O ano acadêmico do IOC
Na abertura
do Ano Acadêmico passado, o destaque foi, sem dúvida,
a importantíssima palestra de Fernando Reinach - um dos idealizadores
do projeto Genoma Brasileiro - em nosso Núcleo de Estudos
Avançados.
Reinach falou sobre os rumos das políticas de Ciência
e Tecnologia e mostrou o trabalho primoroso do seqüenciamento
da Xy-lella fastidiosa e da Xanthomonas citri, bac térias
causadoras do amarelinho e do cancro cítrico.
Já o então Secretário-geral do Ministério
de Ciência e Tecnolo-gia, Wanderley de Souza, falou sobre
Integração Ciência-Escola: Ações
do Governo Federal a um auditório interessadíssimo
em conhecer as estratégi-as traçadas pelo governo
recém eleito para o MCT e especialmente para o CNPq e a Finep.
A tradição do Centro de Estudos, nas tardes de sexta-feira,
se manteve, em 2003, com a qualidade e o destaque de seus palestrantes.
Em Raízes Moleculares do Brasil, o professor de Genética
e Bioquímica Molecular da UFMG, Sérgio Danilo J. Pena,
apresentou com o maior didatismo a uma concorrida platéia
o passo a passo da pesquisa que, com sua equipe, desvendou a complexa
composição genealógica da população
brasileira.
Em nada deixaram a desejar, igualmente, as apresentações
dos diversos pesquisadores do IOC. Foram tão bem aplaudidas
como na palestra A Importância Social da Cirurgia Plástica,
do Dr. Ivo Pitanguy, que fechou, com chave de ouro, o Centro de
Estudos de 2003, após disputado debate.
O Ciência, Cultura e Arte é, dos nossos espaços
das sextas-feiras, o que vem se afirmando dos mais importantes para
a reflexão em outros campos e a troca de opiniões
e informações para todos nós.
A estratégia está consagrada. Ao menos uma vez por
mês, todos no IOC podemos debater e refletir sobre Ciência,
à luz da Cultura e da Arte, com o que há de melhor
entre nós e na sociedade da qual participamos.
A palestra do músico-concertista Fábio Zanon - A Arte
de Ouvir a Música Clássica - encantou a platéia,
enquanto o tema Vida íntima das palavras, frase e curiosidade
da língua portuguesa, genialmente desenvolvido pelo filólogo,
romancista e também articulista do JB, Deonísio da
Silva, atraiu um público entusiasmado e participativo.
Destaque merecem também as palestras do ambientalista Cláudio
Bellini, chefe do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha
e Coordenador do Projeto TAMAR, bem como a brilhante exposição
da magnífica Fernanda Montenegro sobre A Delicadeza.
Com delicadeza, a mulher despiu a atriz e conquistou uma das maiores,
mais mobilizadas e atentas audiências das nossas sextas-feiras.
Para vê-la e ouvi-la estudantes, pesquisadores e funcionários
entupiram os corredores do auditório e espremeram-se diante
do telão do lado de fora do Arthur Neiva. Sem contar os que
assistiram do próprio laboratório, através
da rede interna da Fiocruz, tal como em outras palestras também
transmitidas por videoconferência.
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