 milhões.
Gutemberg Brito
Segundo Jerson Lima, a Faperj apoia seis redes de pesquisa voltadas para estudos sobre os vírus Zika, dengue e Chikungunya
Já a parceria entre a Fiocruz e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, permitiu o desenvolvimento de um estudo que avalia os riscos à saúde de gestantes e bebês diante da infecção pelo vírus Zika. Por meio de um trabalho em rede, estamos desenvolvendo um amplo estudo que permite avaliar o que acontece com os bebês e com os fetos de mães que não apresentam sintomas do vírus Zika, ressalta a pesquisadora Maria Elisabeth Lopes Moreira, coordenadora da Unidade de Pesquisa Clínica do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).
Gutemberg Brito
A pesquisadora Maria Elisabeth apresentou o amplo estudo sobre os efeitos do Zika em gestantes e bebês desenvolvido a partir da parceria entre a Fiocruz e os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos
A pesquisadora apresentou um panorama sobre o estudo Zika in Infants and Pregnancy-ZIP (Zika em Grávidas e Bebês), que tem o objetivo de acompanhar até 10 mil mulheres, a partir no primeiro trimestre de gravidez, para determinar se foram expostas ao Zika e avaliar as consequências da infecção para mãe e feto nos casos positivos. Os bebês das mães participantes serão acompanhados pelo menos ao longo de ano após o nascimento. Reportagem: Lucas Rocha Edição: Raquel Aguiar 08/11/2016
No segundo dia do evento Zika, cientistas debateram como estudos têm sido acelerados por parcerias que reúnem instituições de pesquisa e de financiamento de diversos países
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Pesquisadores das mais variadas origens se dedicam a desvendar os mecanismos de invasão do vírus Zika no organismo humano e o impacto da infecção no sistema nervoso, incluindo a associação a casos de microcefalia em bebês e de síndrome de Guillain-Barré. Os estudos sobre o tema têm ganhado impulso a partir da estruturação de redes de trabalho, potencializando recursos. A formação de redes de cooperação, em um esforço que reúne diversas instituições, torna mais rápida, mais eficaz e mais barata a produção do conhecimento científico que será transformado em respostas para a sociedade, destaca Wilson Savino, diretor do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e organizador do evento Zika, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Academia Nacional de Medicina (ANM) e Academia Brasileira de Ciências (ABC). O tema da cooperação científica ganhou destaque nas discussões do segundo dia do evento, que acontece até quinta-feira, 10/11, na sede da ANM, no Rio de Janeiro. A atividade inclui os simpósios The Zika menace in Americas: challenges and perspectives e One year after the announcement of the national public health emergency in Brazil: lessons, achievements and challenges. Os interessados em participar do evento Zika podem se inscrever gratuitamente no local (Av. General Justo, 365 Centro Rio de Janeiro RJ).
Gutemberg Brito
Parcerias entre instituições brasileiras e estrangeiras podem acelerar o desenvolvimento de estratégias e ferramentas para o enfrentamento do vírus Zika
Nos últimos meses, instituições de ensino e pesquisa brasileiras e estrangeiras se mobilizaram em prol da criação de redes de trabalho. O diretor científico da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Jerson Lima Silva, destaca o programa elaborado pela instituição, que apoia seis redes de pesquisa voltadas para estudos sobre Zika, dengue e chikungunya. O programa prioriza a busca por respostas emergenciais sobre as doenças, incluindo o estudo de novos métodos de diagnóstico sorológico para o vírus Zika, ações eficientes de controle do vetor o mosquito Aedes aegypti e a criação de métodos terapêuticos, como uma potencial vacina. A comunidade científica tem feito um trabalho impressionante de qualidade e em grande quantidade, como mostra o grande número de publicações referentes a descobertas recentes sobre o vírus Zika. A parceria em pesquisa é fundamental para tratar e prevenir essas doenças, ressalta Jerson. O programa mobiliza mais de 300 pesquisadores de centros de ciência e tecnologia fluminenses e deve disponibilizar, nos próximos dois anos, recursos da ordem de R$ 12 milhões.
Gutemberg Brito
Segundo Jerson Lima, a Faperj apoia seis redes de pesquisa voltadas para estudos sobre os vírus Zika, dengue e Chikungunya
Já a parceria entre a Fiocruz e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, permitiu o desenvolvimento de um estudo que avalia os riscos à saúde de gestantes e bebês diante da infecção pelo vírus Zika. Por meio de um trabalho em rede, estamos desenvolvendo um amplo estudo que permite avaliar o que acontece com os bebês e com os fetos de mães que não apresentam sintomas do vírus Zika, ressalta a pesquisadora Maria Elisabeth Lopes Moreira, coordenadora da Unidade de Pesquisa Clínica do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).
Gutemberg Brito
A pesquisadora Maria Elisabeth apresentou o amplo estudo sobre os efeitos do Zika em gestantes e bebês desenvolvido a partir da parceria entre a Fiocruz e os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos
A pesquisadora apresentou um panorama sobre o estudo Zika in Infants and Pregnancy-ZIP (Zika em Grávidas e Bebês), que tem o objetivo de acompanhar até 10 mil mulheres, a partir no primeiro trimestre de gravidez, para determinar se foram expostas ao Zika e avaliar as consequências da infecção para mãe e feto nos casos positivos. Os bebês das mães participantes serão acompanhados pelo menos ao longo de ano após o nascimento. Reportagem: Lucas Rocha Edição: Raquel Aguiar 08/11/2016
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)