:: Confira a cobertura especial
O terceiro dia de atividades (22) do ‘Simpósio Jubileu IOC 125 anos’, foi dedicado a debater um relevante problema de saúde pública que, sazonalmente, atinge nosso país: as arbovirores.
Estudar e combater esse grupo de doenças virais transmitido principalmente por mosquitos faz parte das origens do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
Em 1903, Oswaldo Cruz teve papel fundamental na luta contra a febre amarela no Rio de Janeiro. Ele implementou um programa de combate à doença que envolveu a limpeza da cidade, o controle dos insetos e a vacinação.
De lá pra cá, o protagonismo de cientistas do IOC na área tem sido destaque nacional e internacionalmente.
Iniciando a programação, a mesa-redonda “Situação das arboviroses no Brasil” fez um verdadeiro passeio sobre a atuação da Fiocruz e do Instituto em dengue, Zika, chikungunya, febre amarela e vírus Oropouche.
Os convidados foram: Rivaldo Venâncio, chefe de Gabinete da Presidência da Fiocruz; Tania Fonseca, da Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz; e Felipe Naveca e Ana Bispo, respectivamente chefe e vice-chefe do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC. A moderação ficou a cargo de Patrícia Carvalho de Sequeira, do mesmo Laboratório.
Abordando os temas chikungunya e dengue, a primeira palestra foi proferida por Rivaldo Venâncio.
Remontando a abril de 2014, o especialista lembrou que em um artigo de opinião de sua autoria sobre alertava para o perigo iminente da chegada da ckikungunya no Brasil, tendo em vista a circulação do vírus nas Américas.
Em pouco tempo, dito e feito. Os primeiros casos começaram a ser detectados em setembro daquele ano em Feira de Santana, na Bahia.
Em 2017, Rivaldo e outros pesquisadores publicaram estudo que evidenciava alguns aspectos clínicos da doença, como comprometimento das articulações, da visão, no coração e até casos fatais.
“Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil soma quase 92 mil casos prováveis de chikungunya, com 78 mortes, entre 2023 e 2025. Esses números evidenciam que a taxa de letalidade está alta. Precisamos estar atentos a isso”, disse.
Já a dengue, velha conhecida dos brasileiros, cuja primeira detecção foi relatada em 1870, o número de casos ultrapassa a marca de 1.300.000, no mesmo período, com 985 mortes.
“Não dá para aceitar essa letalidade por dengue, uma doença que convivemos há mais de 40 anos ininterruptamente. Precisamos olhar para esses números e não aceitar como natural qualquer morte por dengue”, salientou.
Na sequência, o virologista Felipe Naveca abordou o vírus Oropouche, detectado no Brasil na década de 1960. Mas foi, recentemente, a partir de 2022, que o vírus começou a despertar atenção das autoridades nacionais.
“Após aumento de casos em Roraima, o patógeno começou a se espalhar pela região Norte, Nordeste e pelo restante do país”, disse.
Naveca, então, passou a dedicar esforços para descentralizar o protocolo de identificação laboratorial do vírus. Até então, o método era realizado no Instituto Leonidas e Maria Deane (Fiocruz Manaus), onde o virologista atua como coordenador do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes ou Negligenciados.
“Quando começamos a realizar testes com os Laboratórios Centrais de Saúde Pública [LACENs] da região Norte, detectamos que o que se pensava ser dengue, na verdade eram infecções por Oropouche”, recordou.
Dentre diversos achados que têm ajudado a responder esse problema de saúde pública, Naveca e sua equipe identificaram uma nova linhagem circulante no país e publicaram estudo que confirma a possibilidade de transmissão vertical do patógeno.
“A ameaça constante de um inimigo antigo” foi o tema da palestra da pesquisadora Ana Bispo, que abordou a febre amarela.
Doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos em regiões urbanas e silvestres, a doença teve sua primeira epidemia descrita no Brasil em 1685, em Recife.
“Apesar de um histórico de séculos e de uma vacina eficaz disponível, desenvolvida na década de 1930, a doença ainda causa surtos periódicos no território nacional”, comentou.
Ana recordou que entre 2016 e 2018, o Brasil viveu uma epidemia de grande magnitude, com mais de 2.000 casos confirmados e 600 mortes.
“Naquele período, para reduzir o número de óbitos, o país optou por administrar doses fracionadas da vacina, que se mostrou altamente eficaz”, rememorou.
Em 2025, um novo surto atingiu os estados do Pará, com 44 casos, São Paulo (57), Minas Gerais (11) e Tocantins (1).
Em relação às estratégias de vigilância virológica, Ana destacou como principais objetivos a manutenção da erradicação da forma urbana da doença, assim como manter sob controle a versão silvestre.
“É de suma importância detectar oportunamente a circulação viral para orientar as medidas de prevenção e controle”, frisou.
A virologista reforçou a eficácia da imunização contra a doença, que, no momento, possui cobertura vacinal abaixo do índice recomendado em diversas áreas e chamou atenção para o risco de urbanização da febre amarela é real, tendo em vista que o vírus pode ser transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, amplamente disseminado por todo o país.
Tania Fonseca fez um levantamento histórico da atuação da Fiocruz no combate às arboviroses, que data do início do século XX, com Oswaldo Cruz atuando para debelar a febre amarela.
A coordenadora explicou que a Fundação tem atuado fortemente com modelagem e análise de dados para predição de informações sobre a possibilidade de emergência e reemergência de doenças transmitidas por vetores.
A coordenadora citou como destaques o Infodengue, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (CIDACS), o Sistema de Informação em Saúde Silvestre (SISS-Geo), Observatório de Clima e Saúde e o Sistema de Alerta Antecipado de Surtos Infecciosos (Aesop)
Em relação ao diagnóstico, Tania frisou que a Fiocruz está preparada para contribuir com o Ministério da Saúde. Atualmente, possui 52 Laboratórios de Referência, 5 Laboratórios de Nível de Biossegurança 3 (NB3) e 1 Laboratórios de Nível de Biossegurança Animal (NBA3), espalhados por todas as unidades da Fundação espalhadas pelo país.
Sobre o controle vetorial, a especialista destacou a capacidade formadora dos pesquisadores da Fiocruz, dando ênfase ao conceito “10 minutos contra o Aedes”, à Estação Disseminadora de Larvicida e ao método Wolbachia.
No campo do ensino, Fonseca ressaltou a importância do Campus Virtual Fiocruz, na disponibilização de cursos e capacitações em arboviroses, assim como o desenvolvimento de jogos.
Tania também abordou a contribuição significativa em assistência clínica prestada à sociedade. Comentou ainda sobre os diversos testes diagnósticos e vacinas e os estudos científicos conduzidos por pesquisadores e estudantes da Casa.
"A população procura a página da Fiocruz por informação. Por isso, também destaco aqui o papel da comunicação e informação no combate às arboviroses”, comentou, acrescentando que Fundação possui importantes iniciativas que auxiliam a sociedade na busca por informações confiáveis e de qualidade.
Encerrando a programação do terceiro dia, foram lançados importantes produtos que podem contribuir para o controle das arboviroses e ampliam o conhecimento sobre os aspectos biológicos do Aedes aegypti e do Aedes albopictus.
Este painel foi mediado pela pesquisadora Dinair Couto, do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC.
Autoridades de saúde e profissionais que atuam no controle das arboviroses, grupo de doenças transmitidas, em especial, por mosquitos, agora têm novos produtos que podem contribuir para a construção de políticas públicas mais assertivas e ações de vigilância mais precisas.
O Projeto ArboAlvo, que tem como objetivo a estratificação de áreas prioritárias para a vigilância das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no Brasil, acaba de desenvolver uma série de materiais e ações que em breve estarão disponíveis online e de forma gratuita. São eles:
Curso de atualização em métodos inovadores para estratificação de áreas prioritárias para arboviroses;
Manual ArboAlvo, que reúne as metodologias utilizadas no Programa;
Painel de Arboviroses;
Protocolos Operacionais Padrão (POPs);
Atlas ArboAlvo.
Financiado pelo Ministério da Saúde, o projeto é coordenado pela pesquisadora Nildimar Honório, do Laboratório de Interações Vírus-Hospedeiro do IOC, e conta com parceria da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz) e Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz).
Na sequência, foram lançados dois documentários sobre o ciclo de vida do Aedes aegypti e do Aedes albopictus.
Muito se conhece dos hábitos e do ciclo biológico desses mosquitos. Porém, pouco dessas informações chegam à sociedade e, para controlar a reprodução do vetor é preciso conhecer.
A produção conta com qualidade cinematográfica e aborda informações científicas relevantes, adquiridas por meio de extensa pesquisa bibliográfica e da colaboração de especialistas da Fiocruz.
Os vídeos estão disponíveis em português, inglês, espanhol e libras.
Os filmes têm direção de Genilton Vieira e roteiro de Ricardo Lourenço e Genilton Vieira.
O livro ‘Superbactérias resistentes a antimicrobianos’ também foi outro produto lançado durante as comemorações pelos 125 anos do IOC.
Organizada pelas pesquisadoras Letícia Lery Santos, Ana Paula Assef e Viviane Zahner, a obra é fruto de cursos de férias ministrados por alunos de Pós-graduação do Instituto.
O livro pode ser acessado gratuitamente neste link.
Bactérias resistentes a múltiplos antimicrobianos, conhecidas como superbactérias, já causam mais de um milhão de mortes por ano, número que pode chegar a 8,2 milhões até 2050.
Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) coordena um Plano de Ação Global contra a resistência antimicrobiana, mobilizando governos e instituições em torno de cinco objetivos estratégicos.
:: Confira a cobertura especial
O terceiro dia de atividades (22) do ‘Simpósio Jubileu IOC 125 anos’, foi dedicado a debater um relevante problema de saúde pública que, sazonalmente, atinge nosso país: as arbovirores.
Estudar e combater esse grupo de doenças virais transmitido principalmente por mosquitos faz parte das origens do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
Em 1903, Oswaldo Cruz teve papel fundamental na luta contra a febre amarela no Rio de Janeiro. Ele implementou um programa de combate à doença que envolveu a limpeza da cidade, o controle dos insetos e a vacinação.
De lá pra cá, o protagonismo de cientistas do IOC na área tem sido destaque nacional e internacionalmente.
Iniciando a programação, a mesa-redonda “Situação das arboviroses no Brasil” fez um verdadeiro passeio sobre a atuação da Fiocruz e do Instituto em dengue, Zika, chikungunya, febre amarela e vírus Oropouche.
Os convidados foram: Rivaldo Venâncio, chefe de Gabinete da Presidência da Fiocruz; Tania Fonseca, da Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz; e Felipe Naveca e Ana Bispo, respectivamente chefe e vice-chefe do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC. A moderação ficou a cargo de Patrícia Carvalho de Sequeira, do mesmo Laboratório.
Abordando os temas chikungunya e dengue, a primeira palestra foi proferida por Rivaldo Venâncio.
Remontando a abril de 2014, o especialista lembrou que em um artigo de opinião de sua autoria sobre alertava para o perigo iminente da chegada da ckikungunya no Brasil, tendo em vista a circulação do vírus nas Américas.
Em pouco tempo, dito e feito. Os primeiros casos começaram a ser detectados em setembro daquele ano em Feira de Santana, na Bahia.
Em 2017, Rivaldo e outros pesquisadores publicaram estudo que evidenciava alguns aspectos clínicos da doença, como comprometimento das articulações, da visão, no coração e até casos fatais.
“Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil soma quase 92 mil casos prováveis de chikungunya, com 78 mortes, entre 2023 e 2025. Esses números evidenciam que a taxa de letalidade está alta. Precisamos estar atentos a isso”, disse.
Já a dengue, velha conhecida dos brasileiros, cuja primeira detecção foi relatada em 1870, o número de casos ultrapassa a marca de 1.300.000, no mesmo período, com 985 mortes.
“Não dá para aceitar essa letalidade por dengue, uma doença que convivemos há mais de 40 anos ininterruptamente. Precisamos olhar para esses números e não aceitar como natural qualquer morte por dengue”, salientou.
Na sequência, o virologista Felipe Naveca abordou o vírus Oropouche, detectado no Brasil na década de 1960. Mas foi, recentemente, a partir de 2022, que o vírus começou a despertar atenção das autoridades nacionais.
“Após aumento de casos em Roraima, o patógeno começou a se espalhar pela região Norte, Nordeste e pelo restante do país”, disse.
Naveca, então, passou a dedicar esforços para descentralizar o protocolo de identificação laboratorial do vírus. Até então, o método era realizado no Instituto Leonidas e Maria Deane (Fiocruz Manaus), onde o virologista atua como coordenador do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes ou Negligenciados.
“Quando começamos a realizar testes com os Laboratórios Centrais de Saúde Pública [LACENs] da região Norte, detectamos que o que se pensava ser dengue, na verdade eram infecções por Oropouche”, recordou.
Dentre diversos achados que têm ajudado a responder esse problema de saúde pública, Naveca e sua equipe identificaram uma nova linhagem circulante no país e publicaram estudo que confirma a possibilidade de transmissão vertical do patógeno.
“A ameaça constante de um inimigo antigo” foi o tema da palestra da pesquisadora Ana Bispo, que abordou a febre amarela.
Doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos em regiões urbanas e silvestres, a doença teve sua primeira epidemia descrita no Brasil em 1685, em Recife.
“Apesar de um histórico de séculos e de uma vacina eficaz disponível, desenvolvida na década de 1930, a doença ainda causa surtos periódicos no território nacional”, comentou.
Ana recordou que entre 2016 e 2018, o Brasil viveu uma epidemia de grande magnitude, com mais de 2.000 casos confirmados e 600 mortes.
“Naquele período, para reduzir o número de óbitos, o país optou por administrar doses fracionadas da vacina, que se mostrou altamente eficaz”, rememorou.
Em 2025, um novo surto atingiu os estados do Pará, com 44 casos, São Paulo (57), Minas Gerais (11) e Tocantins (1).
Em relação às estratégias de vigilância virológica, Ana destacou como principais objetivos a manutenção da erradicação da forma urbana da doença, assim como manter sob controle a versão silvestre.
“É de suma importância detectar oportunamente a circulação viral para orientar as medidas de prevenção e controle”, frisou.
A virologista reforçou a eficácia da imunização contra a doença, que, no momento, possui cobertura vacinal abaixo do índice recomendado em diversas áreas e chamou atenção para o risco de urbanização da febre amarela é real, tendo em vista que o vírus pode ser transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, amplamente disseminado por todo o país.
Tania Fonseca fez um levantamento histórico da atuação da Fiocruz no combate às arboviroses, que data do início do século XX, com Oswaldo Cruz atuando para debelar a febre amarela.
A coordenadora explicou que a Fundação tem atuado fortemente com modelagem e análise de dados para predição de informações sobre a possibilidade de emergência e reemergência de doenças transmitidas por vetores.
A coordenadora citou como destaques o Infodengue, o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (CIDACS), o Sistema de Informação em Saúde Silvestre (SISS-Geo), Observatório de Clima e Saúde e o Sistema de Alerta Antecipado de Surtos Infecciosos (Aesop)
Em relação ao diagnóstico, Tania frisou que a Fiocruz está preparada para contribuir com o Ministério da Saúde. Atualmente, possui 52 Laboratórios de Referência, 5 Laboratórios de Nível de Biossegurança 3 (NB3) e 1 Laboratórios de Nível de Biossegurança Animal (NBA3), espalhados por todas as unidades da Fundação espalhadas pelo país.
Sobre o controle vetorial, a especialista destacou a capacidade formadora dos pesquisadores da Fiocruz, dando ênfase ao conceito “10 minutos contra o Aedes”, à Estação Disseminadora de Larvicida e ao método Wolbachia.
No campo do ensino, Fonseca ressaltou a importância do Campus Virtual Fiocruz, na disponibilização de cursos e capacitações em arboviroses, assim como o desenvolvimento de jogos.
Tania também abordou a contribuição significativa em assistência clínica prestada à sociedade. Comentou ainda sobre os diversos testes diagnósticos e vacinas e os estudos científicos conduzidos por pesquisadores e estudantes da Casa.
"A população procura a página da Fiocruz por informação. Por isso, também destaco aqui o papel da comunicação e informação no combate às arboviroses”, comentou, acrescentando que Fundação possui importantes iniciativas que auxiliam a sociedade na busca por informações confiáveis e de qualidade.
Encerrando a programação do terceiro dia, foram lançados importantes produtos que podem contribuir para o controle das arboviroses e ampliam o conhecimento sobre os aspectos biológicos do Aedes aegypti e do Aedes albopictus.
Este painel foi mediado pela pesquisadora Dinair Couto, do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC.
Autoridades de saúde e profissionais que atuam no controle das arboviroses, grupo de doenças transmitidas, em especial, por mosquitos, agora têm novos produtos que podem contribuir para a construção de políticas públicas mais assertivas e ações de vigilância mais precisas.
O Projeto ArboAlvo, que tem como objetivo a estratificação de áreas prioritárias para a vigilância das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no Brasil, acaba de desenvolver uma série de materiais e ações que em breve estarão disponíveis online e de forma gratuita. São eles:
Curso de atualização em métodos inovadores para estratificação de áreas prioritárias para arboviroses;
Manual ArboAlvo, que reúne as metodologias utilizadas no Programa;
Painel de Arboviroses;
Protocolos Operacionais Padrão (POPs);
Atlas ArboAlvo.
Financiado pelo Ministério da Saúde, o projeto é coordenado pela pesquisadora Nildimar Honório, do Laboratório de Interações Vírus-Hospedeiro do IOC, e conta com parceria da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz) e Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz).
Na sequência, foram lançados dois documentários sobre o ciclo de vida do Aedes aegypti e do Aedes albopictus.
Muito se conhece dos hábitos e do ciclo biológico desses mosquitos. Porém, pouco dessas informações chegam à sociedade e, para controlar a reprodução do vetor é preciso conhecer.
A produção conta com qualidade cinematográfica e aborda informações científicas relevantes, adquiridas por meio de extensa pesquisa bibliográfica e da colaboração de especialistas da Fiocruz.
Os vídeos estão disponíveis em português, inglês, espanhol e libras.
Os filmes têm direção de Genilton Vieira e roteiro de Ricardo Lourenço e Genilton Vieira.
O livro ‘Superbactérias resistentes a antimicrobianos’ também foi outro produto lançado durante as comemorações pelos 125 anos do IOC.
Organizada pelas pesquisadoras Letícia Lery Santos, Ana Paula Assef e Viviane Zahner, a obra é fruto de cursos de férias ministrados por alunos de Pós-graduação do Instituto.
O livro pode ser acessado gratuitamente neste link.
Bactérias resistentes a múltiplos antimicrobianos, conhecidas como superbactérias, já causam mais de um milhão de mortes por ano, número que pode chegar a 8,2 milhões até 2050.
Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) coordena um Plano de Ação Global contra a resistência antimicrobiana, mobilizando governos e instituições em torno de cinco objetivos estratégicos.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)