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Programa ‘Eliminar a Dengue’ recebe importante prêmio internacional

Iniciativa realizada por meio de colaboração entre seis países inovou ao utilizar bactéria natural de insetos para bloquear a transmissão do vírus da dengue
Por Jornalismo IOC06/09/2013 - Atualizado em 10/12/2019

Iniciativa realizada por meio de colaboração entre seis países inovou ao utilizar bactéria natural de insetos para bloquear a transmissão do vírus da dengue

:: Para saber mais sobre o projeto 'Eliminar a Dengue: Desafio Brasil’, clique aqui.

Uma estratégia de pesquisa inovadora para o controle da dengue, que reúne diversos pesquisadores de seis países, o Programa ‘Eliminate Dengue: Our Challenge’ (Eliminar a Dengue: Nosso Desafio) recebeu o prêmio ‘Australian Infectious Diseases Research Centre Eureka Prize for Infectious Diseases Research 2013’. O projeto utiliza a bactéria Wolbachia para bloquear a transmissão do vírus da dengue pelo mosquito Aedes aegypti de forma natural e autossustentável. Oferecido pelo Australian Museum, a honraria reconhece iniciativas de excelência nos campos da pesquisa e inovação.

Na cerimônia de entrega do prêmio, que aconteceu na última quarta-feira, 04 de setembro, o diretor do Australiam Museum, Frank Howarth, afirmou que o trabalho realizado pelos cientistas tem o potencial de virar o jogo na batalha contra a dengue e, futuramente, contra outras doenças transmitidas por insetos.

Divulgação

O líder do programa 'Eliminate Dengue', Scott O'Neil, na cerimônia de entrega do prêmio Eureka 2013

O programa de pesquisa, liderado pelo pesquisador Scott O’Neil, da Universidade de Monash, foi trazido para o Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 2012. Coordenador do Projeto ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil e pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira destacou a importância do reconhecimento internacional à iniciativa: A valorização de um projeto de colaboração que envolve várias instituições e vários países pode trazer inúmeros benefícios ao desenvolvimento do estudo. O prêmio ajuda inclusive a trazer apoio e credibilidade junto às populações das áreas de pesquisa, reafirmando a seriedade do projeto, que vem atingindo resultados importantes.

Sobre o programa

O Programa Internacional Eliminar a Dengue: Nosso Desafio é uma iniciativa sem fins lucrativos, que atualmente testa o método de controle da dengue na Austrália, Vietnã, Indonésia e Brasil. A bactéria Wolbachia é introduzida no mosquito Aedes aegypti e atua como uma vacina para o inseto, impedindo a multiplicação do vírus em seu organismo. Desta forma, a transmissão do vírus é bloqueada de forma natural e autossustentável.

O projeto está em fase de campo na Austrália desde 2011. Mosquitos que receberam a bactéria foram soltos em algumas localidades no norte do país, e tornaram-se predominantes de forma eficaz nestas regiões. Este ano, os testes de campo foram iniciados também no Vietnã. No Brasil, equipes de Entomologia de Campo e de Engajamento Comunitário desenvolvem estudos em quatro localidades nas cidades do Rio de Janeiro e em Niterói para a futura realização de testes de campo. As localidades envolvidas são os bairros de Vila Valqueire e Urca, no Rio de Janeiro, e Tubiacanga e Jurujuba, em Niterói.

Atualmente, 2,5 bilhões de pessoas em 100 países estão sob ameaça de contrair o vírus da dengue, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença atinge entre 50 a 100 milhões de pessoas todos os anos. Cerca de 500 mil doentes por ano necessitam de hospitalização e, destes, 2,5% morrem em consequência da dengue.

Marina Saraiva
06/09/2013

Iniciativa realizada por meio de colaboração entre seis países inovou ao utilizar bactéria natural de insetos para bloquear a transmissão do vírus da dengue
Por: 
jornalismo

Iniciativa realizada por meio de colaboração entre seis países inovou ao utilizar bactéria natural de insetos para bloquear a transmissão do vírus da dengue

:: Para saber mais sobre o projeto 'Eliminar a Dengue: Desafio Brasil’, clique aqui.

Uma estratégia de pesquisa inovadora para o controle da dengue, que reúne diversos pesquisadores de seis países, o Programa ‘Eliminate Dengue: Our Challenge’ (Eliminar a Dengue: Nosso Desafio) recebeu o prêmio ‘Australian Infectious Diseases Research Centre Eureka Prize for Infectious Diseases Research 2013’. O projeto utiliza a bactéria Wolbachia para bloquear a transmissão do vírus da dengue pelo mosquito Aedes aegypti de forma natural e autossustentável. Oferecido pelo Australian Museum, a honraria reconhece iniciativas de excelência nos campos da pesquisa e inovação.



Na cerimônia de entrega do prêmio, que aconteceu na última quarta-feira, 04 de setembro, o diretor do Australiam Museum, Frank Howarth, afirmou que o trabalho realizado pelos cientistas tem o potencial de virar o jogo na batalha contra a dengue e, futuramente, contra outras doenças transmitidas por insetos.

Divulgação

O líder do programa 'Eliminate Dengue', Scott O'Neil, na cerimônia de entrega do prêmio Eureka 2013

O programa de pesquisa, liderado pelo pesquisador Scott O’Neil, da Universidade de Monash, foi trazido para o Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 2012. Coordenador do Projeto ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil e pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira destacou a importância do reconhecimento internacional à iniciativa: A valorização de um projeto de colaboração que envolve várias instituições e vários países pode trazer inúmeros benefícios ao desenvolvimento do estudo. O prêmio ajuda inclusive a trazer apoio e credibilidade junto às populações das áreas de pesquisa, reafirmando a seriedade do projeto, que vem atingindo resultados importantes.

Sobre o programa

O Programa Internacional Eliminar a Dengue: Nosso Desafio é uma iniciativa sem fins lucrativos, que atualmente testa o método de controle da dengue na Austrália, Vietnã, Indonésia e Brasil. A bactéria Wolbachia é introduzida no mosquito Aedes aegypti e atua como uma vacina para o inseto, impedindo a multiplicação do vírus em seu organismo. Desta forma, a transmissão do vírus é bloqueada de forma natural e autossustentável.

O projeto está em fase de campo na Austrália desde 2011. Mosquitos que receberam a bactéria foram soltos em algumas localidades no norte do país, e tornaram-se predominantes de forma eficaz nestas regiões. Este ano, os testes de campo foram iniciados também no Vietnã. No Brasil, equipes de Entomologia de Campo e de Engajamento Comunitário desenvolvem estudos em quatro localidades nas cidades do Rio de Janeiro e em Niterói para a futura realização de testes de campo. As localidades envolvidas são os bairros de Vila Valqueire e Urca, no Rio de Janeiro, e Tubiacanga e Jurujuba, em Niterói.

Atualmente, 2,5 bilhões de pessoas em 100 países estão sob ameaça de contrair o vírus da dengue, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença atinge entre 50 a 100 milhões de pessoas todos os anos. Cerca de 500 mil doentes por ano necessitam de hospitalização e, destes, 2,5% morrem em consequência da dengue.

Marina Saraiva

06/09/2013

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)