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Projeção mundial

Vacina contra esquistossomose, em fase de testes clínicos, é incluída no grupo de prioridades a serem apresentadas na Assembleia Mundial da Saúde
Por Jornalismo IOC19/12/2013 - Atualizado em 31/01/2023

::Saiba mais sobre a vacina

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) obteve recentemente mais uma conquista no campo de inovação em saúde: o projeto de desenvolvimento da vacina para a esquistossomose, baseado na molécula Sm14, está na lista das propostas demonstrativas em Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde pré-aprovadas para receber suporte da Organização Mundial da Saúde (OMS) e apresentados na próxima Assembleia Mundial da Saúde.

O projeto, atualmente em fase de testes clínicos, é baseado em descoberta inédita liderada pela pesquisadora Miriam Tendler, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), envolvendo uma rede de colaborações nacionais e internacionais. O anúncio da indicação foi feito durante a reunião da Consulta Técnica Global da organização, que ocorreu em Genebra, Suíça, entre 3 e 5 de dezembro.

“Esse reconhecimento é fruto de um trabalho de 15 anos que vai dar origem à primeira vacina para helmintos no mundo, e ajudar a combater uma grave doença nas Américas e África”, declara o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fundação, Jorge Bermudez. Segundo ele, o projeto será um dos líderes no mundo em demonstração da relação entre pesquisa, desenvolvimento e inovação.

A pesquisadora Miriam Tendler, coordenadora do projeto, destaca que se trata de um reconhecimento de relevância inestimável. “Estamos diante de uma oportunidade inédita para o Brasil exercer um papel fundamental de gerar e atender demandas tecnológicas que beneficiem diretamente os países endêmicos das doenças parasitárias, que não estão inseridas no cenário dos mercados comerciais explorados pelas indústrias”, afirma.

Ela destaca que, para este resultado, contribuíram tanto os êxitos científicos da fase experimental da vacina quanto os resultados recentes que atestam a superação de dois gargalos fundamentais no desenvolvimento de uma vacina: o escalonamento do processo de produção e o início dos testes clínicos humanos com resultados de segurança e de imunogenicidade atestados.

 
 Atualmente, a vacina Sm14 está em fase de estudos clínicos. Foto: Gutemberg Brito


Sobre a indicação

Os projetos demonstrativos submetidos à OMS deveriam ter como objetivo o desenvolvimento de tecnologias em saúde (medicamentos, diagnósticos, vacinas, entre outros) voltadas a doenças que afetam de forma desproporcional países em desenvolvimento, onde as lacunas no campo de P&D permanecem sem solução devido a falhas do mercado.

As propostas, enviadas pelas seis regiões da OMS, deveriam demonstrar alternativas no uso da pesquisa e desenvolvimento que levem a resultados concretos de inovação. Foram submetidos, ao total, 22 projetos, dos quais sete foram selecionados.

As propostas escolhidas serão encaminhadas ao Conselho Executivo da OMS, que vai se reunir de 20 a 25 de janeiro de 2014 e avaliar quais delas serão submetidas à Assembleia Mundial da Saúde, que vai acontecer em maio desse ano.

“Temos expectativa de que o projeto vai continuar a ser apoiado pelos especialistas e países membros da Organização Mundial da Saúde e, com isso, ganhará maior visibilidade e prioridade para receber mecanismos de financiamento da OMS”, declara Bermudez.

O projeto

A vacina para esquistossomose, desenvolvida e patenteada pelo IOC/Fiocruz, é o primeiro imunizante para a doença no mundo. O projeto finalizou, no ano passado, a etapa de testes clínicos de fase 1, em seres humanos, que mostraram segurança e eficácia de proteção contra a doença. Para sua produção, os pesquisadores utilizaram a proteína Sm14 – obtida do Schistosoma mansoni, agente causador da enfermidade –, isolada no instituto ainda na década de 1990.

O imunizante também se mostrou eficaz para a fasciolose (verminose que afeta o gado), além de abrir espaço para o desenvolvimento de vacinas voltadas a outras doenças humanas provocadas por helmintos. O modelo de pesquisa da Sm14 é também inédito na Fundação, já que é fruto da primeira parceria público-privada desenvolvida pela instituição, firmada com a empresa Ourofino Agronegócios.

O anúncio da eficácia e segurança da vacina foi feito em junho do ano passado. O estudo foi apoiado financeiramente pelo IOC e pelos mecanismos de financiamento de pesquisas científicas como CNPq e FINEP, entre outros. A esquistossomose atinge 200 milhões de pessoas anualmente e afeta principalmente países mais pobres.

Vacina contra esquistossomose, em fase de testes clínicos, é incluída no grupo de prioridades a serem apresentadas na Assembleia Mundial da Saúde
Por: 
jornalismo

::Saiba mais sobre a vacina

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) obteve recentemente mais uma conquista no campo de inovação em saúde: o projeto de desenvolvimento da vacina para a esquistossomose, baseado na molécula Sm14, está na lista das propostas demonstrativas em Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde pré-aprovadas para receber suporte da Organização Mundial da Saúde (OMS) e apresentados na próxima Assembleia Mundial da Saúde.

O projeto, atualmente em fase de testes clínicos, é baseado em descoberta inédita liderada pela pesquisadora Miriam Tendler, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), envolvendo uma rede de colaborações nacionais e internacionais. O anúncio da indicação foi feito durante a reunião da Consulta Técnica Global da organização, que ocorreu em Genebra, Suíça, entre 3 e 5 de dezembro.

“Esse reconhecimento é fruto de um trabalho de 15 anos que vai dar origem à primeira vacina para helmintos no mundo, e ajudar a combater uma grave doença nas Américas e África”, declara o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fundação, Jorge Bermudez. Segundo ele, o projeto será um dos líderes no mundo em demonstração da relação entre pesquisa, desenvolvimento e inovação.

A pesquisadora Miriam Tendler, coordenadora do projeto, destaca que se trata de um reconhecimento de relevância inestimável. “Estamos diante de uma oportunidade inédita para o Brasil exercer um papel fundamental de gerar e atender demandas tecnológicas que beneficiem diretamente os países endêmicos das doenças parasitárias, que não estão inseridas no cenário dos mercados comerciais explorados pelas indústrias”, afirma.

Ela destaca que, para este resultado, contribuíram tanto os êxitos científicos da fase experimental da vacina quanto os resultados recentes que atestam a superação de dois gargalos fundamentais no desenvolvimento de uma vacina: o escalonamento do processo de produção e o início dos testes clínicos humanos com resultados de segurança e de imunogenicidade atestados.

 
 Atualmente, a vacina Sm14 está em fase de estudos clínicos. Foto: Gutemberg Brito

Sobre a indicação

Os projetos demonstrativos submetidos à OMS deveriam ter como objetivo o desenvolvimento de tecnologias em saúde (medicamentos, diagnósticos, vacinas, entre outros) voltadas a doenças que afetam de forma desproporcional países em desenvolvimento, onde as lacunas no campo de P&D permanecem sem solução devido a falhas do mercado.

As propostas, enviadas pelas seis regiões da OMS, deveriam demonstrar alternativas no uso da pesquisa e desenvolvimento que levem a resultados concretos de inovação. Foram submetidos, ao total, 22 projetos, dos quais sete foram selecionados.

As propostas escolhidas serão encaminhadas ao Conselho Executivo da OMS, que vai se reunir de 20 a 25 de janeiro de 2014 e avaliar quais delas serão submetidas à Assembleia Mundial da Saúde, que vai acontecer em maio desse ano.

“Temos expectativa de que o projeto vai continuar a ser apoiado pelos especialistas e países membros da Organização Mundial da Saúde e, com isso, ganhará maior visibilidade e prioridade para receber mecanismos de financiamento da OMS”, declara Bermudez.

O projeto

A vacina para esquistossomose, desenvolvida e patenteada pelo IOC/Fiocruz, é o primeiro imunizante para a doença no mundo. O projeto finalizou, no ano passado, a etapa de testes clínicos de fase 1, em seres humanos, que mostraram segurança e eficácia de proteção contra a doença. Para sua produção, os pesquisadores utilizaram a proteína Sm14 – obtida do Schistosoma mansoni, agente causador da enfermidade –, isolada no instituto ainda na década de 1990.

O imunizante também se mostrou eficaz para a fasciolose (verminose que afeta o gado), além de abrir espaço para o desenvolvimento de vacinas voltadas a outras doenças humanas provocadas por helmintos. O modelo de pesquisa da Sm14 é também inédito na Fundação, já que é fruto da primeira parceria público-privada desenvolvida pela instituição, firmada com a empresa Ourofino Agronegócios.

O anúncio da eficácia e segurança da vacina foi feito em junho do ano passado. O estudo foi apoiado financeiramente pelo IOC e pelos mecanismos de financiamento de pesquisas científicas como CNPq e FINEP, entre outros. A esquistossomose atinge 200 milhões de pessoas anualmente e afeta principalmente países mais pobres.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)