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Laboratório de Simulídeos e Oncocercose (vigente até jan/23)

O Laboratório de Simulídeos e Oncocercose do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), fundado em 1976, dedica-se principalmente aos estudos entomológicos e epidemiológicos sobre simulídeos.

Uma de suas linhas de pesquisa gera conhecimento sobre a bioecologia, biodiversidade e importância médica do inseto, avaliando aspectos de sua taxonomia, morfologia, controle, biologia e ecologia. Esta temática abrange os serviços da Coleção de Simulídeos do IOC, uma das coleções biológicas de maior representatividade para Simuliidae do mundo, com um acervo de 34 mil lotes, que reúnem exemplares de todas as regiões fitogeográficas brasileiras.

No desenvolvimento de pesquisas sobre a relação parasito-hospedeiro e os aspectos biológicos, parasitológicos, imunológicos, genéticos e clínico-epidemiológicos da Oncocercose, Mansonelose e Malária de áreas endêmicas para simulídeos, o Laboratório atua na área de vigilância epidemiológica, mapeia regiões potencialmente sob risco das doenças causadas pelos simulídeos, avalia ações e controle e realiza o monitoramento ambiental da fauna de simulídeos em áreas impactadas pela criação de usinas hidrelétricas. Esta temática abrange o Serviço de Referência Nacional em Simulídeos, Oncocercose e Mansonelose junto ao Ministério da Saúde.

A equipe do Laboratório possui ampla experiência em trabalhos de campo na área de vigilância epidemiológica e ambiental, tanto no monitoramento das áreas endêmicas para a Oncocercose e Mansonelose quanto no mapeamento das áreas com potencialidades para os agravos causados pelos simulídeos no país.

Em parceria com diversas instituições nacionais e estrangeiras, desenvolve linhas de pesquisa sobre a biologia e ecologia dos simulídeos (borrachudos), gerando importante conhecimento científico na área. Entre seus projetos, dedica-se a estudos sobre o desenvolvimento de ferramentas para diagnóstico parasitológico, molecular e imunológico de doenças associadas as áreas endêmicas para simulídeos. Também participa ativamente na formação de recursos humanos, por meio da atuação em programas institucionais de ensino do IOC/Fiocruz e de instituições externas.

O Laboratório atua, ainda, no monitoramento ambiental em áreas afetadas pela implantação de grandes empreendimentos com impacto ambiental, como usinas hidrelétricas, que levam a mudanças nos ambientes lóticos.

Nestes estudos, o Laboratório tem atuado em parceria com os governos locais e com as empresas responsáveis pelos empreendimentos. Projetos desse tipo foram realizados, por exemplo, na Bacia do Rio Tocantins (Usinas de Serra da Mesa, Peixe Angical e São Salvador) e na Bacia do Rio Paraíba (Aproveitamento Hidroelétrico de Simplício). A iniciativa estuda diversidade, sazonalidade e dinâmica populacional dos Simulídeos em regiões de construção de hidrelétricas.