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Avanços da vacina contra tuberculose em destaque

Vacinologia reversa e vacina brasileira contra a doença foram temas de mesa-redonda
Por Jornalismo IOC04/11/2010 - Atualizado em 10/12/2019

A mesa-redonda que encerrou a programação da manhã desta quinta-feira, 04/11, no I Simpósio em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Doenças Bacterianas e Fúngicas abordou os avanços no desenvolvimento de vacinas. Especialistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/ Fiocruz) e do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/ Fiocruz) apresentaram estudos relacionados à vacinologia reversa e à vacina brasileira contra tuberculose.

Vacina de trás pra frente
Com o título A busca de novos alvos para vacinas: o exemplo da vacinologia reversa, a palestra do pesquisador do INCQS/Fiocruz, Ivano De Filippis apresentou as diferenças entre as formas de imunologia convencional e a vacinologia reversa, método desenvolvido na Itália em 2000. Os métodos convencionais de desenvolvimento de vacinas dependem de estudos realizados com microorganismos e proteínas, além de teste pré-clínicos em laboratórios. Tudo isso demanda tempo. Já o método da vacinologia reversa começa na descrição do genoma do microorganismo, a partir de métodos computacionais, em que são pesquisadas regiões do genoma que podem interagir com o sistema imune, explicou.

Gutemberg Brito

Ivano De Filippis apresentou as diferenças entre as formas de imunologia convencional e a vacinologia reversa

O pesquisador citou a aplicação da vacinologia reversa no caso da imunização contra Neisseria Miningitidis do sorogrupo B (NmB), que é responsável por 50% dos casos de meningite no mundo. Em 18 meses de estudos, o grupo de pesquisa conseguiu identificar mais candidatos vacinais para Neisseria meningitidis do sogrogrupo B do que em 40 anos de estudos convencionais. Um total de 91 antígenos foi identificado e 29 bactericidas apresentaram proteção imunológica satisfatória, ressaltou. A busca de cultura de genomas permite a identificação de diferenças genéticas entre genomas de mesma espécie e pode aprimorar as vacinas já existentes, concluiu.

BCG
Em seguida, a chefe do Laboratório de Genômica Funcional e Bioinformática do IOC, Leila Mendonça, falou sobre o tema Genômica funcional de M. bovis BCG Moreau, a vacina brasileira contra a tuberculose. A especialista destacou a importância do sequenciamento genético completo do DNA da vacina BCG, utilizada para prevenção da tuberculose no Brasil.

Gutemberg Brito

A especialista do IOC destacou a importância do sequenciamento genético completo do DNA da vacina BCG

No Brasil, 99% da cobertura de vacinação de tuberculose é realizada com a BCG Moreau, por isso a importância do sequenciamento. As proteínas mais expostas em BCG Moreau, em comparação com a BCG Pasteur, são as mais utilizadas para produção de vacinas, ressaltou. Várias regiões do genoma já estão mapeadas e 57 proteínas com algum tipo de modificação em relação à BCG Pasteur foram identificadas, conclui a pesquisadora, enfatizando a os avanços da pesquisa na área.

Cristiane Albuquerque

04/11/2010


Vacinologia reversa e vacina brasileira contra a doença foram temas de mesa-redonda
Por: 
jornalismo

A mesa-redonda que encerrou a programação da manhã desta quinta-feira, 04/11, no I Simpósio em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Doenças Bacterianas e Fúngicas abordou os avanços no desenvolvimento de vacinas. Especialistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/ Fiocruz) e do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/ Fiocruz) apresentaram estudos relacionados à vacinologia reversa e à vacina brasileira contra tuberculose.



Vacina de trás pra frente

Com o título A busca de novos alvos para vacinas: o exemplo da vacinologia reversa, a palestra do pesquisador do INCQS/Fiocruz, Ivano De Filippis apresentou as diferenças entre as formas de imunologia convencional e a vacinologia reversa, método desenvolvido na Itália em 2000. Os métodos convencionais de desenvolvimento de vacinas dependem de estudos realizados com microorganismos e proteínas, além de teste pré-clínicos em laboratórios. Tudo isso demanda tempo. Já o método da vacinologia reversa começa na descrição do genoma do microorganismo, a partir de métodos computacionais, em que são pesquisadas regiões do genoma que podem interagir com o sistema imune, explicou.

Gutemberg Brito

Ivano De Filippis apresentou as diferenças entre as formas de imunologia convencional e a vacinologia reversa

O pesquisador citou a aplicação da vacinologia reversa no caso da imunização contra Neisseria Miningitidis do sorogrupo B (NmB), que é responsável por 50% dos casos de meningite no mundo. Em 18 meses de estudos, o grupo de pesquisa conseguiu identificar mais candidatos vacinais para Neisseria meningitidis do sogrogrupo B do que em 40 anos de estudos convencionais. Um total de 91 antígenos foi identificado e 29 bactericidas apresentaram proteção imunológica satisfatória, ressaltou. A busca de cultura de genomas permite a identificação de diferenças genéticas entre genomas de mesma espécie e pode aprimorar as vacinas já existentes, concluiu.



BCG

Em seguida, a chefe do Laboratório de Genômica Funcional e Bioinformática do IOC, Leila Mendonça, falou sobre o tema Genômica funcional de M. bovis BCG Moreau, a vacina brasileira contra a tuberculose. A especialista destacou a importância do sequenciamento genético completo do DNA da vacina BCG, utilizada para prevenção da tuberculose no Brasil.


Gutemberg Brito

A especialista do IOC destacou a importância do sequenciamento genético completo do DNA da vacina BCG

No Brasil, 99% da cobertura de vacinação de tuberculose é realizada com a BCG Moreau, por isso a importância do sequenciamento. As proteínas mais expostas em BCG Moreau, em comparação com a BCG Pasteur, são as mais utilizadas para produção de vacinas, ressaltou. Várias regiões do genoma já estão mapeadas e 57 proteínas com algum tipo de modificação em relação à BCG Pasteur foram identificadas, conclui a pesquisadora, enfatizando a os avanços da pesquisa na área.

Cristiane Albuquerque

04/11/2010


Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)