Um tema ainda pouco explorado, mas de grande importância para a saúde da população. Assim a Virologia Ambiental foi definida por pesquisadores e pela representante do Ministério da Saúde na abertura do I Simpósio Latino-Americano de Virologia Ambiental, realizada nesta quarta-feira, 05/05, no Rio de Janeiro.
Gutemberg Brito
Especialistas enalteceram importância do evento tanto
para a área científica como para o debate de
novas políticas públicas sobre o tema
Um tema ainda pouco explorado, mas de grande importância para a saúde da população. Assim a Virologia Ambiental foi definida por pesquisadores e pela representante do Ministério da Saúde na abertura do I Simpósio Latino-Americano de Virologia Ambiental, realizada nesta quarta-feira, 05/05, no Rio de Janeiro.
Gutemberg Brito
Especialistas enalteceram importância do evento tanto
para a área científica como para o debate de
novas políticas públicas sobre o tema
Simone Sabbag, representante do Depto. de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, enalteceu a importância do evento. “São poucas as pessoas que realizam este tipo de pesquisa e ela é fundamental para o Ministério da Saúde. Ainda temos muitos problemas nas águas para abastecimento público e essa análise é muito importante para que se possa melhorar a qualidade deste abastecimento”, comentou.
No mesmo caminho, a diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Tania Araújo-Jorge, ressaltou que o tema do evento guarda uma grande importância e responsabilidade para os gestores públicos.
“Os problemas causados por questões ambientais são de grande relevância. Os vírus, em especial, podem causar agravos como meningite e hepatite. Tratar desse tema é um desafio muito grande. Na verdade, muitos desafios, porque são necessários o engajamento da sociedade e do governo, políticas públicas eficientes que garantam a qualidade da água, o monitoramento e a vigilância ambiental, além da melhora da educação científica da população, para que ela possa entender e interferir na questão”, disse Tania.
Ela destacou a pluralidade do evento, refletindo a articulação de pesquisadores latinoamericamos no tema da Virologia Ambiental e encerrou dizendo que “esta associação é necessária para a formação de mais especialistas e de uma retaguarda científica robusta para vencer o desafio”.
Mariza Morgado, vice-diretora de Pesquisa e Inovação do IOC, comentou que o evento serve como um elemento para alavancar os estudos na área. “Há muitos estudantes presentes. Eles e os pesquisadores latinoamericanos terão a chance de conhecer e debater o tema entre si e com experientes pesquisadores da Espanha e Estados Unidos, por exemplo. Espero que o evento traga conhecimentos que subsidiem novas políticas públicas para o enfrentamento do tema.”
Uma das organizadoras do evento, Marize Miagostovich, pesquisadora do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do IOC, finalizou a abertura destacando que o momento é oportuno porque o Ministério da Saúde está revendo a Portaria 518/04, que regulamenta a produção e distribuição da água para o consumo humano.
Ela adiantou que o evento irá debater temas como rotavírus, norovírus (causador de surtos de gastroenterites em ambientes de confinamento) e outros vírus que estão presentes no ambiente, em alimentos, superfícies e águas – de consumo, recreacionais ou de reuso.
O evento é realizado no Hotel Marina Palace, no Leblon, RJ, até esta sexta-feira, 07/05. Mais informações no site do evento www.ioc.fiocruz.br/Virolambiental/.
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