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Atenção especial às doenças transmitidas por carrapatos

Febre maculosa, doença de Lyme, febre Q e babesiose foram alguns dos agravos discutidos por especialistas nacionais e estrangeiros durante simpósio organizado pelo IOC e Ministério da Saúde, com apoio da OPAS
Por Vinicius Ferreira06/11/2017 - Atualizado em 10/12/2019
Febre maculosa, doença de Lyme, febre Q e babesiose foram alguns dos agravos discutidos por especialistas nacionais e estrangeiros durante simpósio organizado pelo IOC e Ministério da Saúde, com apoio da OPAS

Todos os anos, no Brasil e no mundo, milhares de pessoas e animais são infectados por bactérias, protozoários e vírus transmitidos por carrapatos, contraindo doenças como febre maculosa, doença de Lyme, febre recurrente, babesiose e Febre hemorrágica de Crimea-Congo. Destes, muitos vão a óbito. Essa realidade evidencia a urgente necessidade de atenção ao tema, em especial, no que diz respeito ao desenvolvimento de pesquisas e treinamento de profissionais que atuam da atenção básica ao diagnóstico laboratorial. Para isso, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) organizaram o II Simpósio Nacional de Doenças Transmitidas por Carrapatos. Realizado em outubro, no Rio de Janeiro, o evento contou com mais de uma centena de participantes. A atividade teve o apoio do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS). Com caráter multidisciplinar, biólogos, médicos, enfermeiros, veterinários, técnicos, pesquisadores, estudantes e assistentes sociais formaram o corpo de discussão do simpósio, que abordou, dentre vários temas, a importância das redes de vigilância colaborativa, controle de vetores, diagnóstico, tratamento e vigilância epidemiológica. Secretarias estaduais e municipais de 22 estados enviaram representantes que tiveram a oportunidade de trocar experiências com especialistas nacionais, de instituições como a Fiocruz, Fundação Ezequiel Dias e Instituto Adolfo Lutz e Universidade Federal do Espírito Santo, por exemplo, e internacionais, como o Centers for Disease Control and Prevention, dos Estados Unidos, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, de Portugal, e o Centro de Rickettsiosis y Enfermedades Transmitidas por Artrópodos Vectores del Centro de Investigación Biomédica de La Rioja, da Espanha.

Divulgação

Participantes durante o simpósio: fortalecer a rede de vigilância epidemiológica era um dos objetivos


"Esses dois dias foram muito intensos e bastante produtivos. Este evento tem contribuído para a expansão e fortalecimento da Rede de Vigilância de Ambientes em Doenças Transmitidas por Carrapatos. A aproximação entre os profissionais das mais diferentes áreas de atuação e os expoentes do campo ajuda na troca de conhecimentos e incentiva a ampliação dos estudos e a dedicação ao tema, que ainda carece de atenção", comentou Gilberto Salles Gazêta, pesquisador do Serviço de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses do IOC e um dos organizadores do Simpósio. Segundo Gazêta, o ponto forte do evento, destacado por diversos participantes, foi a diversidade de temas, uma vez que o encontro debateu diversos agravos causados por bactérias e vírus. "Por mais que algumas doenças ainda não tenham casos confirmados no Brasil, é de extrema importância que nossa vigilância epidemiológica esteja preparada. A borrelioses e a febre hemorrágica de Crimeia-Congo, por exemplo, acontecem em países fronteiriços ou com intenso intercâmbio de pessoas com nosso país", enfatizou. O simpósio contou também com palestras sobre políticas públicas de saúde, sistemas de vigilância integrada, aspectos clínicos, determinantes sociais de saúde, formas de controle, ciclo de transmissão e avanços e perspectivas da área. Reconhecimentos
O evento contou, ainda, com momentos dedicados à apresentação de importantes resultados de pesquisas científicas de estudantes e pesquisadores durante sessões de pôsteres. O estudo "Ocorrência de Ornithodoros brasiliensis (Acari: Argasidae) em cavernas e primeiros casos de parasitismo humano no município de Caxias do Sul, RS", foi eleito o melhor trabalho na categoria 'Biologia e Ecologia de Vetores' e recebeu o Prêmio Nicolau Maués Serra-Freire. A pesquisa foi conduzida por Bruno Dall'Agnol, do Instituto de Pesquisa Desidério Finamore, do Rio Grande do Sul. O estudo "First detection of Rickettsia sp. strain Atlantic rainforest in Rio de Janeiro, Southern Brazil", rendeu a Nicole Oliveira de Moura-Martiniano, do Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses do IOC, o prêmio Dr. Luis Jacintho da Silva, como melhor trabalho apresentado na categoria 'Vigilância epidemiológica e Assistência Médica'. Também houve reconhecimento com o título de Menção Honrosa o trabalho "Identificação de piolhos do corpo (pediculus humanus humanus) em pessoa em situação de rua em Curitiba, Paraná, Brasil", de Mara Lucia Gravinatti, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Paraná. Todos os estudos estão disponíveis on line.

Reportagem: Vinicius Ferreira 06/11/2017

Febre maculosa, doença de Lyme, febre Q e babesiose foram alguns dos agravos discutidos por especialistas nacionais e estrangeiros durante simpósio organizado pelo IOC e Ministério da Saúde, com apoio da OPAS
Por: 
viniciusferreira

Febre maculosa, doença de Lyme, febre Q e babesiose foram alguns dos agravos discutidos por especialistas nacionais e estrangeiros durante simpósio organizado pelo IOC e Ministério da Saúde, com apoio da OPAS

Todos os anos, no Brasil e no mundo, milhares de pessoas e animais são infectados por bactérias, protozoários e vírus transmitidos por carrapatos, contraindo doenças como febre maculosa, doença de Lyme, febre recurrente, babesiose e Febre hemorrágica de Crimea-Congo. Destes, muitos vão a óbito. Essa realidade evidencia a urgente necessidade de atenção ao tema, em especial, no que diz respeito ao desenvolvimento de pesquisas e treinamento de profissionais que atuam da atenção básica ao diagnóstico laboratorial. Para isso, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) organizaram o II Simpósio Nacional de Doenças Transmitidas por Carrapatos. Realizado em outubro, no Rio de Janeiro, o evento contou com mais de uma centena de participantes. A atividade teve o apoio do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS).

Com caráter multidisciplinar, biólogos, médicos, enfermeiros, veterinários, técnicos, pesquisadores, estudantes e assistentes sociais formaram o corpo de discussão do simpósio, que abordou, dentre vários temas, a importância das redes de vigilância colaborativa, controle de vetores, diagnóstico, tratamento e vigilância epidemiológica. Secretarias estaduais e municipais de 22 estados enviaram representantes que tiveram a oportunidade de trocar experiências com especialistas nacionais, de instituições como a Fiocruz, Fundação Ezequiel Dias e Instituto Adolfo Lutz e Universidade Federal do Espírito Santo, por exemplo, e internacionais, como o Centers for Disease Control and Prevention, dos Estados Unidos, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, de Portugal, e o Centro de Rickettsiosis y Enfermedades Transmitidas por Artrópodos Vectores del Centro de Investigación Biomédica de La Rioja, da Espanha.

Divulgação

Participantes durante o simpósio: fortalecer a rede de vigilância epidemiológica era um dos objetivos


"Esses dois dias foram muito intensos e bastante produtivos. Este evento tem contribuído para a expansão e fortalecimento da Rede de Vigilância de Ambientes em Doenças Transmitidas por Carrapatos. A aproximação entre os profissionais das mais diferentes áreas de atuação e os expoentes do campo ajuda na troca de conhecimentos e incentiva a ampliação dos estudos e a dedicação ao tema, que ainda carece de atenção", comentou Gilberto Salles Gazêta, pesquisador do Serviço de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses do IOC e um dos organizadores do Simpósio.

Segundo Gazêta, o ponto forte do evento, destacado por diversos participantes, foi a diversidade de temas, uma vez que o encontro debateu diversos agravos causados por bactérias e vírus. "Por mais que algumas doenças ainda não tenham casos confirmados no Brasil, é de extrema importância que nossa vigilância epidemiológica esteja preparada. A borrelioses e a febre hemorrágica de Crimeia-Congo, por exemplo, acontecem em países fronteiriços ou com intenso intercâmbio de pessoas com nosso país", enfatizou. O simpósio contou também com palestras sobre políticas públicas de saúde, sistemas de vigilância integrada, aspectos clínicos, determinantes sociais de saúde, formas de controle, ciclo de transmissão e avanços e perspectivas da área.

Reconhecimentos

O evento contou, ainda, com momentos dedicados à apresentação de importantes resultados de pesquisas científicas de estudantes e pesquisadores durante sessões de pôsteres. O estudo "Ocorrência de Ornithodoros brasiliensis (Acari: Argasidae) em cavernas e primeiros casos de parasitismo humano no município de Caxias do Sul, RS", foi eleito o melhor trabalho na categoria 'Biologia e Ecologia de Vetores' e recebeu o Prêmio Nicolau Maués Serra-Freire. A pesquisa foi conduzida por Bruno Dall'Agnol, do Instituto de Pesquisa Desidério Finamore, do Rio Grande do Sul. O estudo "First detection of Rickettsia sp. strain Atlantic rainforest in Rio de Janeiro, Southern Brazil", rendeu a Nicole Oliveira de Moura-Martiniano, do Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses do IOC, o prêmio Dr. Luis Jacintho da Silva, como melhor trabalho apresentado na categoria 'Vigilância epidemiológica e Assistência Médica'. Também houve reconhecimento com o título de Menção Honrosa o trabalho "Identificação de piolhos do corpo (pediculus humanus humanus) em pessoa em situação de rua em Curitiba, Paraná, Brasil", de Mara Lucia Gravinatti, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Paraná. Todos os estudos estão disponíveis on line.


Reportagem: Vinicius Ferreira
06/11/2017

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)