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Hanseníase: a cura é o resultado da sintonia entre profissionais e pacientes

Abordagem mais próxima a pacientes e familiares garante sucesso do tratamento e multiplicação do conhecimento
Por Lucas Rocha30/05/2014 - Atualizado em 10/01/2024

O Ambulatório Souza Araújo, vinculado ao Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), realiza atendimento à hanseníase desde 1976.

Mergulhar na vida de seus profissionais e pacientes é uma das melhores formas de se conhecer o espaço, que atua como referência no tema junto ao Ministério da Saúde e acaba de receber o certificado de acreditação internacional da parceria entre o Consórcio Brasileiro de Acreditação e da Joint Commission International.

Acolhimento
Trabalhadora, mãe de família e paciente de Hanseníase. A busca por um diagnóstico partiu da sensação de cansaço e fadiga, acompanhada de manchas pelo corpo.

A descoberta da doença veio em junho de 2012: após a consulta com um dermatologista, a dona de casa, que prefere não se identificar, foi encaminhada para o Ambulatório Souza Araújo.

“Quando você descobre que tem hanseníase não é fácil, mas é importante procurar acompanhamento médico e saber que é uma doença que tem cura”, diz.

Para os familiares, descobrir um parente com hanseníase foi algo inesperado.

“Apesar do impacto inicial, todos foram bastante compreensivos e me acompanharam em todos os momentos. Aqui no Ambulatório, meus parentes aprenderam tudo sobre a doença, passaram por testes e estão mais tranquilos. Este apoio foi fundamental pra mim”, ressalta.

Durante o tratamento, a dona de casa recebeu doses mensais de medicamento aliadas ao acompanhamento com o dermatologista. A cada dois meses, também foi acompanhada por um neurologista.

“A falta de informação, pode criar muitos mitos, mas não é preciso ter medo. Hoje eu estou bem e levo uma vida normal”, conclui.

Apoio profissional
A enfermeira Nádia Cristina Duppre, formada pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (USP), faz parte da equipe desde 1987.

“Sempre tive vontade de trabalhar em Saúde Pública, quando mudei para o Rio deixei um currículo em um posto de saúde, mas foi na Fiocruz que consegui meu objetivo”, conta.
 

 
No Ambulatório, Nádia atua em campanhas, treinamento e capacitação de profissionais

Até então, seu contato com a hanseníase estava restrito à faculdade. Ela conta que o aprendizado veio ao longo dos anos.

“Hoje, participo de campanhas e já treinei muitos profissionais. Sei que as dúvidas são numerosas e nosso serviço também é formador de pessoas: são médicos, residentes em dermatologia, enfermeiros e estudantes que levam conhecimentos do Ambulatório a vários hospitais da cidade”, afirma.

Para a enfermeira que construiu a sua carreira no Souza Araújo, trabalhar com hanseníase é algo dinâmico que requer disposição e interesse.

“O Ambulatório me forneceu confiança para a minha atuação profissional. Tive a sorte de trabalhar num lugar que prima pelo atendimento integral ao paciente e que favorece a atualização e o estudo por parte da sua equipe”, conclui.

Abordagem mais próxima a pacientes e familiares garante sucesso do tratamento e multiplicação do conhecimento
Por: 
lucas

O Ambulatório Souza Araújo, vinculado ao Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), realiza atendimento à hanseníase desde 1976.

Mergulhar na vida de seus profissionais e pacientes é uma das melhores formas de se conhecer o espaço, que atua como referência no tema junto ao Ministério da Saúde e acaba de receber o certificado de acreditação internacional da parceria entre o Consórcio Brasileiro de Acreditação e da Joint Commission International.

Acolhimento
Trabalhadora, mãe de família e paciente de Hanseníase. A busca por um diagnóstico partiu da sensação de cansaço e fadiga, acompanhada de manchas pelo corpo.

A descoberta da doença veio em junho de 2012: após a consulta com um dermatologista, a dona de casa, que prefere não se identificar, foi encaminhada para o Ambulatório Souza Araújo.

“Quando você descobre que tem hanseníase não é fácil, mas é importante procurar acompanhamento médico e saber que é uma doença que tem cura”, diz.

Para os familiares, descobrir um parente com hanseníase foi algo inesperado.

“Apesar do impacto inicial, todos foram bastante compreensivos e me acompanharam em todos os momentos. Aqui no Ambulatório, meus parentes aprenderam tudo sobre a doença, passaram por testes e estão mais tranquilos. Este apoio foi fundamental pra mim”, ressalta.

Durante o tratamento, a dona de casa recebeu doses mensais de medicamento aliadas ao acompanhamento com o dermatologista. A cada dois meses, também foi acompanhada por um neurologista.

“A falta de informação, pode criar muitos mitos, mas não é preciso ter medo. Hoje eu estou bem e levo uma vida normal”, conclui.

Apoio profissional
A enfermeira Nádia Cristina Duppre, formada pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (USP), faz parte da equipe desde 1987.

“Sempre tive vontade de trabalhar em Saúde Pública, quando mudei para o Rio deixei um currículo em um posto de saúde, mas foi na Fiocruz que consegui meu objetivo”, conta.
 

 
No Ambulatório, Nádia atua em campanhas, treinamento e capacitação de profissionais

Até então, seu contato com a hanseníase estava restrito à faculdade. Ela conta que o aprendizado veio ao longo dos anos.

“Hoje, participo de campanhas e já treinei muitos profissionais. Sei que as dúvidas são numerosas e nosso serviço também é formador de pessoas: são médicos, residentes em dermatologia, enfermeiros e estudantes que levam conhecimentos do Ambulatório a vários hospitais da cidade”, afirma.

Para a enfermeira que construiu a sua carreira no Souza Araújo, trabalhar com hanseníase é algo dinâmico que requer disposição e interesse.

“O Ambulatório me forneceu confiança para a minha atuação profissional. Tive a sorte de trabalhar num lugar que prima pelo atendimento integral ao paciente e que favorece a atualização e o estudo por parte da sua equipe”, conclui.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)