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Hepatites entéricas: IOC sedia segunda edição do evento ibero-americano

Objetivo é apresentar o panorama das hepatites virais A e E, o impacto destas viroses na saúde pública e ambiental, os novos métodos de pesquisa e diagnóstico, além de aspectos epidemiológicos e políticas de prevenção e controle
Por Jornalismo IOC26/09/2011 - Atualizado em 10/12/2019

Especialistas do Brasil, Cuba, Argentina, Venezuela, Espanha e Moçambique participam do II Seminário Ibero-Americano de Hepatites de Transmissão Entérica, realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Iniciado nesta segunda-feira (26/09), o evento prossegue até sexta-feira, 30/09.

Pesquisador do IOC, Marcelo Alves Pinto, abre a primeira sessão de debates do II Seminário.

Marcelo Alves Pinto, chefe do Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia do IOC e um dos coordenadores do Seminário, abriu o evento destacando sua importância para a comunidade científica, para os jovens pesquisadores da Instituição e para outros interessados. “Repassar o conhecimento a todos os estudantes de pós-graduação do IOC e os alunos inscritos de outras instituições de ensino é um dos nossos objetivos. Além disso, queremos fortalecer o grupo ibero-americano, trocar informações entre os especialistas dos países participantes, bem como discutir e compor uma rede de informações internacional sobre os avanços das pesquisas sobre o tema para obtermos propostas de colaboração científica”, destaca o pesquisador. “Promover o intercâmbio de informações técnico-científicas e a experiência clínica e laboratorial dos professores, alunos e pesquisadores que participam do evento é fundamental”, diz.

Experiência da Venezuela

A especialista venezuelana Flor Pujol, do Laboratório de Virologia Molecular do Instituto Venezuelano de Investigações Científicas, apresentou a primeira palestra. Durante a exposição do trabalho “Evolução molecular dos vírus da hepatite na América Latina”, tema que a especialista estuda há 20 anos, foi traçado um panorama geral da doença no mundo e em países latino americanos, especialmente na Venezuela, onde ela desenvolveu o projeto. “São cinco tipos de hepatite (A, B, C, D e E) e mais de 20 genótipos e subgenótipos do vírus espalhados pelos continentes”, afirma Flor.

 Foto: Gutemberg Brito

 

Flor Pujol, pesquisadora venezuelana do Instituto Venezuelano de Investigações Científicas, é uma das autoridades internacionais do evento sobre hepatites.

Segundo a pesquisadora, na América Latina, cerca de 11 milhões de pessoas estão infectadas com hepatite B e outras sete milhões com o tipo C. No mundo, os números são 350 e 170 milhões de casos respectivamente. “Observamos que a circulação do tipo B difere entre as populações latino-americanas. Por exemplo, nas populações ameríndias [termo usado para designar os indígenas nativos do continente americano], o genótipo F é mais frequente. Já no Brasil, este genótipo é menos predominante. Aqui, o genótipo A tem mais força, devido ao fato de que, assim como Cuba, o país possui um alto número de população afro-descendente, onde o genótipo é mais presente”, avalia a especialista venezuelana.

A pesquisadora apresentou ainda dados, desde 1999, de áreas endêmicas do vírus da hepatite E, da distribuição geográfica dos genótipos 1, 2, 3 e 4 em humanos e suínos, e destacou o poder de evolução molecular deste tipo de vírus na Venezuela. Sobre a hepatite A, ela ressalta que nos países com menos prevalência deste tipo, “é onde se encontram o maior número de diversidade genética dos genótipos. No Brasil o tipo A não é exclusivo, como na Venezuela”.

Próximas atividades

Ainda estão previstas as participações de pesquisadores do Instituto de Salud Carlos III de Madri, do Instituto Pedro Kourí (IPK) de Cuba, do Laboratorio Nacional de Referência INEI - ANLIS "Dr Carlos G. Malbran" da Argentina, do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique e Universidade Federal Fluminense (UFF), além de especialistas do IOC. O Seminário tem o apoio do Programa de Apoio à Pós-Graduação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (PROAP/Capes).

:: Confira a cobertura completa do II Seminário Ibero-americano de Hepatites de Transmissão Entérica

João Paulo Soldati

26/09/2011

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Objetivo é apresentar o panorama das hepatites virais A e E, o impacto destas viroses na saúde pública e ambiental, os novos métodos de pesquisa e diagnóstico, além de aspectos epidemiológicos e políticas de prevenção e controle
Por: 
jornalismo

Especialistas do Brasil, Cuba, Argentina, Venezuela, Espanha e Moçambique participam do II Seminário Ibero-Americano de Hepatites de Transmissão Entérica, realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Iniciado nesta segunda-feira (26/09), o evento prossegue até sexta-feira, 30/09.

Pesquisador do IOC, Marcelo Alves Pinto, abre a primeira sessão de debates do II Seminário.

Marcelo Alves Pinto, chefe do Laboratório de Desenvolvimento Tecnológico em Virologia do IOC e um dos coordenadores do Seminário, abriu o evento destacando sua importância para a comunidade científica, para os jovens pesquisadores da Instituição e para outros interessados. “Repassar o conhecimento a todos os estudantes de pós-graduação do IOC e os alunos inscritos de outras instituições de ensino é um dos nossos objetivos. Além disso, queremos fortalecer o grupo ibero-americano, trocar informações entre os especialistas dos países participantes, bem como discutir e compor uma rede de informações internacional sobre os avanços das pesquisas sobre o tema para obtermos propostas de colaboração científica”, destaca o pesquisador. “Promover o intercâmbio de informações técnico-científicas e a experiência clínica e laboratorial dos professores, alunos e pesquisadores que participam do evento é fundamental”, diz.

Experiência da Venezuela

A especialista venezuelana Flor Pujol, do Laboratório de Virologia Molecular do Instituto Venezuelano de Investigações Científicas, apresentou a primeira palestra. Durante a exposição do trabalho “Evolução molecular dos vírus da hepatite na América Latina”, tema que a especialista estuda há 20 anos, foi traçado um panorama geral da doença no mundo e em países latino americanos, especialmente na Venezuela, onde ela desenvolveu o projeto. “São cinco tipos de hepatite (A, B, C, D e E) e mais de 20 genótipos e subgenótipos do vírus espalhados pelos continentes”, afirma Flor.


 Foto: Gutemberg Brito

 

Flor Pujol, pesquisadora venezuelana do Instituto Venezuelano de Investigações Científicas, é uma das autoridades internacionais do evento sobre hepatites.

Segundo a pesquisadora, na América Latina, cerca de 11 milhões de pessoas estão infectadas com hepatite B e outras sete milhões com o tipo C. No mundo, os números são 350 e 170 milhões de casos respectivamente. “Observamos que a circulação do tipo B difere entre as populações latino-americanas. Por exemplo, nas populações ameríndias [termo usado para designar os indígenas nativos do continente americano], o genótipo F é mais frequente. Já no Brasil, este genótipo é menos predominante. Aqui, o genótipo A tem mais força, devido ao fato de que, assim como Cuba, o país possui um alto número de população afro-descendente, onde o genótipo é mais presente”, avalia a especialista venezuelana.

A pesquisadora apresentou ainda dados, desde 1999, de áreas endêmicas do vírus da hepatite E, da distribuição geográfica dos genótipos 1, 2, 3 e 4 em humanos e suínos, e destacou o poder de evolução molecular deste tipo de vírus na Venezuela. Sobre a hepatite A, ela ressalta que nos países com menos prevalência deste tipo, “é onde se encontram o maior número de diversidade genética dos genótipos. No Brasil o tipo A não é exclusivo, como na Venezuela”.

Próximas atividades

Ainda estão previstas as participações de pesquisadores do Instituto de Salud Carlos III de Madri, do Instituto Pedro Kourí (IPK) de Cuba, do Laboratorio Nacional de Referência INEI - ANLIS "Dr Carlos G. Malbran" da Argentina, do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique e Universidade Federal Fluminense (UFF), além de especialistas do IOC. O Seminário tem o apoio do Programa de Apoio à Pós-Graduação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (PROAP/Capes).

:: Confira a cobertura completa do II Seminário Ibero-americano de Hepatites de Transmissão Entérica

João Paulo Soldati

26/09/2011

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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)